A Guardiã do Rei

capítulo 16: BASTA!

Mareena Carter~

Sem me importar com minha tia chamando pelo meu nome,continuo a andar até chegar no meu cavalo. Vejo algumas pessoas de outros reinos me olhando e ignoro completamente.

Subo no Brisa e começo a cavalgar em direção ao lugar mais especial para mim em toda minha vida. Aquelas palavras não deveriam me atingir,mas me atingiram de um jeito sem igual.

Depois de algum tempo cavalgando,cheguei ao castelo na frente de todos,eu não me importava se iria tomar uma bronca. Eu não me importo com nada no momento.

Alimento um pouco o Brisa e o deixo descançar um tempo e em seguida subo nele novamente e cavalguei em direção à floresta.

O amarro em uma árvore e olho em direção ao morro que subirei para visitá-la. Depois de alguns minutos subindo aquele morro, finalmente chego na cruz de madeira e suspiro um pouco cansada. Me aproximo mais e encaro a cruz e me sento no chão abraçando meus joelhos.

-Eu sou fraca,não sou?-Pergunto mesmo sabendo que não haveria alguma resposta.-Eu não deveria me sentir assim tão... impotente.-

A luz da lua batia no meu rosto e uma estrela estava ao lado dela.

-Você realmente me achava forte ou só dizia aquilo para não me ferir?-Suspiro e coloco meu queixo no meu joelho.-Eu não posso deixar que ele me ache assim,quero mostra e provar para ele que posso ser formal e...eu só queria fazer ele se sentir confortável e que não me achasse que sou como seus soldados que são tão sérios e estranhos. Eu queria tornar nossa convivência algo normal e sem incomodá-lo. Talvez ele realmente me dispense quando se tornar rei.-Olho para lua.

-Eu queria ser como você mãe,ser tão forte ao ponto de não se importar com o que os outros digam sobre mim,mas não consigo.-

Henrique V~

-Aonde ela deve estar?e se estiver em perigo?-Polly andava de um lado para o outro parecendo nervosa enquanto meu pai estava sentado em sua cadeira com a mão na testa e eu estava encostado ao lado da janela olhando para a grande lua.

-Ela sobreviverá se for forte.-Digo calmo.

-Como pode ficar calmo em uma situação dessas, Henrique?!-Meu pai pergunta e viro minha cabeça para encará-lo.-Você provocou tudo isso. Se ela morrer como explicarei para o pai dela?-Me viro para janela novamente.

-Como eu disse:Ela sobreviverá se for forte.-Ouço meu pai bater a mão na mesa.

-BASTA!-Olho para ele.-Você é tão...tão.-Ele se recusa a dizer.

-Diz pai,diz oque tanto quer dizer desde o dia em que nasci e não agradei você.-O provoco.

-Você é tão frio e insensível consigo mesmo que acaba matando pessoas que estão na sua volta. Não demorará para me matar de desgosto.- Me afasto da janela.

-Você matou a minha mãe de desgosto,só estou fazendo o mesmo com você.-Polly para de andar e encaro meu pai no fundo dos olhos sem arrependimentos em dizer isso.

-NÃO FALE BESTEIRA HENRIQUE!-ele grita.

-ESTOU DIZENDO O QUE NINGUÉM TEM CORAGEM DE DIZER MAS EU TENHO. EU NÃO SOU MAIS O GAROTO DE SETE ANOS QUE TINHA MEDO DE VOCÊ.-Ele parecia furioso com o que eu gritava.

-MINHA SOBRINHA DESAPARECEU E VOCÊS ESTÃO DISCUTINDO SOBRE O PASSADO?-Polly grita.

-Por que vocês estão gritando?-Ouço sua voz doce e suave surgir. Quando me viro,vejo a mesma parada na porta,seu rosto estava um pouco pálido,sua trança estava desmanchada,seus olhos inchados e seus lábios secos.

-Graças a Deus!-Polly vai até a garota e a abraça com força,a garota não retribuí e me encara por cima do ombro da tia,em seguida desvia o olhar para a parede.-Aonde você estava? está ferida?-Polly olha por todo corpo da garota.

-Eu estou bem,Só preciso descansar tia.-Diz com a voz baixa.

-Vá tomar um banho, amanhã você precisa acordar cedo para treinar comigo e com Catherine e conversaremos no café da manhã.-Mareena assente e caminha até eu e meu pai e faz uma reverência rápida.

-Perdoem-me por ficar ausente.-Ela olha para meu pai.

-Tudo bem Mareena está perdoada.-Meu pai diz.

-Obrigada.-Ela se retira da sala e suspiro.

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