Henrique V
Olho para Mareena que acarenciava o pelo branco do cavalo que estava sendo tratado por um dos guardas.
Eu a observava de longe, enquanto ela estava de costas para mim totalmente distraída.
- Vocês formam um lindo casal, sabe? - Ouço uma voz fina ao meu lado e me virei vendo uma das irmãs gêmeas de Mareena.
Acredito que essa seja Catarina, pela forma como fala.
- Eu sei. - Respondi voltando a focar em minha mulher.
- Ela parece ser uma mulher bem difícil de lidar. - Coloquei as mãos para trás.
Fico quieto.
- Parece ser daquele tipo que...enjoa rápido... - Eu sorri de lado com sua falha tentativa de me provocar.
- Ela só se enjoa ou se estressa com coisas ou pessoas que são rasas demais. - Respondi ríspido. - Pessoas como você, Catarina. - Falei calmo sentindo o vento bater contra meu rosto.
- Como eu? - Ela riu.
- Fiquei impressionado que em tanto tempo que estamos aqui, ela ainda não desfigurou seu rosto. - A encarei e vi a mesma me olhando com raiva.
- Como você fez com Pierre? - Eu sorri novamente.
- Exatamente! Eu e ela não suportamos pessoas invasivas, entende? Acho que é por isso que nos damos tão bem. - Respirei fundo. - Cuidamos um do outro.
- Não estão se dando bem nos últimos dias, certo? Um herdeiro está à caminho e pelo visto, você não se agradou com isso. -
- Eu poderia fazer com você coisas piores do que fiz com Pierre. - Falei frio. - Eu poderia visitar seu quarto a noite, afundar o travesseiro em seu rosto até você sufocar, provavelmente você tentaria de tudo para sair daquela situação; me arranhando, tentando me golpear com algum chute ou algo assim, mas seu corpo já estaria sem oxigênio e você morreria em mais ou menos , dois minutos. - Ela me olhava horrorizada enquanto eu falava aquilo para ela de uma forma tão natural.
- Você não teria coragem... - Eu ri com sua fala.
- Eu teria, eu com certeza teria. - Dei dois passos em sua direção ficando próximo dela. - Se ousar tentar algo contra minha esposa, eu te mato com as minhas próprias mãos. E eu não hesitarei em momento algum! - Ela continuou me encarando enquanto sua respiração ficava ofegante. E então, ela saiu, praticamente correu dali.
A observei entrar dentro do castelo novamente, e voltei meu olhar para Mareena que já me encarava com seu cenho franzido.
- Ótimo... - Murmurei e desço alguns degraus caminhando até ela.
Assim que a alcancei, não falamos nada um pro outro.
- Conversavam sobre o que? - Mareena perguntou ainda olhando para o cavalo e eu segurei o riso sabendo que ela tentava esconder seu ciúmes.
- Ah, coisas normais. - Respondi e seus olhos se voltaram para mim, como se me obrigassem a falar. - A ameacei de morte. - Ela não demonstrou nenhuma reação.
- Que bom, então. - Eu continuei a encarando. - ia ficar me olhando de lá ou tomaria coragem para vim até aqui? - Eu esperei um pouco para respondê-la.
- Estou respeitando seu espaço. - Respondo.
Há duas semanas...
- É claro que está. - Resmungou.
- Pensei em caçarmos hoje. - Olhei para o céu azul.
- Eu estava pensando o mesmo. - Levantei minhas sombrancelhas. - Preciso me sentir viva de novo... - Murmurou.
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A Guardiã do Rei
RomanceMareena foi criada e treinada para ser a guardiã do futuro Rei Herinque V. Uma mulher forte e destemida que está lidando com a perda de sua mãe e sobrevivendo com sua coragem e bravura. Sua espada sempre afiada assim como sua língua e está disposta...