✨ apertem na estrelinha, comentem e se divirtam. •MORENA.
O segundo tempo terminou com mais um do Bruno Henrique e um do Arrascaeta, só a validação dos gols que eu disse do Bruno, fez o Luis ir a loucura e dizer que eu era a maior pé quente que ele conhecia. Eu só fiz dar risada e me levantei na mesa, indo finalmente para o banheiro me livrar de toda a cerveja que eu já bebi, ou pelo menos parte dela. Do lado de fora do banheiro havia uma espelho enorme e eu parei ali para ver como eu estava, só não contava que assim que virasse o corredor iria bater meu corpo no do Geizon, eu cambaleei e ele me agarrou pelo quadril, me puxando de volta e me mantendo em pé, apoiada com boa parte do corpo no seu.— Oi, meu amor. Vai continuar me ignorando enquanto senta na mesa praticamente do meu lado?
— Pode me soltar, por favor? — eu apontei para seu braço e ele me prendeu mais nele. A sorte era que ainda havia uma parede ali e tampava nós dois impedindo que quem estivesse no bar, nos visse. — Geizon, me solta.
— Calma aí vida, tava com saudades pô. — ele riu descarado e eu respirei fundo sentindo ele beijar o final do meu pescoço quase já no colo dos seios.
— O que você quer?
— Quero conversar, porra. Não te vi a semana toda e tu tá de putaria me ignorando.
— Talvez não me viu por tá ocupado demais beijando a mina que comeu teu cu com ódio, quando você ia igual um imbecil bater na porta dela, podre de bêbado. — eu disparei e ele enrugou as sobrancelhas. — Tá surpreso? Pois é, eu também fiquei.
Me desvinculei do meio abraço que ele me dava e Geizon parecia me avaliar, pensando no que falaria ou talvez só não tinha como se defender.
— Você tá com ciúmes? — falou por fim depois de que eu já tinha desistido e estava passando por ele.
Parei de andar no mesmo instante mas não me virei para responder: — Entenda como quiser, mas fique ciente que eu não sou do tipo de mulher que fica disputando espaço na vida de um cara que eu esteja afim.
Sai dali em disparada voltando pra mesa, tinha falado demais e sentia minha garganta se fechando, como se toda a saliva de minha boca tivesse simplesmente deixado de existir.
Eu ainda não sabia nem mesmo como tinha feito aquelas coisas sair da minha boca, talvez eu estivesse mesma mordida, até demais, pelo monstrinho do ciúmes.— O que houve lá? — Anna me perguntou assim que eu me acalmei e ela reparou que Geizon veio de lá também, logo depois.
— Nada, depois te conto. — puxei uma garrafinha de água de dentro do balde com gelo que estava na mesa e abri a mesma, dando goles enormes.
O resto foi tranquilo e ainda saiu um gol do Fluminense, eu já nem tava conseguindo prestar atenção, me esforçava ao máximo mas sempre que mal esperava meus olhos vacilavam para a mesa ao lado, até que reparei que ele já não estava mais ali.
Ainda ficamos ali por mais uma hora depois do jogo, eu já estava um pouco alta de cerveja, Anna tinha já indo embora assim que o jogo acabou dizendo que tinha que encontrar com a mãe dela num shopping aqui perto. Eu fiquei com o pessoal e acabei pegando uma carona com o Luís, que não me deixou nem por um decreto ir embora de Uber.
— Luís, pelo amor de Deus. Poderia ter ido de Uber, olha o voltão que você está dando.
— Para de graça, eu vim porque quis também e tá foda de tu sair sozinha aí de noite de Uber. Qual foi, pô, vou te sequestrar não.
— Para idiota. — dei risada e bati em seu dedo que ele tinha apontado na minha cara, ele riu e voltou a prestar atenção no pequeno trânsito que pegavamos na ida para o meu prédio.
Já tinha muito tempo que não ficavamos e mesmo ele dando bem descaradamente em cima de mim, eu me esquivei muito e consegui terminar a carona sem cair na tentação.
Otávio não era nada de se jogar fora, era lindo, alto, moreno, forte e o cabelo formava cachos perfeitamente pequenos e bem desenhados. Mas hoje eu não estava mesmo afim. Só fiz me despedir dele com um beijo no rosto e ele esperou até eu passar do portão de grades do prédio, buzinou, eu acenei e ele foi embora. Me virei já fuçando minha bolsa pra pegar a chave e já ficar na mão para quando eu saísse do elevador.
— Boa noite, seu Joaquim... Mas uma vitória do Mengão.
— É minha filha, tá difícil de parar o malvadão. — eu ri assentindo e escutei uma risada alta vindo de trás de onde eu estava, num outro pedaço do hall do prédio. — É.. ele ficou aqui te esperando.
— Tudo bem seu Joaquim, não tem problemas. — eu comentei enquanto vi o Geizon se levantar da poltrona e arrumar sua blusa, passando a mão por ela e ainda dava risada, agora mais baixa.
Eu neguei e passei na frente, indo apertar o botão do elevador. Geizon parou do meu lado já em silêncio, entramos naquele cubículo de inox. Apertei o quarto andar e respirei fundo, sem nada pra dizer e sem ter reação. Não esperava que mesmo que ele estivesse aqui.
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Deixe-me ir | XAMÃ
Hayran KurguMas tive que perder pra aprender dar valor Pra você entender seu amor, mas não quer ser mais minha Então diz que não me quer por perto Mas diz olhando nos meus olhos Desculpe se eu não fui sincero • todos os direitos reservados. • história original...