A Vítima

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Se alguém perguntasse como era o paraíso, Jeongin diria que era um lugar pequeno, entre quatro paredes, coberto por uma onda de prazer e, para deixar tudo mais perfeito, precisaria necessariamente do calor do corpo de Hyunjin ao seu lado, lhe abraçando como se tivesse coragem de abandoná-lo.

Não sabia muito bem explicar como surgiu aquela chama em seu caminho, que simplesmente o guiou para os braços do maior. Se lembrava de estar pensativo sobre passar mais uma noite com Hyunjin. Desde que ele lhe convidou, sentiu que algo iria acontecer entre eles, estava escrito no olhar dele quando disse que precisava de si.

A discussão que se fez presente em sua mente foi em torno da forma como Hyunjin o queria.

Jeongin olhava para si próprio e se questionava sobre como o maior poderia o desejar daquela forma, mesmo depois de descobrir o que havia se passado consigo. Ele não estava o afastando como deveria. Pelo contrário, o queria entrando ainda mais em sua vida, como se tivessem chances reais de seguirem mais adiante com aquela paixão.

Enquanto revirava suas coisas em busca de uma roupa nada exagerada, como se fosse mais um daqueles simples humanos, Jeongin se lembrou que havia levado consigo na fuga um objeto muito precioso para si. Se perguntava como conseguiu deixá-lo em perfeito estado depois de tanto tempo. Imaginou que Hyunjin gostaria de ouvir sobre seu significado. Era uma lembrança que não teria fim e queria compartilhar com ele.

O motivo era muito claro. Assim como sua mãe uma vez lhe fez se sentir especial, Hyunjin também o fez. Por isso, decidiu que deveria dar a caixinha de música para ele.

Era um ser cruel, sem pais, sem irmãos, sem amigos e, no momento, sem um lar de verdade para morar. No entanto, quando estava com o maior, conseguia enxergar um novo mundo apenas ao lado dele. Gostava de como ele se aproximava de si, o deixando ainda mais viciado em seu cheiro, em seu carinho e em seus beijos. Estava se rendendo inteiramente aos sentimentos mais profundos do seu humano.

Quando chegou em sua casa, parecia que estava na entrada para o paraíso. Jeongin se perguntava como um ser tão maravilhoso como Hyunjin poderia o receber com todo aquele calor que aguardava por si. Era quase impossível acreditar que era merecedor de uma pessoa como ele.

Depois de alguns minutos, estava sentindo toda a experiência que aquela visita ao paraíso lhe proporcionou. A maneira como Hyunjin lhe tocou intensamente, deixando suas mãos curar qualquer ferimento que tinha em sua pele e o colocar sobre seu corpo que fervia a um sentimento incontrolável de tomá-lo a noite interna. Jeongin nunca imaginou que alguém pudesse gostar de sentir prazer apenas com seus toques.

Tinha uma visão tão bela de Hyunjin com os lábios vermelhos e inchados, sorrindo para si e lhe dizendo o quanto estava sendo incrível. Quando fechava os olhos, podia ouvir perfeitamente como seus gemidos lhe agradavam. Voltava a beijá-lo para curar a dor que inevitavelmente era sentida, para logo ouvir sua voz fraca dizendo que estava tudo bem. Seu humano era maravilhoso de todas as formas, dizia isso a ele quando sua boca não estava ocupada em conhecer seu corpo melhor. Queria ter todas as lembranças daquela noite.

Assim que se deitou ao seu lado, não demorou a ter o corpo dele lhe aquecendo mais uma vez. Jeongin se viu preso pelas mãos de Hyunjin, enquanto ele deixava vários selares por sua pele pálida e maltratada. Ele parecia fazer um curativo em suas marcas.

Ao ver ele subindo os beijos até parar em seu pescoço, sentiu algo que o fez sorrir. Não sabia da onde ou como surgiu a vontade de Hyunjin em dar leves mordidas por aquele local, mas estava adorando.

- Hyun, você está fazendo o meu papel – sorria abertamente, enquanto acariciava o cabelo do maior.

- As minhas mordidas não vão te transformar em nada, mas podem te deixar mais apaixonado por mim – disse ele, começando a passar a ponta da língua por sua pele. – Em qual lado você foi mordido?

Almost Scary Eyes - HyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora