Capitulo quarenta e cinco - Volta e reconciliação

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O dia seguinte passou como um borrão, Emma dormiu a manhã inteira e na parte da tarde ficou sozinha, dentro da barraca, lendo um livro sobre ervas mágicas, enquanto Hermione e Harry ficaram do lado de fora conversando, o que para Emma eram só murmúrios.

Quando Hermione assumiu o turno da noite, Emma não conseguiu dormir, Harry virava-se de um lado a outro e ela tinha quase certeza de que estava tendo um pesadelo, além de que, parecia que especialmente hoje, o lado de fora estava mais agitado que o comum. Então, assim que o Potter despertou, foi o que fizeram, desaparatando, debaixo da capa, na floresta do Deão, onde Mione já havia acampado com seus pais.

As árvores estavam brancas, cobertas pela neve, e fazia um frio cortante. Passaram a maior parte do tempo dentro da tenda, protegidos do frio, Emma aproveitou para colocar a leitura em dia e ficar horas com Hermione estudando sobre as horcruxes e confabulando planos e teorias. Já era tarde da noite, quando Hermione entrou na barraca, olhando em volta, com uma expressão que Emma não entendeu.

-O que foi, Mione? –Ela pergunta, sentada na mesa, fechando o exemplar. -Achei que já estava dormindo.

-Eu estava. O Harry está aqui? –A Shafiq acena negativamente, viu ele saindo, mas como era o turno dele para ficar de vigia, não estranhou.

-Claro que não. –Solta uma risada curta e amarga. –Quando estou de um lado, ele está ficando no extremo oposto.

-Não estou achando ele. –Ela coça a testa, respirando pesadamente. Emma se levanta da mesa, com a cabeça inclinada.

-Não está lá fora? Ele saiu? –Hermione ergue o olhar para ela, e Emma passa a mão pelo rosto. –Só pode estar brincando! Como é que ele sai sozinho, sem avisar? Levou a capa? –A morena dá de ombros.

-Não sei, Emma, não sei. –Ela suspira.

-Vou atrás dele. –Avisa, pegando um casaco pesado de pelos, e leva a mão ao bolso. –Droga, ele ficou com a minha varinha. Me empresta a sua?

-É claro que você não vai sair, vamos ficar aqui, esperar ele voltar e...-Emma a interrompe.

-Esquarteja-lo? –Debocha, colocando o casaco. –Não posso ficar aqui esperando, Mione. Devo te lembrar que há um exército lá fora querendo a cabeça dele? –Hermione abre a boca, fazendo menção de responder, e fecha logo em seguida. –Pois bem.

-Só estou falando que não vai adiantar nada, sair nesse breu. Não sabemos onde ele foi, e ainda podemos nos desencontrar, ou nos perder. –Emma revira os olhos.

-Ou ele pode morrer! –Ela fala mais alto, um pouco desesperada. Respirando fundo, tentando relaxar. –Hermione, eu não vou ficar aqui parada, você fica aqui, eu vou procurar ele...levo a bússola e você fica com o pomo, para não correr risco de nos desencontrarmos.

-Vamos ficar aqui, se amanhecer e ele ainda não tiver chegado vamos atrás dele. –Apresenta a solução mais lógica.

-Até o amanhecer ele pode estar morto! Não está me ouvindo? –Um barulho de passadas interrompe a discussão das duas, e Emma xinga entre dentes. –Desgraçado.

-Hermione! –A voz do dito cujo é ouvida, quando as duas já passavam para fora da barraca. Emma se aproxima vendo ele, completamente molhado, chegar junto a Rony, segurando a espada, e ele com algo que não prestou atenção em mãos. Harry tira a mochila dos ombros de Ron e se aproxima de Emma. -O que foi? -Questiona ao ver a expressão no rosto dela.

-Por que está molhado? –Ela não o espera responder, tirando seu casaco e jogando por cima dele. –Vamos, entra logo, você está congelando. –Os olhos de Emma desviam para Hermione que foi direto para cima de Ron, que estava com um sorriso vacilante no rosto, mais ou invés de o abraçar ou algo assim, começou a socar cada parte do corpo dele que estava ao seu alcance.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora