- Eu também – sussurrou contra a minha boca. – Eu também estou com saudades de você.
Essa simples frase fez meu coração transbordar. Eu não queria parar. Todo meu corpo implorava por mais um pouquinho dele e tudo nas suas ações dizia que o seu também. Enrosquei a mão em seus cabelos, puxando-o para mais perto com urgência e suas mãos percorreram meu corpo até chegarem à minha cintura. Então, JJ abriu a boca e deslizou a língua para dentro da minha. Eu a recebi, deixei que explorasse tudo de mim, todas as palavras- não dissemos e todos os dias de saudade que que passamos em sofrimento. Não importava o que tinha acontecido, eu o tinha ali e ele me tinha. De corpo e alma.
Minha mente desligava um pouco toda vez que sua língua deslizava na minha e ficou tão frenético que perdi a linha perto dele. Minhas mãos se perderam nos seus cabelos, minha hesitação em seu toque e minha angústia em seu gemido. O seu braço direito desceu pelas minhas costas até minha coxa, onde terminava o vestido. Ele subiu a mão pela minha pele nua, passando delicadamente pela calcinha e, depois, subiu até as minhas costas, dessa vez sem o tecido para atrapalhar. JJ me puxou para si mesmo com urgência e, de alguma forma, minha perna acabou rodeada na sua cintura.
- Meu Deus – arfou ele. – Eu senti sua falta. Tanto. Tanto. Tanto -a cada ponto da frase, seus lábios desciam mais pelo meu pescoço e ombros.
- J - sussurrei, entorpecida.
Não sei como acabamos naquela posição, mas quando me dei conta, eu estava deitada em sua cama e ele entre as minhas pernas. Sua testa tocou a minha enquanto recuperava o fôlego. A alça do meu vestido estava prestes a se soltar. Mantive olhos fechados, aspirando o seu cheiro doce enquanto esperava sua mão habilidosa me despir. Com o dorso da mão, ele percorreu meu quadril e parou entre meus seios. Uma respiração ficou presa em meus pulmões. O calor invadiu meu peito e a parte de dentro das minhas pernas.
- Nós não podemos... – disse, ofegante. – Seu pulso está torcido.
Enrosquei sua nuca com os dedos e o calei com outro beijo. Mesmo tenso, JJ cedeu aos poucos. Suas costas continuavam enrijecidas, mas por dois motivos muito diferentes.
- Não quero machucar você - repetiu. – Por favor, só...
- Eu prometo que vou tomar cuidado – sussurrei.
Então, tornou a me beijar, com ainda mais voracidade. JJ me consumiu. Prendi as pernas ao redor da sua cintura. Ele desfez o laço do meu vestido. Eu empurrei seu short para baixo. Enquanto uma pilha de roupas bagunçadas se formava no tapete, uma pilha de sentimentos bagunçados se formava na cama. Toda a angústia e tensão se desfez quando JJ deslizou dentro de mim. Seus lábios grudados nos meus e os gemidos ecoando por toda parte. Meu peito estava cheio e a sensação queimava no meu corpo. Queimava.
Por favor, não se afaste mais.
Eu quis sussurrar, mas aquele momento dispensava palavras ditas ou escritas porque nada seria capaz de descrever com fidelidade a plenitude da angústia se dissolvendo para dar lugar ao sossego de ter seus lábios nos meus.
Passei a gemer baixinho toda vez que JJ se enterrava mais fundo dentro de mim. A perfeição de como nos encaixávamos me fez apertá-lo com mais força.
- JJ - sussurrei com a voz trêmula de prazer.
- De novo – pediu, arfando ao aumentar gradativamente o ritmo das estocadas.
Engoli em seco.
- JJ - repeti, perto do seu ouvido.
- De novo – insistiu.
Senti seus músculos estremecerem e o corpo arrepiar. Ele foi mais fundo, me fazendo arranhá-lo, mas não reclamou. Continuei dizendo seu nome por quase cinco minutos inteiros antes de sentir seu corpo enfraquecer sobre o meu. Só então eu o empurrei contra a cama e subi em seu colo, decidida a levá-lo ao limite. Comecei movendo o quadril para a frente, como um teste, a sensação era boa e... Meu Deus. Fiz de novo. De novo. Me esfreguei contra o seu corpo forte e duro. Era tão bom. Suas mãos subiram e agarraram os meus cachos em um rabo de cavalo.
- Você me deixa maluco – resmungou, tomando o meu seio na boca.
Sua língua me fez ficar ainda mais excitada – como se fosse possível. Deixei que fizesse qualquer coisa comigo e.. Oh, JJ fez. Fez muito, muito bem.
Chegamos ao ápice juntos, eu e ele, sua boca encostada na minha e seu corpo suado deslizando sobre o meu. A respiração ofegante continuava ressoando pelo quarto.
Saí do seu colo e deitei ao seu lado na cama. Permanecemos em silêncio, recuperando nossas forças por longos minutos. Em algum momento daquela bagunça, JJ tomou a minha mão e ficou brincando com os meus dedos.
- Ei? – chamou, entre as respirações.
- Oi.
- Olhe para mim.
Eu obedeci, mas queria não ter obedecido. Seus olhos eram lindos, intensos e profundos. Eu gostava da forma como me olhava. Não, não, eu amava.
- Você está bem? – perguntou.
Acenei que sim com a cabeça. Meu pulso estava bem. Só o meu coração que não.
- Como... Como foi o encontro com a Bettany? - sussurrei.
Ele riu baixinho. Fiquei irritada porque, cacete, o que podia ser tão engraçado? Eu estava quebrada por dentro, mas... Ele não sabia.
- Foi bom.
Bom.
Bom do tipo somos ótimos amigos ou bom do tipo beijei ela e ficamos sem roupa a noite inteira? Engoli aquela pergunta porque não estava em posição de fazê-la mas, principalmente, porque tive medo da resposta. Seu polegar tocou a minha bochecha carinhosamente e eu achei que fosse dizer alguma coisa, mas ele só respirou fundo.
- Você me odeia? – perguntei de uma vez só.
Sua mão voltou a brincar com a minha. JJ não respondeu imediatamente. Ele hesitou. Cinco segundos foi o suficiente para fazer uma avalanche de angústia me consumir por dentro.
- Às vezes – respondeu.
Uau.
Ele tinha mesmo me dado um soco no estômago ou eram só as suas palavras?
- Você me odeia agora?
- Ódio é a última coisa que eu sinto por você agora.
Não tive tempo de reagir. Ele me beijou. Minha boca estava amarga, mas talvez JJ não tivesse notado porque ele continuou. Depois, me abraçou por trás e se aconchegou, tocando meu ombro nu com os lábios várias e várias vezes até dormir. Eu não. Continuei remoendo aqueles últimos minutos. Ainda que seus braços estivessem ao meu redor, JJ me odiava. Havia humor na sua voz, mas ainda havia sinceridade.
Chorei silenciosamente pelo resto da noite até dormir.
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the deal - jiara!
FanfictionAutora: Becky. Twitter: @rafefode. . kiara está decidida a perder o 'cartão v' até o baile de formatura. é por isso que decide ignorar completamente a regra "pogues não se pegam" e sugerir um acordo ao seu melhor amigo - e maior cafajeste de outer b...