Capítulo 14

4.8K 314 65
                                    


Sheilla Castro On

Acho que nunca dirigi de forma tão lenta em toda a minha vida. Quase não passa dos 50 km/h, respirava fundo e contava até 10. Tentava me lembrar de vários motivos que me fariam uma boa nora.

1° - Sou bicampeã olímpica
2° - Quase não estou envolvida em confusões
3° - Estou na lista das melhores jogadoras

Não conseguia pensar em mais nada além disso, porém, a lista dos motivos que me faziam uma péssima nora era gigante. Principalmente, pelo fato de ser divorciada.

Cheguei em frente a casa de Gabriela. Peguei o buquê de rosas que tinha comprado, queria causar uma boa primeira impressão na minha sogra.

- Oi, Sheilla Castro. - Gabriela abre a porta - Demorou!

- Desculpa! Foi o trânsito. - Menti

Gabriela pareceu acreditar, ela sorriu olhando o buquê na minha mão.

- São para mim?

- Infelizmente, não. - Digo vendo seu sorriso sair do rosto - São para minha sogra.

- Que gentileza! - Escutei a voz da mãe de Gabriela

Minha sogra era uma mulher um tanto baixa, com um sorriso tanto convidativo quanto o de Gabriela, cabelos curtos e castanhos.

Entreguei o buquê a ela, que cheirou o mesmo sorrindo logo em seguida.

- O jantar está quase pronto. - Ela informa - Vai ser ótimo conhecer a famosa Sheilla Castro melhor.

Sorri tímida, quase me encolhendo entre meus ombros.

- Mãe, Sheilla é tímida. - Gabriela coloca a mão na minha cintura

A mulher mais velha voltou para a cozinha, Gabriela não perdeu tempo e colocou nossos lábios.

- Gabi, sua mãe! - Me afastei dela

Gabriela não ae importou com a minha observação e voltou a segurar em minha cintura.

- Você deu rosas para a minha mãe então deu para mim. - Gabriela beija o meu pescoço - Não tem direito de nada!

- Para com isso, depois te dou o você quiser. - Falo me afastando dela

- O que eu quiser? - Ela sorrir maliciosa

- Sim. - Digo tentando acabar com o assunto

Gabriela aperta a minha cintura e se afasta de mim, segura a minha mão me puxando para a sala. Não sabia muito bem como agir, há anos não passa por essa situação de conhecer a sogra.

- Vamos jantar. - Minha sogra nos chama

Me sentei de frente para Gabriela e sua mãe na ponta da mesa. Ela foi nos servindo e eu me mantinha calada.

- Gabriela está certa, acho que você fala mais dentro uma quadra de vôlei. - Minha sogra me entrega o prato

Fiquei vermelha de vergonha, Gabriela apenas riu.

- Sheilla é tímida, mãe.

- Não precisa ficar assim, já sei tudo sobre você. - A mulher mais velha sorri de forma tênue - Gabriela vive falando de você, ela tirou os pósteres do quarto com o maior cuidado para não rasgar.

- Mãe! - Gabriela a censura ficando com as bochechas coroadas

- Ela tinha muitos pósteres? - Pergunto

- Muitos. - Minha sogra responde, sorri para Gabi - Não perdia um jogo seu!

- Mãe, já deu!

Heaven is you, fire on fireOnde histórias criam vida. Descubra agora