Capitulo sessenta e um- Morto ou senhor da morte?

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Os minutos se puseram a passar e Emma já tinha cansado de esperar, não tinha muita noção do tempo que corria, mas o ataque não recomeçou, isso não era ruim, porém Harry ainda não tinha voltado como prometeu e isso a estava enlouquecendo. Ron, Hermione e Dylan estavam ao seu lado, ajudando como podiam. Luna havia acabado de sair para cuidar de seus ferimentos com Pomfrey, Emma se uniu a medibruxa para recuperar os que não saíram ilesos, o que era praticamente cada homem e mulher dentro do castelo.

Alguns corpos ainda vinham sendo recolhidos, e tudo era péssimo, odiava a forma como eles estavam sendo deixados quase empilhados no canto do salão, detestava o pensamento de quantas covas teriam de ser abertas, em sua frente só via o horror.

-Emma, pare de balançar os pés, por favor? -Dylan lhe pede tentando educadamente não parecer tão ansioso. Enquanto ela espremia alguma coisa em um de seus machucados.

-Acha que já passou uma hora? -Emma pergunta olhando de um rosto a outro, procurando o casal de amigos que não estava mais em seu campo de visão.

-Gatinha, você está me deixando maluco, é a quinta vez que me pergunta as horas. -Dylan lhe chama a atenção e ela volta a concentração em seu trabalho.

Assim que finaliza com outro estudante, que visivelmente não era maior, ela segue as ordens de madame Pomfrey indo repor o que havia acabado de poções a componentes. Na volta de sua obrigação percebe Ron e Percy mais ao fim do corredor, os olhos dos garotos se encontram aos da Shafiq e ela vira-se para entregar os socorros para Poppy.

No salão as coisas pareciam um pouco mais sobre ordem, quem já havia recebido os devidos cuidados se unia com as tarefas que os estudantes e professores realizavam. Emma se aproximou de Papoula e Ginny, e foi ajudar a acalmar uma menininha, ela chorava chamando pela mãe, e Emma a colocou em seus braços afim de tranquiliza-la para que Poppy pudesse cuidar de seus machucados. E para que Ginny pudesse se retirar, a ruiva já estava à beira das lágrimas, e sua voz quebrava ao tentar falar com a pequena.

-Eu não quero mais lutar! -Ela murmura novamente, se agarrando ao pescoço de Emma. -Quero ir para casa, quero a minha mãe.

-Eu sei princesa. -Suas mãos circulavam as costas dela, enquanto a medibruxa mexia em sua cabecinha para fechar o corte. -Você vai para casa, eu prometo.

Ela não sabia, mas era observada por um par de olhos que precisava desesperadamente partir. Algum tempo depois, quando a garotinha já estava junto aos outros menores, Rony e Hermione se aproximam.

-Harry ainda não desceu? -A Shafiq acenou negativamente, levantando e encarando os dois, que pareciam compartilhar a preocupação.

-Mas ainda está no tempo, certo? -Ela completa, vendo os dois se encararem.

-Tenho certeza que já passou uma hora... -Hermione e Ron se entreolham e a Shafiq percebe o movimento, assim como percebe a ansiedade lhe atacar junto ao pânico.

-Ele não fez isso. -Ela se levanta andando afim de sair do salão. -Harry me prometeu que desceria assim que visse as tais memórias do Snape. E ele não mentiria. -Sabia que os outros três lhe seguiriam.

-Então por que ele não está aqui? -O Weasley faz a pergunta de um milhão de galeões.

-Não tem como Harry sumir dentro de... -A Granger é interrompida, por uma voz alguns centímetros adiante.

- Harry não sumiu. -Nevill afirma, se aproximando ao ver o trio caminhando determinados em direção aos corredores, escutou apenas o final da conversa, e se posiciona a frente deles. -Ele passou por mim, está sobre a capa, disse que isso fazia parte do plano.

-Que plano? -Ron pergunta, vendo se alguma das duas parecia reconhecer o que ele dizia.

-O que ele te disse? -Emma pede, sentindo o arrepio subir a espinha.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora