A Guardiã do Rei

Capítulo 78 l Por nós

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Boa leitura!

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Henrique V~

Eu ainda não conseguia acreditar que tenho ela em meus braços outra vez.

- Como está a Inglaterra? - Perguntou acarenciando meu rosto. - E a minha família?

- Em luto. - Resmunguei e vi seu corpo ficar tenso. - Mas agora você está aqui, bem e ao meu lado. É isso o que importa. - Ela se afastou um pouco parecendo pensar.

- Eu me tornei um fantasma... - Resmungou e eu neguei a puxando devolta para os meus braços.

- Não. Você está viva! - Eu disse tentando mudar seu pensamento.

- Mas algo em mim morreu naquele dia, Henrique. - Susurrou e senti meu coração apertar.

- Mas você não. Eu tô com você, independente do que acontecer. - Beijei seus lábios outra vez.

- Eu não sei...eu. - Antes que ela pudesse terminar a frase, a porta é aberta revelando Sarah e outras duas garotas idênticas, creio que Catarina seja uma delas já que seu olhar veio direto até mim.

- Filha... - Mareena se sentou na cama enquanto sua mãe vinha em sua direção.

Me levanto da cama e vou até a janela observando o lado de fora. Ela diz que algo mudou nela, isso me doeu. Me sinto culpado por ter deixado tudo isso acontecer com ela.

Assim que sua mãe se afastou, me encarou com um olhar de desconfiança.

- Enforcar meu marido não vai ajudar a sua situação. - Ela disse e eu ri baixo a encarando.

- Ele te disse o motivo? - Pergunto movendo um dos meus anéis em meu dedo.

- Henrique... - Cruzei os braços.

- Ele disse que se quisesse, Mareena não seria minha esposa, e que faria de tudo pra que ela casasse com um dos primos dela. - Dou passos calmos e tranquilos na direção dela. - Mas eu quero que saiba, que se ele ousar fazer isso, eu mesmo corto a garganta dele. Eu posso morrer depois, tanto faz. - Dei de ombros fingindo não me importar. - Mas se ele disser isso novamente, eu não vou hesitar em matá-lo. - Falei baixo.

- Se matá-lo, haverá guerra. - Devolveu no mesmo tom.

- Eu pouco me importo, e você sabe disso. - Me afastei olhando para Mareena que me encarava.

- Nós precisamos conversar, se vocês puderem nos dar licença... - Mareena pediu e sua mãe hesitou um pouco antes de sair arrastando suas filhas dali. - Venha. Me ajude! - Pediu esticando os braços e fui até ela a ajudando a ficar de pé.

- Eu não suporto eles. - Confessei algo que ela já sabia.

- Eu sei. Mas você não pode continuar agindo assim aqui. - A mesma apoiou seu pé no chão e a ajudei a caminhar pelo quarto pra se acostumar.

- Você ouviu o que ele disse? Ele ameaçou fazer você casar com outro homem! - Aumentei o tom de voz e ela parou de virando pra mim.

- Ei, Não fale alto comigo! -

- Me desculpe. - Pedi na mesma hora.

- Desculpado. E eu entendo sua raiva, amor. Mas as coisas não vão funcionar assim. - Voltamos a andar devagar saindo do quarto e descendo as escadas.