Capítulo 59

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Gizelly acordou cheia de preguiça na véspera da virada de ano. Havia um barulho estranho e repetitivo em sua cabeça e ela não sabia exatamente se era um sonho ou se os cliques eram reais... Até abrir os olhos. Sua primeira reação foi abrir um sorriso preguiçoso, e então piscou demoradamente ao ver Rafaella – diferente do que era habitual – acordada e com uma câmera apontada em sua direção.

- O que é isso?

Rafaella sorriu ao ser pega no flagra. Baixou a câmera apenas alguns centímetros, mas sem perder a visão espetacular que era sua mulher nua na cama delas.

- Recordações.

- Para que?

Rafaella fez um biquinho.

- Você está fazendo perguntas demais.

Gizelly teve o ímpeto de levantar, mas estava confortavelmente deitada de barriga para baixo na cama, agarrada ao travesseiro como se ele fosse o corpo de Rafaella.

- Você está apontando uma câmera para a minha cara. Não quer vir trocar de lugar com esse travesseiro e deixar essa câmera boba para lá?

- Não. Eu estou apreciando o meu presente. Um deles, no caso. Mas acho que esse foi o meu favorito. – Ela tirou outra foto de Gizelly enquanto falava. – E não existe nada mais lindo do que você quando acorda, desse jeito toda bagunçada.

Rindo, Gizelly tampou a visão de Rafaella com sua mão.

- Claro. Você me agarrou a noite inteira.

- Se você não fosse tão gostosa e irresistível, eu poderia negar. Mas não existe essa possibilidade. – Ela comentou como se fosse óbvio; ainda olhava pelo visor da câmera, procurando um ângulo bom para tirar outra foto da noiva. – Eu não resisto à você.

Gizelly sorriu e Rafaella tirou outra foto.

- O que vamos fazer hoje? Você ainda está de folga.

Rafaella abaixou a câmera e encarou a noiva.

- Como você quer que eu pense em qualquer coisa que não seja você em um momento como esse?

- Você ainda não largou essa câmera, então não parece estar pensando tanto assim em mim.

Rafaella sorriu ante à provocação. Deixou a câmera na mesinha de cabeceira e arrastou-se na cama até estar deitada por cima de Gizelly. Jogou os cabelos por cima dos ombros e roçou seu nariz no dela.

- Você está duvidando de mim enquanto está nua embaixo do meu corpo?

- Eu só acho que você parecia estar com outras prioridades.

Rafaella adorava aquele joguinho de provocação entre elas.

Ajoelhou-se para sentar sobre as pernas de Gizelly e recebeu as mãos da mulher em suas coxas, era automático; estavam sempre se tocando. E quando o desejo começava a gritar, como naquele momento, era uma intensidade sem igual. Os olhos de Gizelly brilharam para Rafaella.

- Vou ter que provar como você me deixa então.

Gizelly ia começar a responder, mas Rafaella agarrou sua mão e levou-a entre suas pernas; a morena ofegou e não teve tempo de reagir ao sentir o quão molhada a noiva estava por ela.

- E agora? Acredita em mim?

- Qué?

Rafaella sorriu porque adorava ver como desconcertava a noiva, e como ela reagia a seus toques e seu corpo. Os dedos dela se espalharam pela carne molhada de Rafaella e a mais alta soltou um gemidinho.

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