Until my heart stops beating - Harry James Potter

Epílogo

Alguns meses depois:

-Ah não! -Emma ri, colocando a mão sobre a boca ao ver o campo de quadribol montado no meio daquelas montanhas assim que a venda é tirada de seus olhos.

-E então? Gostou? -Ele lhe observa com um sorriso empolgado, seus olhos brilhavam de animação como uma criança em uma loja de doces, agitando uma vassoura em cada mão.

-Você... você me comprou uma vassoura de quadribol? -Repete confusa o vendo assentir. -Amor...

-É um modelo novo, estava pensando em comprar uma pequenininha para o Teddy mas sinto que você não vai deixa-lo subir. -Responde a namorada, lhe entregando o presente em mãos. -Devia ter embrulhado, não é?

-Harry eu nem sei jogar... -Emma pareceu um pouco constrangida ao vê-lo montar, e completa. -Só pude fazer as aulas no primeiro ano porque estavam na grade curricular. -Ele lhe chama com um gesto, sem mostrar-se nem um pouco abalado.

-Você sempre quis jogar, linda. -Para flutuando em cima da vassoura ao seu lado, incentivando-a. -Agora eu posso te ensinar, e pode participar na próxima partida com a gente...

Era muito atencioso da parte dele, a algumas semanas os Weasleys fizeram uma partida de quadribol entre amigos; estavam com Teddy em uma consulta de rotina, quando Molly os convidou, e depois de comerem Ginny convenceu todos a jogarem uma vez, pelos velhos tempos.

Hermione tinha pavor, logo nunca fez questão de jogar, mas Emma foi incentivada por Arthur a se unir aos garotos. O Sr. Weasley afirmou que podiam ficar com o pequeno Lupin durante a partida, mas Emma recusou, e Harry sabia que ela foi proibida pelos pais a praticar qualquer esporte ou atividade que pudesse oferecer algum risco, apesar do desejo que tinha pelo jogo nunca o aprendeu na prática.

-Oh. Você ainda se lembra disso? -Questiona, com seu semblante admirado.

-É claro que sim, tudo que eu puder fazer por você, pelos seus desejos, eu vou fazer. -Emma sorri para ele que logo lhe estende a mão para ajuda-la a subir.

-Que empolgante... -Morde o lábio, com uma felicidade juvenil subindo em seus poros.

-Sabe todas as regras, só precisa de prática. -Ele afirma quando ela solta sua mão, inclinando-se para subir um pouco mais alto. -Cuidado... -Harry sussurra, com um sorriso amedrontado ao vê-la subir, seguindo-a logo.

A sensação era tão maravilhosa quanto ela se lembrava, em Ilvermorny quando aprendeu a voar. Seu melhor amigo da época, Dylan, tentava derruba-la toda vez que tentava ficar parada para apreciar a altura, então o vento no rosto e os movimentos de escape, ela se lembrava deles muito bem.

Parou lá no alto, sobre a vassoura que parecia quieta esperando o próximo comando. O sol mais ao fundo, em sua perfeita linha de visão, as árvores que escondiam a cidade mais abaixo, o sopro do ar em seus cabelos. Harry para ao lado dela e Emma logo o observa sorrindo.

-Obrigada, amor. -Ele parecia vermelho, com os olhos por trás dos óculos quase fechados pela claridade.

-Nem começamos ainda... -Emma move a vassoura ficando de costas para o sol agora, virada para a direção contrária a dele, e o mais próximos que era possível.

-Não estou agradecendo pelas aulas ainda. -Emma estica o canto dos lábios, inclinado o tronco em direção a ele.

-Posso pedir como quero o agradecimento? -Ela ri mais uma vez da ousadia, e ele gruda sua boca a dela, simples e amorosamente.

Aquele movimento sutil quando pôs os dedos em volta do pescoço alvo da Shafiq, em pleno ar, que os mostravam o quando estavam certos sobre onde chegariam, tão leves quanto em um primeiro encontro, tão entorpecidos quanto dois amantes. Ele considerava a altura um grande inconveniente quando ela tirou uma das mãos do apoio e levou até seu rosto, afundando-a em seus fios, e seu gemido escapou sôfrego.