the deal - jiara!

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- Sabe que essa é a maior prova de confiança que eu vou te dar, não sabe? – perguntou. – Além da minha virgindade, é claro.

Precisei segurar a risada.

Kiara estava ao meu lado, fantasiada dançarina de quadrilha de escola pública, fazendeira ou toalha de mesa - era uma linha muito tênue em três extremos, mas gostava de acreditar que era fazendeira levando em consideração a minha "fantasia". Seus olhos estavam vendados por uma faixa preta, porque tinha medo que ela decidisse fugir se soubesse que a festa seria na minha casa.

- Me sinto honrado - respondi.

- Deveria mesmo. Você entendeu que eu confio em você ao ponto de me deixar parecida com uma personagem de filme erótico?

- Tipo 365 dias? – provoquei. - Ou cinquenta tons de cinza?

- Cinquenta tons - respondeu.

– Você anda assistindo esses filmes, JJ?

- Não. É só ver o pôster que já deduzo sobre o que se trata.

- É, eu aposto que sim... - ela riu, desconfiada.

- Eu só estava me referindo ao fato de você estar vendada, sua pervertida – rebati, ligando o pisca.

- Eu também.

Não sei se foi o modo cínico como disse ou o fato de estarmos chegando em casa, mas fiquei tenso. Não do tipo nervoso, apenas tenso. O som da música, algazarra e da gritaria preenchiam quase um quarteirão inteiro. Quando estacionei, desci antes de Kiara e tirei sua venda.

- J? – sussurrou, olhando para a decoração impecável na entrada feita por Cleo. – Oh. Você fez uma festa surpresa.

- Não exatamente - pigarreei. - Para todo mundo é só uma festa de Halloween comum, mas para nós é a comemoração do seu aniversário.

Seu rosto ficou vermelho.

- Odeio ser o centro das atenções – choramingou, pulando da picape.

Agarrei seus quadris para que não caísse de joelhos na calçada.

Ela já era o centro de atenções. Ou, pelo menos, o meu centro das atenções.

- Vamos nos divertir, princesa.

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