Capítulo 25

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Chegamos na mansão dos Cullen e uma avalanche de emoções tomou conta de meus sentidos e mente, Alice pegou uma fita preta e colocou sob meus olhos, impossibilitando a visão do ambiente. Respirei fundo e tentei ser calma e paciente, mas não estava sendo fácil, muito pelo contrário. Ouvi o som de passos e mãos frias no meu braço.

- Rosalie, por favor, tenha cuidado - Pedi e a vampira riu abertamente.

- Como sabia que sou eu? - Perguntou e me ajudou a andar pelo local.

- Seu perfume, ele é mais doce que seus familiares, com o tempo aprendi a diferenciar cada essência - Respondi subindo os degraus da escadaria da entrada da mansão.

- Impressionante, irmãzinha - Elogiou e acabei ficando envergonhada.

- Obrigada - Murmurei sendo levada para onde quer que estivéssemos indo.

Pude ouvir vozes e murmúrios por onde passávamos, fazendo com que o nervosismo e ansiedade aumentem drasticamente, mordi o lábio inferior e amaldiçoei Edward por ser o responsável por essa situação. É a única das explicações plausíveis, meu namorado adora criar momentos exagerados e vergonhosos, é até corriqueiro ficar constrangida ao seu lado, Edward é único e especial, embora irritante e dramático.

- Megan, meu amor? - Suspirei aliviada e frustada com sua naturalidade.

- Eddie, poderia tirar a venda? Eu quero e desejo ardentemente socar seu rosto - Sorri e pude ouvir risos discretos.

Meu companheiro veio para trás de mim e retirou a fita que tapava meus olhos, pisquei repetidas vezes até que a visão não ficasse e estivesse embaçada. Fui pega desprevenida e desavisada com a imagem de minha família e inúmeros outros vampiros desconhecidos, os olhos vermelhos e dourados se misturaram e se destacaram dos humanos.

Sem mencionar a decoração luxuosa do lugar, havia luzes brilhantes iluminando todas as árvores e causando um aspecto dramático e completamente excepcional. Lindas mesas foram espalhadas pela propriedade de Esme e Carlisle, entretanto o mais chocante foi ver a imagem de Edward usando smoking preto e gravata borboleta azul.

Flashes de nosso primeiro encontro nas profundezas da floresta vieram a tona e sorri ao lembrar que afirmei que azul é a minha cor favorita, ele se lembrou. O som de música foi a responsável por captar minha atenção, Rose estava tocando piano, a melodia romântica e elegante foi a mesma que toquei no hospital, "River Flows in You", do Yiruma.

- O que você está aprontando? Ninguém é tão atencioso por nada - Murmurei vendo o sorriso torto característico.

- Sempre desconfiada, querida - Ele riu e estendeu a mão - Aceita dançar? - Questionou e revirei os olhos.

Fomos andando até a pista de dança e o olhar extasiado de meus pais indicou que não é somente isso, teremos mais surpresas pela frente e tenho a sensação de que será algo de fortíssimo significado. Coloquei uma mão em seu ombro e a outra entrelacei com a sua, foi quando senti sua mão livre em minha cintura, nos movemos em sincronia pela pista xadrez e dançamos calmamente.

- O que você aprontou, vampiro? - Sorri e ele apenas deu os ombros - Sério, meus pais e outros familiares reunidos? - Insisti.

- Paciência, Megan - Respondeu usando um tom de voz casual, muito diferente de sua expressão nervosa e apavorada.

Revirei os olhos e decidi observar todos os diferentes rostos espalhados pelo lugar, os vampiros tinham olhares de curiosidade e um certo interesse implícito. Os humanos eram a grande maioria, meus pais sorriam olhando a interação de Edward e eu, enquanto a família Cullen praticamente esbanjava felicidade com euforia, ainda mais as mulheres, Esme, Alice e rosalie eram só sorrisos.

Alem do Tempo - Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora