Capitulo quarenta e nove- Mansão dos Malfoy

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Em segundos ela sente mãos segurarem seu braço, prendendo-os para trás, tentou se soltar, mas o aperto só se tornou mais forte. Estava escuro, mas ela conseguia ver com perfeição cada movimento que os sequestradores faziam.

-Me solte seu espurco! –Tenta o atingir

- Sai... de... perto... dela! – Emma escuta Ron gritar.

-Não! Deixe-o em paz, deixe-o em paz! –Hermione berra.

-Seu namoradinho vai ter algo pior do que se ele tivesse na minha lista. -Disse uma voz horrivelmente familiar. - Menina deliciosa...um prazer...aprecio e muito essa suavidade de pele...

O estomago de Emma se revirou, reconheceu aquela voz tão rápido que se surpreendeu. Era o lobisomen Greyback, embora não tivesse lutado diretamente com ele na noite da morte de Dumbledore, aquela voz, aquela voz asquerosa era um pesadelo para qualquer um que já cruzou o caminho dele. A Shafiq sabia que ele não era mais um dos sequestradores não tão qualificados de Voldemort, mas tão pouco era um dos mais inteligentes, e sentiu uma pontada de esperança ao perceber que havia uma chance de dobra-los.

- Revistem a tenda! -Disse uma outra voz.

-Olha, o que temos aqui. –Greyback se aproximou de Emma, passando o dedo por baixo da orelha dela, puxando uma mecha de cabelos entre o polegar e o indicador. –Seu rosto me é muito familiar. –Sussurra, aproximando o nariz de seu pescoço. -É nítido que essa daqui vem de berço de ouro...

-Não toque nela! –Harry gritou logo tendo a cabeça puxada para trás por quem o segurava.

-Qual seria seu nome, bonequinha? –Ele ignora. Emma fez uma careta, virando o rosto, tentando ficar o mais longe possível dele e de seu hálito repulsivo.

-Não vai querer saber, eu te garanto. –Ela cospe as palavras, ouvindo os outros tentando se soltar. –Acho que se for um pouco esperto irá embora, nos deixando em paz.

-Você acha é? –Ele vira o rosto rindo com escarnio, junto aos outros. –Nunca me considerei lá muito esperto mesmo, e você...você parece incrivelmente apetitosa. –Emma sente a bile subir a garganta, a medida que os dedos ásperos passavam por suas clavículas.

-Tire as mãos de cima dela! –O Potter grunhiu, se remexendo, falhando na tentativa de se soltar.

-Meu pai não vai gostar de saber que se quer encostou na garotinha dele. –Ela sussurra, com a voz mais firme que conseguiu, usando de toda a autoridade e petulância que sua criação a ensinou. –Não sabe com quem está lidando Sr. Greyback, os Shafiq's não são conhecidos por serem misericordiosos.

-Ah, então é uma Shafiq. –Concluiu não parecendo abalado, nem mesmo uma sombra de temor passou pela feição horrenda dele. Mas a soltou, e seja quem fosse que a segurava, afrouxou o aperto. –Seu pai realmente anda a procurando, mas você não pretende voltar, não é? Uma revolucionária, ¨traidora de sua espécie¨ é o que andam comentando sobre seu sumiço.

-Eu lhe garanto, que ele te caçaria até o inferno se sequer pensasse em me machucar. –Ela ergue o queixo, com arrogância. E isso era verdade, mesmo com tudo o que aconteceu, se ela voltasse para casa, seu pai a receberia com grande alívio. Se tinha uma coisa que Willian Shafiq considerava mais do que a pureza de sangue, era sua descendência. E Emma, como sua única filha, também era sua protegida. Se acontecesse algo a ela, teria de destinar tudo ao irmão e ao sobrinho, algo que ele detestaria mais do que a morte. E fosse ele movido pelo luto ou pelo ódio, iria até o tártaro em busca de vingança.

-Não se preocupe comigo, princesa. –Segura o rosto dela com uma das mãos, apertando as bochechas com uma força que a fez franzir o rosto. -O papai vai ficar saltitante só de te ver outra vez, não vai se preocupar em como fizemos isso. -Murmura.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora