Capítulo 5

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Pov Rosé

Tomei um café da manhã rápido, onde apenas comi algumas frutas e tomei um café. Não gosto muito de comer tão cedo, esse horário ainda é madrugada, fala sério, são 08:00 da manhã.

Vovô queria que eu fosse pela manhã na empresa com ele, pela tarde eu quero fazer algumas compras, já que vou morar na Coreia, preciso de mais roupas.

Lisa já estava parada próximo ao carro, usava o seu típico trage social, fica bem gostosa nessas roupas. Ela fica bem em tudo na verdade.

Um rapaz também iria nos acompanhar.

— Bom dia senhor Park, senhorita Chaeyoung. – Lisa cumprimentou ambos com um movimento de cabeça.

Ela abriu a porta, eu entrei, logo meu avô me seguiu.

Lisa deu a volta no carro e entrou no lado de passageiro, o rapaz quem estava no motorista.

— Bom dia senhor e senhorita Park. – Disse ele.

O carro saiu pelos muros da mansão. vovô estava calado, mas vez ou outra sorria para mim.

Lisa e o cara também estavam calados.

— Lalisa pode me acompanhar ao shopping no período vespertino? – Quebrei o silêncio, não sei ficar quieta.

— Claro senhorita. – Foi tudo que ela respondeu.

Engraçado que ela não bate de frente comigo, nem tenta me irritar quando está na presença do meu avô.

Sorri lembrando um fato importante, Lisa vai ser minha segurança pessoal por muito tempo, ela tem duas escolhas, ou se demiti, ou me aguenta, por que cheguei para ficar.

Tadinha, ela vai morrer quando descobrir isso.

Ouvi um movimento na frente, tinha carros de polícia, aglomerado de pessoas.

Olhei para Lisa, ela já estava com uma arma em mãos.

— Não tem nenhuma forma de desvio Suga, vamos ter que passar por lá. – Ouvi a voz dela.

Olhei para vovô, ele continuava tranquilo. Enquanto eu estava com medo.

— Aprece que foi assassinato. – Respondeu o garoto.

Olhei para vovô novamente, ele continuava tranquilo.

Lisa conversava com o motorista.

— Vovô o senhor tá ciente do que está acontecendo?

— Sim querida, eles são treinados para resolver situações assim. Não se preocupe. Já vamos chegar na empresa.

Fiquei olhando pela janela ansiosa e nervosa.

— Roseanne não olhe pela janela, olhe para seu avô. – Ouvi a voz de Lisa.

— Por que?

O carro passou devagar, vi o corpo de um homem todo baleado no chão, soltei um grito e me agarrei a vovô, escondendo meu rosto no peito dele.

O carro parou bem do lado do homem morto, eu vou ter péssimas noites de sono lembrando disso.

— Bom dia. – Ouvi a voz grossa de um homem.

Olhei pelo rabo do olho era sim policial.

— Bom dia autoridade. Acompanhamos o senhor Park.

— Podem passar.

Lisa subiu novamente o vidro, e o rapaz continuou caminho.

— Eu acho que quero vomitar vovô.

A repugnância subiu pelo meu corpo.

— Yoongi por favor der uma parada, minha neta não se sente bem.

O carro parou, Lisa desceu, mas antes que ela chegasse ao meu lado, eu abri a porta, sai pra fora e vomitei.

Senti as mãos dela no meu cabelo, e uma mão fazendo carinho na altura das minhas costelas.

Me senti tonta, Lisa tirou um lenço do bolso do blazer e passou na minha boca.

Eu me apoiei no ombro dela.

— Se sente melhor?

Me agarrei a ela para não cair, Lisa me segurou pela cintura, mas com cuidado para não me apertar.

— Meu mundo está rodando.

— Ficou sensível pela cena que viu? Eu te falei para não olhar.

— Você não manda em mim Lisa.

— Raios, pare de ser teimosa!

Ouvi o riso do meu avô dentro do carro.

Lisa fechou a porta do carro e segurou minha mão.

— Suga leve o senhor Park para a empresa, eu vou de táxi com a senhorita Park quando ela se sentir melhor.

O garoto confirmou com a cabeça, subiu o vidro do carro e deu partida.

Lisa colocou um óculos escuro que pegou no blazer e saiu me puxando para um estabelecimento.

Sentamos em uma mesa, uma moça chegou para nos atender.

— Uma água com gás para ela, e um café para mim.

— Algo para comer? – A moça falou anotando tudo em um bloquinho.

— Quer comer alguma coisa Roseanne?

— Quero um café forte sem açúcar.

A menina saiu, fiquei sozinha com ela. Ainda me sinto enjoada com aquela cena.

— Está tudo bem? – Lisa deve ter percebido que ainda não estou 100%.

— Ainda estou enjoada e assombrada.

Ela estava sentada no sofá na minha frente, deu a volta sentou do meu lado, me puxou para encostar a cabeça em seu peito, segurou minha mão e ficou alisando.

A água com gás chegou, Lisa colocou uma quantidade em um copo me entregou.

Tomei um pouco, fiz uma careta pelo sabor, mas sei o quanto essas águas são milagrosas, pois já me salvou em muitas ressacas.

Gostaria de saber o quanto Lisa ganha para cuidar assim de mim. Nem minhas amigas seriam atenciosas dessa forma, também nem sei se tenho amigas, acho que aquelas garotas devem ser apenas colegas que gostam da minha condição financeira.

Nossos café chegaram, Lisa não me deixou tomar até que eu tomasse pelo menos metade da água com gás.

— Você trabalha com meu avô a quanto tempo?

— Uns 4 meses, fiquei um bom tempo em treinamento antes de começar a trabalhar.

— Não entendo esse treinamento do meu avô, todos vocês parece tão fracos, seguranças sempre são fortes, altos, musculosos, com cara de mal.

Ouvi a risada de Lisa.

— Seu avô treina nossa inteligência, habilidade, raciocínio rápido, habilidades no volante, mira, golpes letais. Acredite, não somos fracos apenas por sermos magrelos, ou baixos. Se eu segurar esse copo de vidro assim. – Ela pegou o copo. — E apertar, ele facilmente se quebraria.

Ela soltou o copo, antes que realmente fizesse isso.

— Se você pegar no meu pescoço assim, me mataria?

— Com apenas um movimento Chaeyoung. – Lisa levantou. — Se sente melhor? Temos que ir.

Balancei a cabeça em afirmação.

Quase babei com ela arrumando a calça e abotoando o blazer.

Lisa foi até o balcão pagar a conta, logo voltou, novamente segurou minha mão.

Adoro essa sensação de andar com uma mulher gostosa e bem vestida ao meu lado.

(.) (.)

A Neta do Senhor ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora