CAPÍTULO TREZE.

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Golpe Baixo....

Finch deu mais uma tragada. A fumaça fluiu de seu nariz em duas torrentes espessas. Virei o rosto em direção ao sol enquanto ele me entretinha contando sobre seu fim de semana de dança, bebida e um novo amigo muito persistente.

- Se ele está te perseguindo, por que você deixa que ele pague as bebidas? – perguntei e ri.

- É simples Gulf. Estou sem um tostão furado.

Ri de novo e Finch falou alegre me cutucou com o cotovelo quando viu Mew vindo em nossa direção.

- Ei Mew – Finch falou alegre piscando para mim.

- Finch – Mew o cumprimentou com um aceno de cabeça e balançou as chaves. – Estou indo para casa precisa de carona?

- Eu ia entrar no dormitório... falei erguendo o olhar com os óculos de sol e abrindo um sorriso para ele.

- Você não vai ficar comigo hoje à noite? – ele quis saber.

Em seu rosto a expressão era de surpresa e decepção.

- Não, vou sim. Só tenho que pegar umas coisas que esqueci.

- Tipo o quê?

- Bem meu aparelho de depilação por exemplo. O que você tem com isso?

- Já estava na hora de você depilar as pernas. Elas ficam ralando nas minhas e o maior inferno – ele disse com um sorriso travesso.

Finch me olhou com os olhos arregalados e fez uma careta para Mew.

- E assim que os rumores começam! – Olhei para Finch e balancei a cabeça. – Estou dormindo na cama dele.... só dormindo.

- Certo – disse Finch com um sorriso irônico.

Dei um tapão no braço dele antes de abrir a porta e subir as escadas. Quando cheguei ao segundo andar, Mew estava ao meu lado.

- Ah, não fique bravo. Eu só estava brincando.

- Todo mundo acha que estamos transando. Você está piorando as coisas.

- Quem se importa com o que as pessoas pensam?

- Eu me importo, Mew! Eu me importo!

Abri a porta do quarto, enfiei algumas coisas em uma pequena sacola e sai tempestivamente, com Mew me seguindo. Ele deu uma risadinha enquanto tirava a sacola da minha mão e olhei para ele furioso.

- Não é engraçado. Você quer que a faculdade inteira ache que eu sou um dos seus brinquedos de sexo que você descarta e joga fora.

Mew franziu a testa.

- Ninguém acha isso. E, se acharem, é melhor torcerem para que não chegue aos meus ouvidos.

Ele segurou a porta aberta para mim e depois de passar parei abruptamente na frente dele.

- Eita! – disse ele dando de cara comigo.

Eu me virei.

- Ah, por Buda! As pessoas devem achar que estamos juntos e que você continua sem vergonha nenhuma com seu.... estilo de vida. Devo parecer patético! – eu disse dando-me conta disso enquanto falava. – Acho que eu não devia ficar mais no seu apartamento. Deveríamos nos afastar por um tempo.

Peguei a sacola das mãos dele e ele arrancou de volta das minhas.

- Ninguém acha que estamos juntos, você não precisa parar de falar comigo para provar alguma coisa.

Começamos um cabo de guerra com a sacola, e, quando ele se recusou a soltá-la, rosnei alto, me sentindo frustrado.

- Algum garoto ou garota ou um amigo, já ficou na sua casa com você antes?

Você alguma vez já deu carona de ida e volta da faculdade para algum garoto ou garota? Já almoçou com eles? Ninguém sabe o que pensar sobre a gente nem mesmo quando tento explicar!....

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