capítulo 30: Eu acredito em você.

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Mareena Carter~

Depois de uma despedida extremamente triste,voltamos para o castelo em total silêncio.

-Majestade!-Joseph chegou até nós assim que desci do meu cavalo.

-Sim Joseph?-O Rei para na sua frente e o homem o entrega uma carta. O Rei me encarou e acenou para que entrassemos.

Quando chegamos dentro do castelo,alguns cochichos era possível ouvir.

"Ela virou a queridinha do rei."

"Será que eles estão tendo um caso?"

"Ela é sortuda."

"Deve apenas querer a atenção dele."

Era o que um grupo de mulheres que trabalhavam aqui no castelo cochichavam. O Rei para bruscamente e paro junto,ele lentamente se vira para as mulheres.

-Eu pensei que eram pagas para trabalhar e não para tomarem conta da minha vida e de Mareena. Se não quiserem ficar sem nada é melhor voltarem para suas funções.-O rei diz rígido e as mulheres ficam com a postura ereta e um pouco assustadas e assentem indo praticamente correndo para longe.

-Sinceramente eu devia manda-las embora.-Diz.

Caminhamos até sua sala em silêncio e quando ele adentra me pede para fechar a porta e assim fiz. Ele se sentou na cadeira e abriu a carta e começou a ler com o cenho franzido. Quando terminou de ler a carta,me encarou e encarou a carta novamente e suspirou pesadamente me deixando tensa.

-Minha avó está vindo para cá.-Diz se encostando na cadeira.

-E isso é ruim?-Perguntei e ele sorri de lado.

-Um pouco...minha vó é uma mulher rígida e ignorante.-

Teve a quem puxar.

-Eu poderia puni-la por dizer isso sabia?-Arregalo os olhos quando percebo que pensei alto.

-Me desculpe.-Ele encosta o cotovelo na cadeira e coloca os dois dedos perto do lábio.

-Isso não me ofendeu.-Semi cerrou os olhos.

-Ela chegará quando?-Pergunto.

-Daqui um mês. O Reino dela é distante.-Explicou.

-Entedi.-Olho para o lado.

-Se você pensa que eu sou uma pessoa ruim,é porque não conhece aquela mulher.-Ele ri baixo.-Extremamente exigente. O próximo mês será um inferno,se prepare Mareena.-Fico um pouco tensa.

Não deve ser tão ruim assim,né?

-Eu não acho você uma pessoa ruim,só é... complicado.-Ele sorri.

-Sério?complicado pra mim é o mesmo que ruim.-O encaro.

-Não pra mim.-Dou os ombros.

-Sente-se aqui Mareena.-Ele aponta para a cadeira e caminho calmamente e me sento. Ele coloca suas mãos sobre a mesa e se aproxima um pouco encarando meus olhos.-Não quero que diga para ninguém desse castelo que a minha avó está vindo.-Diz baixo.

-Eu nem converso com ninguém aqui além de você.-Dou os ombros.

-Isso soou bem triste mas vou ignorar.-Diz se levantando e indo até a janela colocando suas mãos atrás do corpo.-Sabe o que a minha avó costumava dizer pra mim Mareena?-Se virou para mim e neguei com a cabeça.

-Não.

-Ela sempre dizia que eu não deveria confiar em ninguém,nem mesmo na minha própria sombra. Dizia que eu sempre seria o garoto com a mente destruída sem compaixão e sem pena. Eu pensava que isso o que ela dizia era só para me atingir.-Ele olha para a paisagem da janela novamente.-Mas ela sempre esteve certa sobre tudo. Eu confiei na pessoa que eu mais amei,e sabe o que essa pessoa fez Mareena?-Sua voz tinha ódio.

-Não.

-Essa pessoa,jogou a minha mãe de um penhasco e eu assisti tudo.-Ele sorri de um modo triste e posso ver seus olhos brilhando.-Sabe o quão aquilo foi confuso pra um garoto de sete anos?-Ele estava literalmente desabafando comigo.

-Eu sinto muito por isso...-

-A pessoa que eu mais amava destruiu a minha vida,e essa mesma pessoa é a que as pessoas idolatram como se fosse um Deus.-Ele continuou.-As pessoas o defenderam quando ele disse que a minha mãe estava apenas doente e que a doença matou ela e eu contradizia. Eu não suportaria viver ao lado das pessoas que diziam que eu estava ficando louco então eu fugi,fui para um vilarejo vizinho,vivi lá por muitos anos até o idiota do meu irmão fazer a grande besteira de ir para a China e morrer. E eu? Eu fiquei encurralado. Fui obrigado a voltar para esse maldito castelo.-Olhou em volta.-Ninguém acredita em mim até hoje,meus irmãos não acreditavam,os empregados não acreditavam,as pessoas do vilarejo não acreditavam e chegou uma hora em que pensei que tinha ficado louco.-

Me levantei e caminhei até ele.

-Eu acredito em você.- Digo e ele me encara por alguns segundos.

-Você não tem que dizer isso pra fazer com que eu me sinta melhor.-Franzi o cenho.

-Eu não estou falando isso pra você se sentir melhor.-

-Se ninguém acreditou em mim por que você acreditaria?-Pergunta.

-Porque eu não sou eles.-Toco no seu ombro na intensão de confortá-lo.-Eu não estava lá mas isso deve ter sido horrível para uma criança de apenas sete anos assistir.-Ele encara a minha mão em seu ombro.

Ele me encarou em seguida e nossos olhares se encontram e fico perdida naqueles olhos esverdeados intensos e intimidadores.

-Quem foi a pessoa que fez isso com sua mãe?-Pergunto.

-Isso já não está óbvio?-Pergunta e fico em silêncio.-Foi o meu pai Mareena.

×××

Oi pessoasss!!!mais um
Capítulo pra vocês!!

Espero que estejam gostando da história que está só no começo👀
Se vcs tiverem alguma dúvida podem me perguntar que estou sempre olhando os comentários ou podem me perguntar no privado também.

Me perdoem se conter algum erro na escrita.
Não se esqueçam de votar e comentar<33

Até o próximo capítulo...

A Guardiã do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora