Capítulo 36

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Pov Lisa

Quando entrei no carro dele meu coração disparou, escondi minhas mãos no bolso do casaco para que ele não percebesse o quando minhas mãos tremiam.

O carro parou em um prédio luxuosos. Era realmente uma boate, o disfarce de toda essa merda.

Ele segurou minha mão gentilmente e me guiou para dentro, a boate estava cheia de homens e algumas mulheres trafegava com bebidas, usando roupas curtas, outras dançavam em um palco no centro, chuvas de dinheiro caia sobre as meninas.

A partir desse momento ele já passou a me tratar brutalmente, abriu uma porta e me empurrou para dentro, eu fui direto pro chão com o impacto.

— Cuide dessa vadia, ela já entra no leilão de amanhã. Não quero ela machucada.

Não me quer machucada, mas já começou me dando um puta empurrão.

— O que é isso? Você disse que eu ia dançar para ganhar dinheiro! – Tentei levantar, ele me deu um chute no estômago, eu tossi com o impacto.

Que merda, eu mataria esse homem e esses otários que estão aqui em um minuto.

Ele se ajoelhou na minha frente, segurou meu queixo.

Gravei cada centímetro de pele daquele homem. Não vejo a hora de poder te matar seu estúpido.

— Você é linda, por isso não vou estragar seu rosto. Vai chover dinheiro para você amanhã.

Ele saiu do local que me largou, um rapaz veio e segurou no meu braço bem em cima do comunicador. Segurei a vontade de gemer de dor.

— Vamos levanta garota!

Me levantei e sai sendo puxada por ele, mordi meu lábio com a dor infernal no meu braço, ele cada vez apertava mais. Só falta esse filho da puta sentir o comunicador, o plano ia todo por água abaixo em minutos.

Ele me jogou dentro de um quartinho minúsculo.

— Tire toda a roupa, tudo!

Engoli em seco, fiz o que ele mandou, enquanto ele se virou para pegar outra roupa na gaveta, peguei a foto de Chaeyoung no meu sutiã e enfiei na boca. Me enojei com os olhos dele encarando meu corpo nú.

— Vista!

Ele jogou uma calça cinza e uma camisa branca para mim.

Quando terminei de me vestir ele me guiou para uma outra área. Fechei meus olhos quando vi umas 50 meninas naquele espaço, usando as mesmas roupas que eu, todas sentadas no chão.

O rapaz simplesmente me jogou lá sem nenhum cuidado e fechou a porta.

Todas as meninas me encararam com a mesma cara de sofrimento.

— Que merda é essa...

Andei no meio delas, o chão gelado fazia meu corpo se arrepiar.

Algumas meninas estavam machucadas, o corpo coberto de hematomas. Cabeça baixa, olhar de pedido de ajuda.

O lugar estava frio, enfiei minhas mãos no bolso da calça. Os olhos de algumas continuava em mim.

Me sentei no chão em um lugar vazio, peguei a foto na minha boca e coloquei no bolso da calça. Permaneci alguns minutos em silêncio, apenas observando tudo a minha volta, até que uma mulher com traços asiáticos se aproximou e sentou ao meu lado.

— E aí... – Ela deu um sorriso simples.

— Pode me explicar o que está acontecendo aqui?

A Neta do Senhor ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora