𝖳𝗈𝗀𝖾𝗍𝗁𝖾𝗋 𝖶𝖾 𝖠𝗋𝖾 𝖯𝗎𝗋𝗉𝗅𝖾 [Klance]

Capitulo vinte e um.

Oi anjos, boa leitura e deixe seu voto.

𝖠𝗀𝗈𝗋𝖺 𝗆𝖺𝗇𝗍𝖾𝗇𝗁𝖺 𝗌𝖾𝗎𝗌 𝗈𝗅𝗁𝗈𝗌 𝖿𝖾𝖼𝗁𝖺𝖽𝗈𝗌.

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Já era o outro dia e eu estava com Pidge em um dos bancos do grande pátio escolar. Hoje eu estava ansioso para ver Lance, mas ele ainda não havia chegado e isso me entristecia um pouco. Gostaria de ter saído com ele ontem, mas Lance já estava com outros planos. Eu sentia que estávamos um pouco distantes por esses dias, então eu meio que ansiava ve-lo logo.

– Keith, que carinha é essa? – Escutei minha amiga perguntar ao lado.

– Hum? Ah, só estou meio avoado... – Respondi dando de ombros.

Senti minha visão ser interrompida por duas mãos e sorri ao senti a pele quente e macia no meu rosto, já imaginava quem era.

– Quem é? – Perguntei sorrindo.

– Advinha! – Escutei ele perguntar brincalhão.

– Hum... – Fingi não saber só para jogar seu jogo. – Tom Cruise?!

Logo Lance tirou as mãos de meus olhos e se colocou à minha frente com um expressão incrédula e eu não consegui conter meu sorriso longo.

– O que?! Eu sou literalmente o Tom Cruise latino!

E eu apenas me pus a rir junto de Pidge com a resposta de Lance. Seu tom foi de espanto, mas ele obviamente estava brincando. O garoto logo riu conosco. Após um tempo ele me puxou e disse para Pidge que iria me "roubar" por alguns instantes.

Lance praticamente correu comigo de mãos dadas até o banheiro mais próximo. Ele começou a me beijar desesperadamente no corredor e foi fazendo isso até a cabine do banheiro, onde nos trancou lá dentro.

Seus lábios tocavam os meus de forma intensa e suas mãos tremiam, tocando meu rosto até minha cintura e ombros. Eu sorria e dava curtas risadas quando os toques de Lance me faziam sentir cócegas.

Só paramos quando o afastei assim que o sinal para as aulas tocou. O garoto sorriu e ficou me encarando como se eu fosse uma bela paisagem.

– Quando te vejo meu coração dispara, penso em você toda hora. Por que você está fazendo isso comigo? – Ele perguntou e fiquei com vergonha.

– Você me deixa tímido dizendo essas coisas, Lance. Mas, vamos. O sinal já tocou. – E então o puxei para ir até nossas salas.

Lance me deixou na porta da minha sala e logo foi para sua. Me apressei e sentei próximo a Pidge que me encarava maliciosa.

– A pegação foi boa, hein? Está vermelhinho. – A garota implicou comigo e apenas revirei os olhos escutando sua risada.

A aula logo havia começado, e para minha surpresa quem a deu foi Matt. Fiquei surpreso por aquilo. De uma forma bem discreta ele sorriu pra mim como forma de cumprimento e eu retribui. Percebi a forma como Pidge ficou, meio tensa na cadeira. Talvez ela tivesse problemas com o irmão, mas para a sorte dela só tivemos um tempo com ele.

Após algumas aulas fomos para o intervalo, mas apenas Hunk e Klaizap estavam de baixo da árvore como de costume. Falando no pequeno alien, o mesmo não falava comigo direito e parecia desconfortável ao meu lado. Sabia que o baixinho estava assim pelo modo que o tratei quando Lotor apareceu no banheiro.

Eu estava tentando deixá-lo a vontade sendo compreensível e gentil, e aos poucos ele parecia mais leve comigo ao lado.

– Lance não vai aparecer aqui hoje? – Perguntei para Hunk.

– Ele vai sim, olha aí ele. – E então apontou para o cubano.

Logo pude ver Lance se aproximar de nós, mas ele não estava sozinho. Ao seu lado estava Allura e Hepta, e junto deles estavam mais alguns adolescentes.

– Oi galera. Esses aqui são Reagan, Maxxell, Acxa, e Nyma. Esses são Keith, Pidge, Hunk e Klaizap. – O garoto disse apresentando aquelas pessoas e nos apresentando.

Confesso que fiquei meio inseguro com todas aquelas pessoas ali, principalmente por todas aquelas garotas. Elas tinham um rosto muito sério e transmitiam um ar esnobe. Uma das garotas apresentadas, Reagan, arrastou a mochila de Pidge com o pé e então se sentou no lugar onde a mochila estava.

Olhei para minha amiga um tanto surpreso pela atitude rude da garota e Pidge me encarou com raiva no olhar por causa daquela ação.

Logo todo o grupo começou a conversar, menos a garota rude chamada Reagan e Acxa. Eu não conversava diretamente, apenas respondia alguma pergunta que era direcionada a mim.

– O que vocês estão fazendo? – Allura perguntou para as duas garotas excluídas que riam mexendo no celular.

– Tem uma vagabunda que acha que pode enganar meu namorado com a conta fake dela no Instagram! – Essa Reagan disse zombeteira. Ela logo pegou o celular e começou a se gravar. – Tenta de novo, vadia. Essa boceta aqui domina! – E mandou o vídeo para a tal garota da conta fake no Instagram.

Essas provavelmente eram pessoas que eu não gostaria de fazer amizade. Infelizmente, eles ficaram ali até o final do intervalo e tudo que eu mais queria era poder ficar a sós com nosso grupo de verdade. A maioria daquelas pessoas eram totalmente superficiais e não tinham um pingo de noção sobre o que acontecia na vida real. Elas apenas falavam mal da vida de outras pessoas e xingava a aparência de qualquer pessoa que passava a nossa frente.

Era podre.

No meio de toda a falação do grupo, eu acabei deixando o tédio me fazer observar alguns pontos do colégio e tomei um pequeno susto ao perceber que estava observando Lotor. Ele estava encostado numa parede próximo a escadaria e me encarava com o olhar sério e eu decidi não desviar meu olhar também.

Em algum momento ele deu um sorriso assustador e fez um sinal de arma nas duas mãos, colocando uma na cabeça e a outra na boca fingindo um tiro em si mesmo. Me assustei com aquela cena e desviei meu olhar no mesmo instante.

Meu coração batia forte... eu me sentia exposto ali no meio. Era como se Lotor soubesse de algo muito íntimo da minha vida...

Passei todo o resto do intervalo e das aulas com aquilo na cabeça. Tinha medo daquilo ser um tipo de aviso, ou algo assim.

– Lance... – O chamei enquanto caminhávamos até sua casa. – Posso te pedir uma coisa?

– Claro, o que? – Perguntou olhando para mim.

– Por favor, não chame mais aquelas pessoas para ficarem conosco no intervalo. – Pedi manso. Não sabia se Lance gostava daquelas pessoas, então era melhor falar com jeitinho para não vê-lo bravo comigo.

– Eu percebi como você ficou meio acanhado ali no meio deles todos. Mas, tudo bem, não irei chamá-los mais. Sei que podem parecer superficiais quando os conhece na primeira vez, mas são pessoas legais. – Realmente não pareciam.

– Mas, trocando de assunto... sua família está em casa? Estou com saudades deles, Náia e Silvo principalmente. – Falei sorrindo ao me lembrar das duas crianças brincalhonas.

– Não tem ninguém em casa.

𝖲𝗈́ 𝗉𝗈𝗋 𝗁𝗈𝗃𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝗁𝖺𝗏𝖾𝗋𝖺́ 𝗋𝖾𝗀𝗋𝖺𝗌.

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