Capitulo quarenta e quatro- Batilda?

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-Espera, para! -Hermione exclama baixo, atraindo o olhar de Emma que já estava alguns passos à frente. Ainda não tinham deixado o cemitério, se encontravam do lado do túmulo de um Abbott, quando a voz dela os fez estancar no lugar.

-O que foi? -Harry é quem a questiona.

-Tem alguém ali. Nos observando. Sinto. Ali, perto dos arbustos. -Sussurra se aproximando ainda mais de Harry, ficando ali, abraçados. Emma olha em volta, com o cenho franzido, a única coisa que sentia era que, ficar parada lhe deixava com mais frio; não tinha medo, Hermione as vezes podia ser um pouco paranoica, então deu outro passo, afundando a neve em um som abafado, atraindo o olhar aterrorizado da mesma.

-Não tem nada ali, vamos embora. -Emma vira para frente para continuar andando e percebendo os outros dois não a acompanharem. Entendia que necessitavam de cautela, mas ficar estáticos olhando uma pequena árvore congelada em meio a um jardim de mortos parecia demais. -O que viu?

-Vi uma coisa se mexer. Poderia jurar que vi. -Ela o larga para deixar livre a mão da varinha. Emma direcionou o olhar para os arbustos, vendo que realmente havia um monte de neve deslocado, ainda que não achasse que significava algo; segura a varinha em mãos, estreitando os olhos.

-É um gato. -Disse Harry, depois de alguns segundos. -Ou um pássaro. Se fosse um comensal da morte, já estaríamos mortos. Vamos sair daqui, e poderemos tornar a vestir a capa. -E assim fizeram. Chegaram a ouvir vozes adoráveis cantando uma música natalina, no bar que já estava mais cheio e alegre do que antes. Hermione os guiou, puxando-os por uma rua escura, na direção oposta à que tinham vindo.

-Como vamos achar a casa da Batilda? -Hermione pergunta, enquanto olhava por cima dos ombros a cada segundo e não parava de tremer. -Harry? O que você acha? -Ele parecia não a escutar, estava com os olhos fixos em uma massa escura onde acabavam as casas.

-Ei! -Emma exclama, quando escorrega um pouco no gelo, ao sentir ser puxada por ele.

-Olhem...olhem aquilo.

Bem a frente deles, estava os escombros de uma casa exatamente como as outras da vizinhança, porém não mais como as outras; embora permanecesse de pé, o lado superior esquerdo fora explodido, e coberto por hera escura e neve, as paredes estavam envelhecidas e descuidadas, em sua superfície algo que, no escuro, pareceu lodo ou talvez musgos. Eles pararam juntos, próximo ao portão, observando as ruínas, com Emma intercalando o olhar entre o Potter e o terreno.

-Por que será que ninguém a reconstruiu? -Sussurra Hermione.

-Talvez não possa reconstruí-la? Talvez seja como ferimentos causados pelas artes das trevas que não são curáveis? -Ele passou a mão para fora da capa e segurou o portão muito enferrujado e coberto de neve, sem querer abri-lo, mas tentando, tocar alguma parte da casa.

-Você não vai entrar, vai? -A morena questiona. -Parece perigoso, pode...ah, Harry, olha!

O toque de Harry parecia ter bastado, do emaranhado de urtigas e ervas daninhas, surgiu uma placa e na inscrição dourada, estava escrito:

¨Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981, Lily e James Potter perderam suas vidas.
Seu filho, Harry, foi o único bruxo a ter sobrevivido a maldição da morte.
Esta casa, invisível aos Trouxas, foi mantida em ruínas como um monumento aos Potter e uma lembrança da violência que destruiu sua família. ¨

Em volta, haviam rabiscos de outros bruxos que visitaram o local onde o menino que sobreviveu, realizara tal feito. Alguns assinaram seus nomes em tinta perpétua, outros gravaram suas iniciais. As mais recentes, que se destacavam sobre as outras de dezesseis anos de grafito mágicos, diziam o mesmo.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora