the deal - jiara!

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Era noite de sexta-feira quando JJ Maybank se ofereceu para fechar o zíper do meu vestido cor de creme feito de seda. Quando perguntei se estava bom, ele me chamou de noiva cadáver, mas nada na forma como me olhou revelava isso e, principalmente, na forma como beijou o meu ombro, cuidadoso e terno. Senti borboletas no estômago - algo que sentia invariáveis vezes quando estávamos juntos - e precisei engolir em seco quando se afastou. O cabelo molhado e bagunçado davam um aspecto de desleixo e, mesmo assim, JJ parecia lindo.

Sentado na cama, ele tentava encaixar as abotoaduras, já claramente irritado. Me inclinei no meio de toda aquela bagunça de vestidos, calças, maquiagens e sapatos para alcançar a escova e pousei a mão em seu queixo com delicadeza.

- Eu coloco as abotoaduras no caminho - disse para acalmá-lo.

Não sabia se ele estava nervoso por sairmos com o seu pai ou com os Patridge - em outras palavras os donos do maior estaleiro da Carolina do Norte -, mas ele cedeu. JJ deixou as mãos caírem sobre as coxas grossas. Comecei a pentear os fios loiros para trás. Os olhos azuis se fecharam, como um cachorrinho quando recebe cafuné. Até pensei em fazer uma piada, mas tive medo que ele ficasse mais nervoso ainda.

Senti sua mão subindo pela parte de trás das minhas coxas. Meu coração disparou. JJ fez força. JJ me puxou para perto. Tive que me equilibrar sobre os saltos para não derreter no chão aos nossos pés. Os calos em seus dedos fizeram meu corpo esquentar. Oh, Deus. Parei entre os seus joelhos. Daquele jeito era mais fácil de alcançá-lo. Continuei penteando e penteando, mesmo quando não era preciso, só porque gostava do perfume que estava usando.

Quando decidi que era hora de me afastar, JJ abriu os olhos e riu

- Estava quase dormindo - disse ele.

- Eu sei - resmunguei.

Me olhei no espelho por um segundo. Merda, minhas olheiras estavam gritantes e minha boca, pálida. Meus cílios pareciam ter sumido. Estava igualzinha a noiva cadáver.

Olhei para o relógio. Tínhamos 30 minutos para chegar até o lado rico da ilha, não daria tempo

- Merda, eu deveria ter feito uma maquiagem - murmurei, emburrada

- Não deveria. Você está perfeita - JJ ficou de pé, segurando o paletó por cima do ombro.

Meu Deus. Ele ficava lindo de terno. Muito, muito lindo.

- Você só está falando isso porque estamos atrasados - resmunguei, pegando meu celular na cama.

- Olha para mim, princesa - chamou, pousando a mão em meu rosto, forçando-me a relaxar um pouco.

Olhei para ele. JJ sorriu de canto, os olhos cintilando - talvez de gratidão, eu não fazia ideia.

- Não estou dizendo isso porque estamos atrasados. Você é linda para cacete. Não acho que precise de maquiagem.

Ele me deixou sem graça. Completamente sem graça. Sorri toda envergonhada e empurrei o seu ombro só porque não sabia como reagir e caminhei para fora da casa. JJ segurou a barra do meu vestido para que não arrastasse no jardim, do lado de fora e ofereceu o braço para que eu não tropeçasse nos meus saltos ao fazer o caminho de cimento e pedrinhas de seixo.

Toda a ilha conhecia o lado cafajeste de JJ Maybank: aquele capaz de levar qualquer mulher para a cama com um sorriso de molhar a calcinha. Eu conhecia o cavalheiro - e agradecia aos céus que, agora, também conhecia o cafajeste, porque tinha muitas ideias sobre como terminar a noite.

☁️

Eu estava acostumada com casas de luxo, carros caros e roupas que valiam mais do que um salário mínimo e, mesmo assim, meu queixo quase desmoronou no chão quando vi as duas estátuas enormes nas entradas daquela mansão. Na parte de dentro, havia uma escada exageradamente grande e uma fonte de água. Dentro. De. Casa. Isso sem contar com o piano de cauda logo na entrada. Estava prestes a perguntar se estávamos na casa certa quando um homem alto, vestido em um terno que parecia custar mais do que a minha casa, cumprimentou Luke. Em seguida, uma mulher alta, de cabelos longos também o cumprimentou. Depois JJ e, por último, a mim.