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Ele acabou rindo e me puxou para ele, me prendendo em um abraço desajeitado e eu apoiei minha cabeça em seu peitoral nu. Ele voltou o filme do início e dessa vez conseguimos ver inteiro.

...

— Quer ver outro episódio? — se referiu quando já tínhamos visto quatro seguidos de the good doctor.

— Já tô cansada, Gei. Vamos ir deitar, vamos?

— Resolveu me deixar dormir contigo? — eu ri quase gargalhando e ele levantou do sofá fazendo uma dancinha ridícula.

— Hoje quero dormir de conchinha. — confessei e ele assentiu.

Arrumamos toda nossa bagunça e guardamos o que havia sobrado da nossa noite de besteirinhas. Peguei uma garrafa de água para levar para o quarto e Geizon pegou a mochila dele e fomos para o segundo andar da casa a caminho do meu quarto.

— Vou te dar uma toalha. Pera! — falei e fui no quarto de hóspedes pegar. Acabei pegando uma limpinha pra mim também e voltei para o meu quarto e Geizon já estava no banho. — Gei?

— Pendura na porta amor ou deixa aqui dentro. — eu ri do cinismo dele e entrei no banheiro só pra fazer graça.

O box só era transparente na altura que eu via a partir dos trapézios desenhados dele, ele riu safado pra mim e eu ignorei pendurando a toalha e pegando minha escova e pasta de dentes para fazer minha higiene.

— Banho não quer tomar não?

— Eu tomo quando você sair daí. — falei de boca cheia de espuma e a escova e o bobão fez careta. — Tá com nojinho é? Tava ainda agora beijando minha boca.

— Para de ficar falando de boca suja, caralho! Vem aqui que eu te mostro se tenho algum nojinho de passar a língua em você. — me desafiou e eu quase me entalei com a escova porque estava passando ela por minha lingua. — Fica nervosa não, bê.

Dei o dedo para ele e lavei minha boca e sai logo dali. Me sentei na cama para olhar meu celular e respondi umas mensagens da agência de onde eu trabalhava fazendo fotos e desfiles quando aparecia algo. Eu não era totalmente famosa mas o que ganhava nesses Jobs, já me deixava tranquila. E eu ainda estava cursando minha faculdade de jornalismo com a intenção de me intregar no meio esportivo.

Futebol era a minha maior paixão da vida, sou flamenguista daquelas loucas que choraram em decisões e delira a cada título e particularmente também adoro ver aquelas coxas deliciosas do Gabigol, ai papai, um moreno marrentinho desse uma noite só e eu tava feita.

Suspirei me livrando dos meus pensamentos impuros com o camisa nove e fui atrás de alguma camisola no guarda roupas, o índio saiu do banheiro cantarolando Monalisa e eu fiquei bem quietinha aproveitando o show particular enquanto catava minhas coisas para o meu banho.

— Xamã, porra! Bota uma blusa seu arrombado, o ar tá ligado! — eu quase berrei quando o olhei e ele secava o cabelo esfregando a mão fazendo a água espirrar em tudo. — Vou secar o chão passando a tua cara, na moral.

— Não to com frio, bebê.

— Se ficar doente, eu não vou tomar conta de ninguém. Não tô estudando pra ser enfermeira de um índio fajuto abusado que tá molhando meu chão sacudindo A PORRA DA CABEÇA! — eu gritei porque era exatamente o que ele tava fazendo naqueles segundos.

— Vai em deixar doente, pra morrer ao relento? Você não seria capaz.

— Dúvida de mim, pra você ver! — Geizon gargalhou e me puxou pra ele me molhando levemente com a água que estava escorrendo dele. — Amor, sério, vai. Põe uma blusa e seca o cabelo no secador.

— Tô cansado. — murmurou beijando meu pescoço e eu arfei quando senti os dentes me arranhando levemente. Geizon me apertou mais nele e eu estava pronta pra me render. Fechei os olhos com força sentindo ele chupar a pele do meu pescoço e respirei fundo, ele lambeu onde estava chupando antes e voltou a beijar por ali subindo a boca e descendo devagar, a respiração quente me deixava ainda mais nervosa. — Tá arrepiada!

— Para!

— Parei. — ele mordeu o lombo de minha orelha e eu arfei baixinho quando ele saiu dali e encarou meu rosto. — As maçãs estão mudando de cor.

— Culpa sua, me dando tesão pra se livrar da bronca. Filho da puta.

— Tá molhada? — ele umedeceu os lábios e senti minhas pernas fracas.

— Para, caralho! — empurrei ele de leve e o sonso deu risada. — Vem, vou secar esse cabelo.

O puxei para o banheiro e o fiz sentar no vaso, em cima da tampa. Pendurei minha camisola e calcinha e foquei em pegar o secador no armário, ligar e usar a escova de auxílio para secar aqueles fios negros e lisos.

— Tá quente pra caralho, Morena.

— Pra secar mais rápido. — justifiquei e joguei o ar na cara dele. — nenemzão, tem que tudo fazer por você.

— Você gosta de cuidar de mim, não fica aí reclamando não.

Ele disse rindo e eu acabei assentindo, era verdade. Eu gostava. Amava.  Principalmente quando ele me pedia para retocar o esmalte preto das unhas das mãos.

Acabei deixando a escova de lado e fiquei passando uma das mãos entre os fios. Geizon estava com as mãos enormes presas em minhas coxas e ficava fazendo careta quando eu jogava o ar quente em sua cara. Sentia ele apertar minhas coxas e eu achava a maior graça em tirar uma com a cara dele.

— Pronto! Agora sai, quero o banheiro só pra mim.  — Abri a porta do banheiro mais ainda e ele gargalhou.

— Até que tu dá pra ser cabeleleira Leila.

— Te foder ein, Geizon Carlos. — eu tava quase pra gargalhar desse idiota e ele se olhando no espelho.

Puxei meu vestido para fora do corpo e isso trouxe a atenção dele pra mim... Não que eu nunca tivesse feito isso, ele já tinha me visto algumas vezes de biquine e era quase a mesma coisa, tirando o fato de eu esta usando uma lingerie preta, de sutiã de renda sem bojo que deixava quase meu peito todo amostra se a renda não fosse tão bem desenhada, a calcinha era em parte assim também e pequena.

Deixei meu vestido no cesto e olhei o Xamã soltar a respiração em lentidão. Ele passou a mão no rosto e me olhou dos pés a cabeça, negou, saiu do banheiro e ri vitoriosa. Fechei a porta e me despi, seguindo logo para o meu tão esperado banho morno.

Já pensaram no shipper deles?

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Deixe-me ir | XAMÃ Onde histórias criam vida. Descubra agora