Capitulo cinquenta e quatro- O diadema perdido

52 6 3
                                    

Anthony a convenceu, depois de tomar uma sopa e muitos devaneios da parte dela, de ir dormir. Emma estava muito cansada, não apenas fisicamente, mas a tensão que carregava desde que saiu de Wigtown, exauriu suas energias. Acabou acordando muito cedo, foi dormir as sete da noite, então as quatro já estava desperta, andando descalça, de um lado para o outro do pequeno quarto, com sua cabeça trabalhando de maneira frenética.

Estava tão perdida em seus próprios pensamentos, que mal percebeu quando Anthony bateu a porta. Olhando para a janela, notou que já havia amanhecido, já passava das seis da manhã muito provavelmente, e ela nem mesmo reparou o tempo passar, mas já tinha muito o que conversar com o Dumbledore. Ele devia saber bem mais do que ela, então estava disposta a dizer tudo o que sabia para conseguir iluminar suas ideias e ter uma resposta sobre o que fazer.

-Está acordada? –A voz dele soa, atrás da porta, trazendo-a de volta a realidade.

-Sim, estou. Já vou descer. –Responde, passando as mãos pelo cabelo.

Estava com medo. Confiava nele de tal modo que estava prestes a conta-lo tudo aquilo que descobriu sobre a guerra, mas sua intuição já havia se provado bastante falha, ao defender Malfoy. E se Anthony não fosse tão confiável quanto pensava? E se, naquele exato momento, estivesse correndo perigo dentro de sua casa?

Mas não tinha muita escolha a essa altura. O seu objetivo vindo até ele, era resgatar a varinha de Dumbledore, o que não conseguiria mais. O plano quanto a dispersar a atenção dos perseguidores no trio, estava feito, e seria arriscado demais voltar antes que invadissem o banco, poderia estragar tudo aquilo que eles se prepararam. Logo, pedir a ajuda de Anthony era indispensável, era o único que possuía o conhecimento do que acontecia ou dos planos do diretor, e tinha o poder de auxilia-la caso quisesse.

Por mais estranho que parecesse, Emma simplesmente o achava verdadeiro, via que era genuíno em suas palavras, e confiava que o filho de um dos homens mais dignos do mundo bruxo, fosse alguém que merecia uma chance de mostrar sua lealdade.

-Tudo bem, vou preparar nosso café. –Ela escuta os passos dele, ao descer a escada. E respirando muito profundamente, senta na cama, colocando os sapatos e prendendo os cabelos antes de se dirigir ao andar debaixo.

-Bom dia, Anthony. –Ela se acomoda à mesa, vendo ele colocar um copo de suco de frutas a sua frente.

-Bom dia. –Senta a frente dela. Emma pega duas torradas, passando geleia e observando ele colocar cogumelos, ovos e salsicha em seu prato. A Shafiq nunca foi de comer pela manhã, mas o café da manhã inglês passava do limite de aceitável, era ridículo de tão gorduroso.

-Posso te fazer umas perguntas? –Ele levanta a cabeça olhando para ela. Emma queria fazer uma sondagem antes de fazer algo que pudesse ser a maior burrice de todos os tempos.

-Acho que sim. Mas já falei que não posso lhe dizer sobre o que Albus me contou. –Ela assente.

-Como você diz isso, eu posso afirmar que continuaram se vendo depois daquele dia? –Anthony confirma com um menear de cabeça, olhando com desconfiança.

-Sim, eu estava hospedado em Hogsmeade, nos vimos todos os dias ao longo daquelas semanas. –Emma inclina o corpo para mais perto, estreitando os olhos.

-No meio de tudo o que acontecia, se viram todos os dias? –Entendendo o que ela fazia ele riu, dando uma garfada em sua comida e levando a boca, demorando o tempo de mastigar e engolir até ela ter sua resposta.

-Não estávamos interessados em recuperar o tempo como pai e filho. Minha família estava sofrendo com a perseguição de alguns comensais, e quando o contei sobre isso, se tornou tópico de praticamente todas as nossas conversas. Ele viu meu interesse, capacidade de lhe ser útil, e confiou em mim detalhes importantes sobre seus planos e é por isso que continuo na Grã-Bretanha.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora