Capitulo quarenta e oito- Tabu

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Assim que colocaram seus pés em terra firme, Ron começou a lançar seus inúmeros xingamentos, direcionando-os todos a Xenofílio Lovegood. Emma também havia ficado extremamente irritada com a traição do pai de Luna, mas essa raiva foi abafada pela compreensão, afinal a filha dele havia sido capturada pelos comensais por conta do sr. Lovegood apoiar Harry e sua causa publicamente. O Potter compartilhava da preocupação que a Shafiq estava sentindo em relação a Luna, e a ajudou a convencer Rony a ser um pouco mais empático e tentar entender o sofrimento e a vontade desesperada do homem de proteger a filha. Hermione compartilhou com eles que havia mandado seus pais para a Austrália, com a memória modificada para protege-los da guerra iminente, e assim puderam notar a materialização de seus estados afetando terceiros. 

Emma esvaziou os bolsos da capa, depois um banho quente, deixando tudo em cima de um pequeno aparador, vendo mais uma vez a revista do pai de Luna com o rosto de Harry na capa do Pasquim. Era ruim perder um aliado midiático, mas não podia culpa-lo quando a pessoa mais importante da vida dele teve de pagar a conta.

Ela suspira, e larga as páginas, indo se deitar, embora fosse cedo e eles certamente não fossem dormir, a cabeça doía e seus ombros também, a saída foi brusca e ela sentia-se tensa. Harry já estava com a cabeça no travesseiro, mexendo o pomo de ouro de um lado a outro, olhando-o como se esperasse que ele fosse sua resposta.

Mais tarde, quando todos já estavam seguros e limpos, dentro da barraca, e também com a mente mais clara, passaram alguns bons minutos discutindo sobre a veracidade das relíquias da morte e sobre o que poderia ou não ser verdade de tudo que Xenofílio havia falado. Harry contou a eles, no meio de uma conversa sobre a morte do nome Peverell, e que o avô de Tom Riddle, Marvolo Gaunt, descendia dos Peverell.

-O anel! O anel que virou uma Horcrux, Marvolo Gaunt disse que tinha o Brasão dos Peverell nele. Eu o vi esfregando o anel na cara do homem do ministério.

-O brasão dos Peverell? –Perguntou Hermione afiada. –Você poderia identifica-lo?

-Na verdade, não. –Respondeu Harry tentando se lembrar. –Não havia nada familiar nele, eu estava vendo de longe não podia ver mais que alguns traços, eu só o vi realmente quando já estava destruído.

Harry pareceu percebeu a compreensão de Hermione estudando seus olhos. Rony olhava de um para o outro surpreso. E Emma apenas tentava entender onde Hermione queria chegar.

-Está achando que é o mesmo símbolo? –A Shafiq questiona. –O das relíquias?

-Por que não? –Pergunta Harry agitado. -Marvolo Gaunt era um velho ignorante que viveu como porco, ele só se importava com seus ancestrais. Se aquele anel foi passado através dos séculos ele não saberia o que realmente é. Não havia livros naquela casa, e ele não é do tipo que lê conto de fadas para seus filhos. Teria gostado de pensar que os riscos na pedra eram um brasão porque, na cabeça dele, ter sangue puro transformava a pessoa praticamente em realeza.

-Sei...isso é muito interessante. –Hermione começa, cautelosa. -Mas Harry se você está pensando o que eu acho que você está pensando...

-E porque não? Porque não? –Pergunta Harry abandonando o cuidado. –Era uma pedra não era? -Afirmou Harry esperando o suporte de Rony. –E se for à pedra da ressurreição?

Ron ficou de queixo caído. E até Emma, que gostava de defender a sensatez do namorado pareceu vacilar por um instante.

-Mas será que ainda funciona? Mesmo depois que Dumbledore o quebrou? –Indagou Rony.

-Ainda funciona? Nunca funcionou, não existe essa coisa de pedra da ressurreição. –Disse Hermione olhando para os pés exasperada e nervosa. -Harry você está tentando encaixar tudo na história das relíquias.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora