A Guardiã do Rei

Capítulo 62: Trágico fim

Antes de começarem a ler, quero que saibam que nada do que escrevi nesse capítulo foi inspirado na guerra que aconteceu no filme!

Boa leitura!💋
______________________

Lendas nunca morrem, quando o mundo está te chamando
Você consegue ouvi-los gritar seu nome?
Lendas nunca morrem, eles se tornam uma parte de você
Toda vez que você sangra para alcançar a grandeza
Lendas nunca morrem.

Legends Never Die - (feat. Against The Current)

Mareena Carter~

A ansiedade dominava cada célula do meu corpo, minha respiração se tornou pesada quando tomei a linha de frente junto com outros. Henrique ficou atrás sendo protegido por todos os outros.

As bandeiras foram erguidas enquanto os franceses gritavam feito loucos,fora de si mesmos.

Encaro Henrique que estava sério e o mesmo me encara, meu olhar entregava todo o amor que eu sentia pelo mesmo, todos os meus sentimentos por ele falaram através do meu olhar.

Me viro novamente e ajeito minha postura segurando minha espada apenas esperando o sinal para atacar.

Eu não podia estar com medo, eu preciso ter coragem e acreditar que sobreviveremos e retornaremos para o castelo à salvo.

Meu coração se acelera quando vejo os franceses avançando com tudo erguendo suas espadas, prontos para aquilo, prontos para o trágico fim.

Meus pés se firmam na terra enquanto corro na direção de um que já me olhava com os olhos arregalados como se quisesse arrancar cada órgão de dentro de mim.

Quando batemos de frente com os franceses, nem mesmo penso duas vezes antes de acertar um forte golpe contra a armadura do francês fazendo seu corpo colidir contra o chão. Subo emcima dele e pego rapidamente minha faca na minha bota e acerto seu pescoço observando o sangue sair fresco na minha faca.

Me levanto e olho envolta quando outro avança sobre mim, aproveito sua velocidade e coloco meu pé um pouco atrás o derrubando e acertando minha espada em seu pescoço antes que ele pudesse pensar em me atingir.

Olho em volta procurando Henrique aproveitando os segundos sem nenhum francês na minha direção e o vejo lutando corpo à corpo.

Corro em sua direção e pego pelo pescoço do francês o enforcando, e Henrique atinge sua espada no pescoço do mesmo fazendo um pouco de sangue respingar em seu rosto pálido.

Seus olhos verdes me encaram com uma frieza irreconhecível.

- Atrás de você! - Ele avisa e me viro vendo um soldado na minha direção quase acertando meu rosto e desvio passando minha espada em seu pescoço, arrancando sua cabeça de seu corpo.

Olho em volta e vejo todos lutando, era como se tudo estivesse em câmera lenta; nossos homens gritando e lutando pela sua sobrevivência, assim como os franceses que lutavam por seu território com ódio e coragem. Braços sendo arrancados, cabeças, pernas... Gritos de dor e de raiva se misturando me deixando agonizada.

Quando olho para o lado, Henrique já não estava mais ali, e sim mais a frente ajudando um dos nossos.

- Mareena Carter... A protegida do rei Henrique. - Olho na direção da voz com um forte sotaque Francês e Joana me olhava com os olhos semi-cerrados como se quisesse desmembrar cada parte do meu corpo. Continuo a encarando com a respiração ofegante e observo seu rosto quase completamente coberto por sangue fresco.

- Quer algo justo? - Questiono me virando totalmente em sua direção.

O tempo se fechou.

Sua espada é jogada no chão e sua postura se torna ereta. Jogo a minha espada no chão e a encaro sem medo algum.

- Isso vai ser divertido. - Diz sorrindo e avança sobre mim me jogando no chão e subindo em cima de mim.

A mesma arranca o elmo que protegia meu rosto e desfere um soco.

Ela é forte!

Obviamente não deixaria isso barato e giro nosso corpos arrancando o seu e desferindo dois socos em seu rosto. A mesma luta para inventer nossas posições mas me empurra me tirando de cima dela e se levantando.

Agora sou eu quem avanço sobre ela e chuto sua perna a fazendo gemer de dor, porém Joana não deixa barato e puxa a minha perna quase me derrubando para que se levante e segure na minha armadura e aproxime nossos rostos.

- Tá pegando pesado demais, tô tentando não te machucar. - A encaro confusa.

- Vai se ferrar! - Dou uma cabeçada nela e a mesma se afasta um pouco atordoada e parece com raiva enquanto cospe sangue.

Ela se aproxima e puxa a minha armadura com força a arrancando e não entendo de primeira o que ela está fazendo.

- Isso é para o seu bem, sua desgraçada! - Ela acerta um chute na minha costela me fazendo gemer e cair de joelhos perdendo a força.

Joana sai do meu campo de visão e tento me recuperar sentindo uma dor forte me fazendo resmungar.

Me levanto com muita dificuldade, eu não posso simplesmente ficar parada aqui enquanto uma guerra acontece em minha volta!

Olho em volta procurando Joana e nada, fugiu como uma fraca! Isso não vai ficar assim. Não mesmo!

- Mareena! - Ouço alguém gritar meu nome e procuro, porém não encontro. - Mareena! - Continuo olhando em volta e só vejo soldados lutando pela sua sobrevivência.

Olho para frente e vejo Henrique jogando um francês no chão que estava sem vida. Seu olhar cai sobre mim e o mesmo me olha como se quisesse que aquilo tudo acabasse para podemos nos acertar.

Porém, seu olhar se transforma em completo choque e sinto algo atravessando minha barriga. Não conseguia me mexer, nem falar, nem piscar.

Tudo parou.

Tudo ficou em câmera lenta dirrepente. Olho para baixo e visualizo a ponta de uma adaga bem ali enquanto sangue manchava a minha roupa.

Foi por isso que ela me desarmou.

Ela queria me atacar da pior forma possível.

Henrique corre na minha direção parecendo desesperado, com medo, com raiva, muita raiva.

Sua espada se levantar e ele atinge alguém que estava atrás de mim. Minha força desapareceu, enquanto eu tocava a ponta da adaga, sentia meu coração cada vez mais acelerado.

Abro a boca em choque e franzi o cenho ainda raciocinando, as vozes, os gritos, derrepente ficaram tão distantes de mim.

Minhas pernas vacilam e meu corpo quase colide com o chão mais sou segurada pelo Henrique que gritava desesperadamente.

Eu não quero morrer!

______________________

Gente... Eu não tô bem...