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Domingo, ainda da mesma semana...

Depois de uma semana puxada e finalmente livre de tantas provas, trabalhos e sei lá mais quantas coisas eu tive que fazer que eu tinha certeza que terminaria a semana ficando louca, mas deu tudo certo e acho até que consegui me sair bem nas provas e agora o alívio era grande.

— Vamos ir mesmo lá ver o jogo? —  Anna me olhou do outro sofá e eu suspirei, desviando os olhos da tela do meu telefone. —  Nada ainda?

— Vamos sim. E não, nenhuma mensagem e eu também não tô muito afim de ir atrás dele.

— Eu não tô conseguindo acompanhar, vocês não se falaram na quarta-feira?

— Falamos, mas não sei... Eu tô incomodada, não deveria, mas tô. —  deixei o celular no colo e olhei pra ela que estava negando. — Que? Tô errada?

— Posso ser sincera ou ser a melhor amiga? — eu acabei gargalhando e ela riu junto.

— Um pouquinho das duas?!

—Tá, vou tentar. Não prometo nada. — ela riu baixo e eu me sentei no sofá, me agarrando em almofadas. — Se não já estiver, você tá ficando apaixonada por ele. E ter ciúmes é normal, depois que não te torne uma louca obsessiva. E eu acho que sim, você deveria falar com ele principalmente se esperar que dessa pegação role algo a mais lá na frente.

— Eu não tô apaixonada... ainda, eu acho.

—  Porquê só acha que está?

— Ahn, caralho. Eu não vou negar que tô sentindo falta dele nessa semana, ainda mais depois de tudo que rolou, mas tipo... Merda, tá, talvez eu já esteja apaixonada por ele e tô me mordendo de ciúmes e com um pouquinho assim... — sinalizei com dois dedos e ela riu. — ... de raiva por ele ter contato tão de uma vez... Mas não sei se me sentiria pior, se descobrisse sozinha.

— Eu acho que ele tá muito afim de você. Na verdade eu tenho certeza, ele investiu em você em todo esse tempo.

— Ficando com outras pessoas.

— Amiga, mas você também ficou né, não vamos ser injustas e acusar só o Xamã de errado na história.

— Eu sei... Que ódio, tô com tanta saudades dele que parece que não vejo ele á meses. — eu resmunguei e abafei um grito em uma das almofadas.

— Ahhhhh o amor, como é lindo!

Vá se foder, Anna Estrela! - taquei a almofada nela e ela gargalhou, devolveu a almofada e eu arfei, cansada.

— Porque não chama ele pra ir ver o jogo com a gente?

— Não quero, não já sair assim como se nada tivesse acontecido... Se bem que realmente não foi nada, ele só beijou ela e eu não tô lá em posição de cobrar alguma coisa. — respirei fundo. — Tô com saudades dele? Tô. Não sou tão sonsa pra negar. Mas ainda tô incomodada e queria primeiro falar com ele sobre isso, mesmo que eu ainda não saiba como fazer isso.

— Certo. Eu também falaria. —  eu assenti deixando claro que entendi e mudamos de assunto ficando por ali até a hora de nós arrumamos para irmos vê o jogo.

Acabamos parando em um bar na Tijuca, hoje era dia de FlaxFlu e eu já estava plenissima na minha camisa do Gabigol. Estávamos em uma mesa com o Luís Otávio, Guilherme, Bruna a Anna e obviamente eu.

Faltava uns dez minutos para o jogo começar, estávamos bebendo das duas torres de cerveja e comendo batata frita com carne em fatias pequenas. Eu estava entretida molhando minha batata no molho verde e a Anna me cutucou, olhei pra ela rindo e enfiando a batata na boca, ela apontou com a cabeça discretamente para uma mesa que estava á pelo menos um metro e meio de nós. Eu suspirei.

Lennon, Maria, Neo e o Geizon.

Tanto bar na porra desse Rio de Janeiro e eles pararam logo aqui. Obvio que chamou atenção de um pessoal ali e eles atenderam obviamente tirando fotos e conversando, a Maria me viu e acenou um tchauzinho, eu retribui e o movimento dela chamou a atenção do Geizon que logo encontrou meu olhar e deu um sorriso ladino e mexeu nos fios lisos e negros arrumando e depois dando uma sacudida de cabeça, bagunçando e deixando da forma alinhada que ele gostava.

— Qual o palpite, Le? — Luís me chamou e eu desviei os olhos da outra mesa e olhei o meu amigo.

— Acho que dois a zero pra Fla, os dois do Bruno Henrique.

— QUANDO ELE TÁ GRÁVIDO, EXXQUECE! - Gui gritou dando risada e a gente começou a rir da pose que ele fazia.

— Eu acho que ainda sai um do Gabi. — Bruna disse e eu dei de ombros.

— Se ele largar a irmã quem sabe não sai desse jejum de gols?!

— Sabe que eu reparei isso também, ele fica numa guerra quando tá com ela, não sei quem tem persistência. Ele ou a trave. — Anna concluiu o meu raciocínio e foi a deixa pra todo mundo ali na mesa continuar comentando sobre a fase sem gols do Gabriel Barbosa.

O jogo já tinha começado e estava bem agitado mesmo, eu já tinha mandando o juiz ir pra casa do caralho tantas vezes que perdi as contas.

As vinte e três ainda do primeiro tempo, o Bruno Henrique fez o primeiro gol e o Luís me zoou dizendo que eu precisava usar boquinha de ouro e precisava passar pra ele o número da mega sena, que assim ele ficaria rico e trancava a faculdade e ainda me sustentava.

—  Para de falar merda, garoto!

— Vai, fala pro pai. Vou anotar agora e já jogar amanhã de manhã cedo. —  ele insistiu e eu gargalhei, mas deixei de lado o assunto porque meu celular tinha acendido de novo, mas agora tinha mensagens do Geizon.

Malvadão mermo
Tá linda, só o que estraga é torcer pra porra desse time

Não respondi, bloqueei a tela de novo e olhei pra mesa dele. Ele estava tomando da sua cerveja e me olhou no mesmo instante. Deixou o copo na mesa e cruzou os braços, piscou pra mim, me deixando sem jeito e foi abrindo um sorriso largo que fechava os olhos.

Aproveitando o capítulo pra deixar essa foto aqui pra vocês, Nanda quem me mandou e eu tô toda derretida 👀👀😏

Mas eu dava, dava tanto, mas tanto, tanto, tanto pra caralho mesmo, esquecia até o meu nome

Mas eu dava, dava tanto, mas tanto, tanto, tanto pra caralho mesmo, esquecia até o meu nome

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