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GEIZON
Eu ainda estava processando a Morena lambendo o pré gozo de seu dedo, para conseguir responder a ela. Anna chegou ali junto de uma amiga das duas e puxou a Morena para pegar bebidas com elas.

A filha da puta fez questão de passar de lado, arrastando a bunda redondinha e gostosa em mim. Eu respirei fundo e passei a mão por meu rosto.

RD chegou ali com o Cris e me levou para o palco já que o Cabelinho tinha pedido. Eu tava bêbado já, mas nada inconsciente que me fizesse errar as letras.

— Aniversário do meu mano Xamã, o ancião do grupo. — Cabelinho falava e o publico começou a gritar.

— Porra, até que o coroa tá gostoso né. É inveja né mano, tô ligado. — o Cris disse todo sério e eu gargalhei alto.

— Ah coé, porra! —Rd também tava rindo pra caralho.

— Vai cantar nessa porra ou ficar falando da minha idade, filho da puta?

— Bora cantar pô.

Passei papo de uma hora ali tentando cantar porque aqueles porra fazia mais resenha do que cantava. E o publico se amarrando naquelas bobeiras. Voltei para o camarote exausto e me sentei na primeira cadeira que achei, peguei uma garrafinha de água que tinha no balde ali da mesa e abri, passei os olhos por ali e achei a Morena dançando junto da Anna, Agnes, Maria e mais uma que deve ser amigas delas porque não me lembro do nome.

Ela me viu ali e deu um sorrisinho, falou algo com as meninas e veio na minha direção, eu me ajeitei na cadeira e estiquei a mão para ela pegar e a puxei para sentar no meu colo.

— Já tô bêbada, quero fumar e ir embora pra ficar contigo. — ela falou rápido e respirou fundo depois de dar uma risada.

— Ficar? — tirei uma cachos de seu rosto que estavam caídos para frente dos olhos e ela arfou, levando as mãos para juntar todo o cabelo e fazer um coque que prendeu quase no ponto mais alto da cabeça. Voltou as mãos para baixo e as passando no meu pescoço.

— Acho que usei o verbo errado, né? — umedeceu a boca e eu fiquei observando, assenti e ela deu uma risadinha baixa.

— Refaz a frase e me diz o que tu quer fazer. — abracei ela por sua cintura e ela se ajeitou mais no meu colo, de forma que agora estava sentada bem mais pra cima nas minhas coxas.

— Eu ainda continuo bêbada, um pouquinho assim. — sinalizou um espaço pequeno com dois dedos e deixou a mão na altura do meu cordão. — Quero fumar... O Ret já me deu aquela maconha que ele carrega pra todo lado. — ela tirou um pacote pequeno do decote e balançou para que eu visse e guardou lá de volta. — E quero que você me foda, na onda máxima se possível, será que dá Malvadão?

— Claro que dá, gostosa. — ela sorriu linda e me beijou. Eu apertei seu corpo mais no meu e ela quase rebolava no meu colo de tanta pressão que colocava no beijo. Mordi seu lábio quando terminamos o beijo. — Bora.

— Aí, graças a Deus. Esse salto tá me matando. — ela levantou rápido e eu dei risada enquanto negava.

Eu botei ela na minha frente, segurando pela cintura e descemos do camarote e logo saímos pelos fundos da Vitrinni pegando um acesso que dava no estacionamento.

— Pera, amor. — ela se segurou em mim para dar apoio para tirar as sandálias e assim ficando com os seus um metro e cinquenta e sete. — Aí que alívio, caralho!

— Não sei porque mulher usa isso, se acaba machucando. — eu tomei o salto da mão dela e abracei a mesma por seu pescoço e beijei o topo de sua cabeça.

— Pra ficar sexy, gostosa e alta. — Morena justificou.

— Eu gosto do seu tamanho e você já é gostosa e sexy o suficiente pra me deixar de pau duro só me beijando.

— Eu sou quase um Smurf de tão pequena, Geizon. — ela resmungou e eu gargalhei, destravei o carro e ela entrou no carona e eu obviamente iria dirigindo.

Joguei os saltos dela para os bancos de trás e liguei o carro, começando a manobrar para sair da vaga e do estacionamento pegando a pista para tomar rumo para minha casa.

Eu estava concentrado num cruzamento que só enxergava de relance a Morena se movendo, parei num sinal que tinha radar e eu não tava afim de levar multa. Olhei para o lado e a Morena estava concentrada bolando um beck e eu achando que ela iria se enrolar por conta das unhas grandes, mas ela enrolava na maior facilidade.

— O sinal já abriu, GeiGei. — ela comentou me olhando e abrindo o porta luvas para pegar um isqueiro que sempre fica ali.

— Eu quero.

— Eu vou te dar. Calma pô.

Eu acabei rindo porque ela falou no duplo sentido, eu senti a fumaça já tomando o carro, Morena abriu o vidro da janela dela e continuo tragando, me passou o beck e eu olhei ela soltar devagar fazendo o vento levar um pouco para fora do carro.

— Se pegar blitz, eu tô fudido.

— Não vamos pegar nada gato, relaxa. — sorriu pra mim e eu coloquei o cigarro em sua boca, ela puxou e soltou a fumaça na minha cara dando um sorriso largo em seguida, fazendo os olhos ficarem menores.

— Quando eu acho que não pode melhorar, tu fica gostosa até fumando. — neguei como se estivesse indignado e continuei dirigindo.

Morena e eu continuamos nessa e chegamos a fumar mais dois, o caminho não era tão longo, mas eu estava dirigindo devagar e isso fez levar quase o dobro do tempo.

Morena já tinha os olhos pequenos e um pouco vermelhos quando chegamos em frente a minha casa. Estacionei o carro e ela pulou para fora assim que teve oportunidade. Passou a minha frente alegando que precisava fazer xixi e eu só joguei a chave pra ela.

Peguei os saltos no banco de trás e bati a porta, alarmando o carro e entrando em casa. Deixei os saltos no chão assim que fechei a porta e me livrei do meu tênis, deixei o celular, carteira e as chaves no aparador e caminhei pra cozinha puxando minha blusa para fora do corpo.

Foi aqui que pediram
uma maratona?

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