Capitulo vinte e nove- Novo trimestre

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Naquele dia, bem cedo, Emma foi acordar Harry, era manhã de Natal e por um acaso, o primeiro Natal deles juntos, ainda estava com uma camisola de seda, com um hobe de magas compridas por cima, mas para seu azar, ele e Ron já estavam acordados e abrindo presentes. Harry ria de alguma coisa, já Ron parecia não compartilhar dessa felicidade matinal.

-Bom dia garotos. -Emma fala entrando no quarto e se jogando na cama em que Harry estava, sendo recebida pelos braços dele.

-Ela não pode achar que eu usaria isso...-Ele continua resmungando. Emma olha para Harry em dúvida, mas ele apenas ri, apontando com a cabeça para o colar na mão de Ron, Lila havia o presenteado com um cordão de ouro escrito ¨meu namorado¨. Emma fez o som de ¨own¨ segurando o riso.

-Olha que amor, o Uon Uon ganhou uma coleira. -Emma ri, sendo acompanhada por Harry. -Eu deveria te dar uma também não acha? -Recebe uma careta do mesmo, o que a faz rir mais.

-É ridículo. -Ron diz com mais indignação a provocação de Emma. -Como pode pensar que eu usaria essa coisa.

-Alguma vez você deixou escapar que gostaria de aparecer em público com as palavras ¨meu namorado¨ penduradas no pescoço? -Harry pergunta, com um pouco de deboche.

-Bom...na verdade nós não falamos muito...ficamos mais...

-Dando uns amassos, já sabemos. -Emma completa sem paciência.

-É. -Ele pensa por um momento antes de falar. -A Hermione está mesmo namorando o McLaggen? -Emma quase revira os olhos, mas se contém com um olhar rígido falando por cima de algo que Harry ia falar.

-Não, mas eu tenho alguém para apresentar para ela. -Rony franze a testa antes de perguntar.

-Por que faria isso?

-Por que ela é minha amiga, está solteira, e ele está interessado nela. Parece um cara legal. Você não quer que ela conheça alguém legal?

-É...sim, é claro, acho que ela merece alguém legal. -Ele não parecia mais tão feliz. Realmente Emma conhecia alguém interessado em Hermione, mas ele não servia para o nível que ela merecia, não pretendia apresentar ele para ela, só comentou para ver se Ronald crescia e admitisse que gostava dela.

Emma saiu do quarto depois que os presentes foram abertos, haviam gostado dos presentes que ela havia dado e também gostou dos que recebeu, para a Shafiq era algo de praxe, não dava muita importância para a tradição de trocar presentes. Cresceu recebendo bens-materiais caríssimos para compensar um vazio que existia em sua família, como um meio de calar qualquer queixa que tivesse; quando mal via seu pai na infância, mas recebia fortunas em lembranças trazidas por ele assim que retornava; como a ausência emocional de sua mãe era equilibrada com roupas, calçados e cosméticos importados; seus avós maternos que só encontrava em grandes eventos, os quais eram tão frios quanto poderiam ser, mas sempre vinham carregando caixas com laços coloridos. Presentes...para ela uma mera desculpa a maioria das vezes, uma solução encontrada, jogar um pouco de dinheiro para confortar suas frustrações e traumas.

Sabia que não era aquilo que significava para aquela família. Durante o Natal com os Weasley, pode ter um pouco daquilo que sempre quis, uma amostra do que queria para seus futuros filhos, e o quanto queria mudar o ciclo que tomou sua própria família. Desejava uma vida como aquela, com feriados como aquele, e uma casa cheia de amor e cuidado. Molly era uma mãe impressionantemente presente e amorosa, a tratou como filha e a mimou desde que chegou, cobrindo-a de atenções. Conversaram por horas, junto as outras meninas, a Sra. Weasley queria saber de tudo sobre ela, se interessou em saber mais sobre sua mais nova protegida, mostrando muito zelo por ela, a adorou logo de cara, lhe dedicou toda sua sabedoria com aquela dose certa de proteção. E Emma se sentiu tão embalada por toda aquele calor maternal, que quase chorava quando pensava que teria que ir embora em breve.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora