Emma, depois de algum tempo, com longas pausas, aparatou em um campo, quase por inteiro cercado de florestas baixas, próximo a cidade de Belcoo, na Irlanda do Norte, onde de longe dava para ver uma pequena casa, era localizado nos limites da fronteira, e logo atrás, bem ao longe, havia uma vasta e densa floresta de árvores de médio porte. Ela precisava se manter o mais longe possível da grande massa de bruxos, o rastreador parou de funcionar quando fez dezessete, mas sabia que seus pais já haviam colocado pessoas atrás dela, como cães de caça farejando qualquer rastro que deixasse.
Deixar a mansão, foi mais fácil do que esperava, o que foi uma surpresa, já que a casa era vigiada por grandes armaduras enfeitiçadas, e uns dois ou três funcionários da segurança, que não foram tão difíceis de driblar. Emma ultrapassou os limites da propriedade, para conseguir aparatar e concluiu que todo aquela segurança reforçada era mais intimidadora do que funcional.
Agora, já próxima de seu destino, ao chegar em uma redoma de campo de força, onde provavelmente havia uma boa quantidade de feitiços, se surpreendeu ao passar por eles com facilidade. Bateu na porta feita com madeira de carvalho e foi atendida com um pequeno sorrisinho cheio de dúvidas, pelo homem com a barba por fazer e uma pena atrás da orelha.
-Oi, desculpa aparecer do nada. –Ela cumprimenta tímida.
-Que isso, estava esperando por você, entra. –Dá passagem para ela entrar. A casa era simples, aconchegante e obviamente improvisada. Uma dúzia de livros estavam abertos em cima da mesa, com pergaminhos empilhados em um canto, um tinteiro vazio, e outro pela metade. A lareira estava acesa e uma coruja marrom estava descansando em cima de uma poltrona.
-Ah! Estava? Bem...aquele papelzinho me custou alguns neurônios para decifrar. -Ele sorri, virando e olhando para ela.
-Não era mesmo para ser tão fácil.
-Como conseguiu formular aquilo em segundos? Demorei horas para entender se quer o que tinha de fazer para descodificar. -Ela questiona, o que começou a parecer ser a dinâmica dos dois. Ela com suas perguntas, ele com sua paciência invejável para responde-las.
-Improvisei, tinha que te dar um modo de me encontrar. -Anthony diz, observando ela lhe devolver um pouco irônica. -E como pode ver, não estou exatamente em um lugar que qualquer um consiga chegar.
-Então o senhor improvisou em hebraico? -Sorri, não lhe dando os créditos.
-Serviu, não é? Não sou fluente mas o meu não é o pior. -Emma ri embasbacada.
-Incrível...
Ela tira a capa, pendurando-a, e se acomoda no sofá, enquanto ele a fazia algumas perguntas no automático. Anthony estava instalado por aqui durante sua estadia de tempo indeterminado pela região, não saberia dizer exatamente o motivo de ter ido até ele, mas no momento era a única pessoa a quem podia pedir ajuda, sem colocar ninguém em risco. Ele pede licença indo até o andar de cima e buscando uma caixinha pequena e um pergaminho, deixando-os em cima da mesa.
-O que procura aqui? –Ele pergunta, sentando em uma poltrona na frente dela, servindo um pouco de chá verde aos dois, estava a noite e bem frio, como é de se esperar no mês de dezembro.
-Eu me lembrei de uma coisa que disse no funeral do diretor Dumbledore. –Ela pontua. –O senhor falou que uma das coisas que o faziam ser um grande bruxo, era estar sempre um passo à frente. Deu a entender que ele já sabia que ia morrer e que planejou isso. –Ele levanta o olhar para ela, esperando que continue. –Não sei por que ele faria isso, mas seu pai deixou de herança uma espada à Harry, e ela é importante, achei que estivesse em Hogwarts, mas não... enfim, pensei que talvez, ele pudesse tê-la deixado com o senhor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Until my heart stops beating - Harry James Potter
FanfictionEmma | Uma fanfic de Harry Potter Emma Shafiq Eu havia me apaixonado por ele, sabia que não devia, que era errado, mas foi assim desde o primeiro momento, entretanto existiam coisas maiores que nos impediam de estar juntos. Vivíamos ambos em um...