Until my heart stops beating - Harry James Potter

Capitulo quarenta- A verdade

-Emma. –Dylan passa a mão em frente ao rosto dela duas vezes. -Emma? –Estala os dedos a uns cinco centímetros do seu nariz e ela acorda do transe olhando para ele.

-Oi? –Pisca algumas vezes tentando lembrar do que estavam falando.

-Escutou o que eu falei? –Ele já sabia que a resposta seria não.

-Desculpa, viajei. Não dormi direito. –Ainda pensava no que ouviu na noite anterior, sobre a reunião dos seus pais nos Malfoy's, sobre ¨Ele¨.

-Percebi, o que deu? –Ele pega mais um saquinho de balas. –Brigou com a sua mãe de novo? –Estavam sentados na grama olhando o pôr do sol, fazia duas semanas que havia voltado para casa, era a segunda vez que Dylan dava um jeito de ir vê-la. Por algum motivo ele estava a tagarelar sem parar sobre Rebecca, e em algum momento meio a isso, ela deixou de ouvir sua voz.

-Não é isso, na verdade ela anda de muito bom humor, com essa história toda. –Suspira com uma risada sem graça. -Acho que ela nunca gostou tanto de mim, não como gosta agora.

-Sinto por isso. -Emma arranca alguns brotinhos maiores com a mão e acena negativamente. -O que está passando? –Ele vira o rosto na direção dela. -Estou sendo fútil em reclamar da Becca com você passando por tudo isso.

-Você nunca foi egoísta. -Coloca a mão sobre o pulso dele. -Eu devia ter prestado atenção

-Certo, não tente me driblar, lindinha. O que houve? -E a Shafiq precisava dividir aquilo com alguém, ou explodiria.

-Ah...eu não sei dizer...estou confabulando loucuras desde que cheguei e ontem... -Passa os dedos no lábio inferior, encarando a grama sem enxergar nada de fato. -Meus pressentimentos tomaram um forma muito...muito ruim.

-Ruim? -O coração dela acelera e a respiração perde o compasso.

-Peixinho...se você, por um acaso, suspeitasse de algo muito sério sobre seus pais...o que você faria? –Ela pergunta com relutância. –Iria atrás de descobrir, ou deixaria quieto... E se fosse o que suspeitava...

-Algo sério? Como o que? –Dylan estreita os olhos, achando a pergunta suspeita. –Tipo...nível sou adotado, ou nível meus pais são serial killer? –Emma se vira para ele com as sobrancelhas franzidas.

-Nível...achar que seus pais são aliados de você-sabe-quem. –Ela fala de vez, vendo ele arregalar os olhos. -Aliados ativos, não apenas...concordam.

-Meus pais são comensais? –Faz imediatamente, sério como ela nunca havia visto.

-Não, mas acho que os meus são. –Ele puxa quase todo o ar que cabe em seus pulmões, e solta de uma vez só muitos segundos depois. –Ouvi uma conversa estranha deles ontem, não tenho certeza, mas não há muitos contextos para aquele diálogo.

-Não sei o que dizer.

-Nem eu, o pior é que não posso dizer que não dá pra esperar isso deles. É, se eu parar para analisar, extremamente provável...

-Ah, Emma. –Ele lamenta. –Quer um abraço? –A Shafiq assente, e seus olhos ficam tão vermelhos quanto poderiam ficar.

-É, sim, acho que eu preciso muito. –Dylan abre os braços e a envolve em um abraço, fazendo carinho em seu ombro. A medida que as lágrimas dela manchavam o rosto maquiado e o agasalho perfeitamente alinhado do Barke.

-Eu estou aqui, sempre, tá legal? Se quiser ficar na minha casa, eu tenho certeza que eles deixariam pelo menos um final de semana, e meus pais te adoram. 

-Eu devia os denunciar para ordem? Ou só ir embora? -Se afasta passando os dedos pelo rosto.

-Acho que...isso é uma decisão sua, Ems. -Comprime os lábios antes de continuar. -Se não quiser denuncia-los eu entenderia completamente...são seus pais.