Capítulo 28

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Pov Rosé

Por que eu fui me apaixonar por uma segurança cabeça dura?

Estou dividida entre o ódio e o amor. Mandei vovô despedir aquela secretaria, não conseguia vir a empresa e ficar olhando para a cara dela.

Meu avô se encontra do lado de Lisa e afirmou que eu sou a errada na história, disse que Lisa afirmou ser inocente e Irene ter sentado no colo dela. Por que ela simplesmente não empurrou essa mulher do colo? Meu avô que é um fanático pela Lisa e nem sabe disfarçar isso.

Depois de enviar algumas mensagens e fazer inúmeras ligações eu desisti de tentar contato. O melhor a se fazer é seguir minha vida, estou de saco cheio dessa merda toda, preciso focar no que realmente vim fazer aqui, que é aprender a ser uma excelente CEO. Melhor ver Lisa como um bom passatempo, rasgar e jogar no lixo.

Depois do jantar me sentei na varanda do jardim fiquei lendo um livro idiota de romance. Depois de folhear algumas páginas e enfim me empolgar com a história, percebi alguém se aproximar, era Jennie.

— Marquei um encontro para você. Tá afim?

Levantei uma sobrancelha para Jennie.

— Um encontro? Está maluca Jennie? – Fechei o livro, mas deixei um dedo marcando a página.

— Com Lalisa Manoban.

Levantei rapidamente, o livro acabou foi caindo no chão.

— Como assim? Ela aceitou me ver?

— Cinema, em 20 minutos.

— Jennie você está brincando comigo?

— De forma alguma. Vamos?

Olhei para minha roupa, felizmente era algo apresentável.

Algo me diz que Jennie está "forçando" esse encontro e na verdade a Lisa marcou com ela mesmo. Mas eu estou com tanta vontade de ver aquela imbecil, que foda-se.

Entrei no carro com Jennie, ela não deu nenhuma palavra, eu me mantive igualmente sem fazer nenhum som, apenas meu coração batendo descompensado. Sinto tanta falta da minha Lalisa, amo a companhia de Jennie, mas com a Lia era diferente.

Jennie me guiou até a sessão que Lisa estaria, comprei meu ingresso e entrei.

Logo vi ela sentada sozinha na última fileira. Estava toda desleixada na cadeira, coluna torta, pernas abertas, comendo pipoca e olhando fixamente para a frente.

Me sentei ao lado dela, não olhei para ela, fiquei olhando para o telão.

— Roseanne?

— Oi.

Ela se sentou corretamente na cadeira. Virei meu rosto para ela por breves segundos, meus olhos se encheram de lágrimas, que saudade dessa mulher.

— Ia te perguntar o que você faz aqui, mas a resposta é bem óbvia. – Ela fez um pausa. — Jennie.

Um cara que estava sentado na poltrona da fileira da frente se virou pedindo silêncio para gente.

Lisa me ofereceu pipoca, eu peguei um pouco.

— Sinto sua falta.

— Acho que precisamos conversar. – Ela respondeu.

Confirmei com a cabeça. Peguei mais um pouco de pipoca do baldinho descansado em seu colo.

Migrei minha atenção para o filme e que desgraça de filme fodido é esse? Duas mulheres do nada se pegando e mexendo com meu estado crítico de saudade das mãos dessa mulher ao meu lado, me tocando intimamente.

A Neta do Senhor ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora