Capitulo onze- Briga e firewhisky

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Na tarde daquele mesmo dia Emma estava indo para a torre de astronomia, ela gostava de ir para pensar ou só para ficar lá em cima aproveitando a sua própria companhia. Emma tinha crises de ansiedade desde os 12 anos, ninguém nunca tinha visto, e a única pessoa que sabia sobre elas era Ginny, a maior parte das vezes ela conseguia se acalmar sozinha, mas quando ela não conseguia apenas esperava passar, e a torre de astronomia era seu melhor lugar, era calmo e silencioso, tinha uma linda vista que a afastava dos problemas por alguns minutos, e era tudo que ela precisava...alguns minutos.

Por conta da ansiedade Emma tinha insônia frequentemente, e era para lá que ela ia quase todas as vezes, quando ela se sentia sufocada e sentia que estava impossível respirar aquele lugar parecia a dar um pouco de tempo. A Shafiq percebeu com o passar dos anos que existem algumas coisas que não vale a pena se estressar e nem pensar sobre, para o seu próprio bem, coisas que estão fora do seu controle, ela querendo ou não, e isso é o que mais a ajudava nos dias ruins.

Chegando lá o lugar estava como sempre, vazio e tranquilo, um sorriso involuntariamente tomou conta do seu rosto, o sol das 3 da tarde brilhava bem acima dela, a brisa nesse horário, bem fraca, e o calor brilhando em seu rosto.

A verdade é que esses últimos meses não tinham sido tão fácil quanto ela demostrou, sua mãe tinha a enviado outra carta, falando sobre o final do ano e a pressionando quanto as suas notas nos N.O.M.s. Estava brava e estressada em relação a Draco; a amizade dos dois acabou antes mesmo de começar, ele estava falando e fazendo coisas extremamente diferentes do cara que ela tinha conversado. Esses momentos com o Harry também não saia da cabeça dela, era errado ela gostar tanto da companhia dele? Sentia que isso era quase um crime, principalmente por que era diferente do que ela sentia com os outros. Gina ficaria furiosa, ela a conhecia, sabia que ela ficaria muito chateada com tudo isso.

Um barulho a traz de volta a si e seu olhar vai diretamente para escada, e o motivo de um dos seus surtos estava lá, parado a observando, com o mesmo olhar carregado e com as mãos obviamente machucadas, ele estava com um pequeno corte na boca, e um perto da sobrancelha, Emma estava dividida entre ir embora ou o ajudar com os machucados, não percebeu que já estava a uns bons segundos parada.

-Eu...o que aconteceu com seu rosto? -Ela finalmente pergunta se aproximando e segurando suas bochechas com as mãos. Ele apenas desvia o olhar para o céu atrás dela. -Andou brigando? -Ela pergunta soltando dele para segurar suas mãos com cortes e sangue já seco. -Você está horrível!

-Devia ver o outro cara. -Ele diz forçando um sorriso, que ela não retribui, e recebendo um tapa no ombro. -Ai! - Ele reclama ainda sorrindo. Não era o tipo de pessoa briguenta, não de sair no soco pelo menos, mas as vezes esse era o efeito de sua personalidade, e naquele dia, saiu na pior.

-Eu estou falando sério! Você não pode ser civilizado só um dia?! -Já Shafiq odiava brigas, achava isso extremamente ridículo e primitivo, "coisa de bárbaros", segundo ela.

-Foi mal! Você vai com o imbecil do Potter né? Amanhã. -Ele pergunta mesmo que já soubesse a resposta, indo em direção as grades da torre. Ela logo entendeu do que ele falava.

-É ele me chamou ontem, e eu disse sim! -Diz o seguindo e ficando ao lado dele.

-Entendi -A voz sai um pouco mais fria e seca que o comum.

-Não foi por isso que você brigou? Foi? -Emma pergunta em um obvio tom de repreensão.

-Não, eu briguei por que a única garota que eu já gostei em toda minha vida, me odeia e vai com um idiota, que eu odeio, a propósito, para uma festa que na realidade eu nem iria. -Ele disse rindo um pouco, sem achar graça.

-Draco. -Ela o chama fazendo ele a encarar -Você bebeu? -Pergunta séria, ganhando uma risada desleixada e um pouco mais alta que a anterior.

-Combinação perigosa né? -Ela o olha de soslaio, não gostava de estar perto de homens bêbados, não tinha boas lembranças quanto a isso, na verdade a assustava consideravelmente. E por mais que fosse ruim admitir, Draco não era alguém com quem ela se sentia segura nem mesmo sóbrio.- Estar bravo e bêbado. -Ele ficou um tempo em silencio e a olhou sorrindo. -Você quase nunca me chama de Draco.

Until my heart stops beating - Harry James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora