A despedida de solteiro foi memorável e inesquecível, Esme, Rosalie e Alice fizeram as mais variadas atividades oferecidas no SPA, e admito ter sido estranhamente reconfortante saber que elas estão aproveitando a chance e oportunidade de interagirmos antes da festa e cerimônia de casamento.
Edward e seus irmãos caçaram ursos e cervos, meu noivo fez questão de contar tudo com riqueza de detalhes, estávamos deitados e o vampiro tagarelou durante longos minutos e sua empolgação era quase palpável. Sorri e imaginei como seria após a minha mudança e entrada no mundo sobrenatural.
Poderiamos finalmente viver momentos emocionantes e cheios de adrenalina, além de poder experimentar as vantagens imortais e a junção de habilidades aprimoradas listada por Emmett e Jasper. Eu poderei viver sem medo e incerteza do amanhã, mas estou abdicando de algo extremamente valioso, a humanidade que possuo e aprendi a amar.
Edward e eu estamos aproveitando toda a calmaria e tranquilidade antecedendo todos os problemas que teremos amanhã, temos os minutos contados até sermos os mais novos Sr. e Sra. Cullen. Amanhã será o casamento e estou animada e ansiosa para caminhar até o altar e finalmente dizer "sim", é um pequeno e minúsculo passo até a felicidade.
- Megan, você poderia parar? - Implorou Edward, estávamos assistindo filme na TV da sala de estar.
- Parar com o quê? - Murmurei tirando o pirulito de morango da boca.
Sua família havia saído para resolver os últimos detalhes do casamento, então peguei alguns doces escondidos de Esme, ela tem o esconderijo mais óbvio de todos, uma enorme cesta vermelha colocada em cima do armário da cozinha. Eu estava degustando o pirulito e notei os olhares indiscretos de Edward, sorri e decidi provocar, suas reações eram cômicas e engraçada, típico dele.
- Megan... - Repreendeu o vampiro, seus olhos refletindo perigo e selvageria.
- Sim, amor? - Sorri prendendo o pirulito entre os dentes.
Edward cerrou os punhos e correu para longe de mim, foi impossível conter a risada e a sensação de êxtase, é revigorante saber que consigo despertar sentimentos de luxúria em alguém, ainda mais naquele que tanto amo e admiro. Permaneci deitada no sofá assistindo ao filme, a trama envolvente e divertida, típico do clichê mostrado nos cinemas, mas eu não consigo resistir e continuo vendo.
Ouvi o barulho de passos lentos vindos da escadaria e olhei na direção, porém perdi o fôlego ao ver meu noivo sem camisa, é óbvio que Edward está devolvendo as provocações e brincadeiras na mesma moeda. Senti todo o sangue ficando acumulado nas bochechas e o constrangimento aumentar, o imortal sorriu e parou na minha frente, engoli seco e fechei os olhos, nervosa e intimidada.
- Algo a dizer, querida? - Murmurou rente aos meus ouvidos, a essa altura meu coração batia descontrolado no peito.
Eu poderia entrar no joguinho e ser uma verdadeira adversária à altura, mas o que faço quando meu cérebro entra em colapso total e irreversível? Todas as respostas maliciosas e provocantes sumiram da mente, lentamente e cuidadosamente, abri os olhos e agi seguindo os instintos femininos, tirei o pirulito da boca e puxei meu noivo para um beijo.
Edward demonstrou choque e surpresa no início, mas logo retribuiu com intensidade e devoção, tínhamos a casa inteira para nós, o meu cachorro estava dormindo no quarto que temos ocupado e o restante da família Cullen saiu e não tem hora certa para voltar. Edward agiu rapidamente e me deitou sobre o sofá, o estofado macio amortecendo o impacto rude, imprevisto e bruto.
- Devemos parar e aguardar pela lua de mel - Murmurei baixinho, a necessidade de ar falou mais alto.
- Tem razão - Edward concordou, mas as suas investidas continuaram.
Sua mão atrevida desabotoou os botões iniciais de minha blusa com agilidade, o clima do ambiente ficando cada vez mais abafado e quente, suspiros preencheram o cômodo e as mãos frias do imortal finalmente alcançaram o seu destino. Arfei com o contato frio de sua mão direto com minha pele, a diferença entre as temperaturas é muito elevada.
A ausência do sutiã foi um facilitador de ideias para o garoto, deslizei os dedos por seu abdômen, tentando manter a consciência e os pensamentos ativos, mas tudo sumiu quando sua língua encontrou o caminho até os meus seios, sua atitude desencadeou arrepios e um tsunami de sensações desconhecidas, gemi e puxei seu cabelo com força.
Inconscientemente, afastei as pernas e Edward se acomodou entre elas, foi possível sentir sua ereção através da calça jeans, mas ele não é o único afetado na história, o prazer encobrindo a voz da razão. Rosnados baixos e necessitados puderam ser ouvidos, logo as conversas que tive com Rosalie vieram a tona e acabei sorrindo brevemente.
Ela é a única em quem confio para ter as conversas íntimas referentes a minha vida, as vezes partimos para assuntos mais ousados e comprometedores. Ela contou que rosnados e grunhidos são reflexos naturais e devem ser encarados como positivos, isso indica que os parceiros estão aproveitando a situação, mas é preciso cuidado, sou humana.
Edward recuou e gemi em protesto, ele tentou puxar meu shorts de moletom, mas foi impedido pelo som da campanhia tocando, as vezes acho que o universo adora acabar com o desejo do leitor de mentes. Ele sumiu e voltou com uma blusa em mãos, aproveitei e fechei os botões da camiseta, meu noivo parecia um verdadeiro vulcão prestes a explodir.
- Eu não tenho descanso, porra - Xingou e reprimi a risada.
Ele nunca xingou, em hipótese alguma, é estranho vê-lo profanar palavras mundanas e sujas, ainda bem que estamos sozinhos, seus familiares nunca esqueceriam algo assim, em especial Emmett. Ouvi vozes na porta e andei até a entrada da mansão, era um homem com uma prancheta nas mãos, parecia ter mais de 45 anos, os cabelos grisalhos destacavam as marcas de expressão.
- Boa tarde - Comprimentei atraindo sua atenção, seus olhos foram direto para minhas pernas à mostra, cretino.
- Essa é minha noiva, Megan - Afirmou e puxou meu corpo contra o seu, Edward jamais admitirá, mas está com ciúmes.
- É um homem de sorte - Comentou e eu apertei o braço de meu noivo, tensa.
- Eu sei e você será um homem morto se não tirar os olhos dela - Afirmou e senti um arrepio, Edward fala sério - Agora, podemos voltar aos negócios? - Sibilou friamente.
- Sim, senhor - Respondeu trêmulo e um pouco pálido e abatido.
Havia uma moto esportiva preta parada na calçada, próximo do volvo, sorri e caminhei para perto daquela máquina, sempre amei os modelos de corrida, velozes e rápidas, mas eu nunca tive permissão de dirigir uma, problema de ter pais superprotetores. Edward assinou o papel e entregou um pacote laranja para ele, é estranho, mas fiquei quieta, logo o homem desconhecido entrou na caminhonete e saiu, é um alívio.
- Podemos voltar e continuar de onde paramos? - Implorou o vampiro.
- O clima acabou - Respondi olhando de forma suspeita para ele.
- Imaginei que diria isso, então quer dar uma volta de moto? - Edward apontou para a moto e arregalei os olhos.
- Você comprou? - Perguntei e ele sorriu e acentiu - Eu não sabia que curtia esse tipo de coisa - Murmurei surpresa.
- Seu pai comentou que você gostava de motos, achei que seria divertido ter algo para fazer juntos - Respondeu dando os ombros - E aí? Podemos passear por Port Angeles antes do casamento, o que acha? - Indagou.
- Eu adoraria, amor - Respondi de imediato e olhei para a estrada, seria um jeito de dizer adeus aos meus medos, ele é cheio de surpresas.
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Alem do Tempo - Edward Cullen
VampireMegan descobriu muito cedo sobre as dificuldades da vida, ela foi diagnóstica com câncer e sacrifica tudo para garantir que seus familiares tenham a oportunidade de se reerguer. A jovem se muda para Forks com o objetivo de aproveitar os seus últimos...