CAPÍTULO OITENTA E NOVE

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Mew deu uma risada gostosa, subindo na cama comigo. Passamos a hora que se seguiu no mesmo lugar, debaixo das cobertas, dando risadinhas e nos beijando, mal notamos quando meu colega de quarto voltou do banho.

_ Você pode sair daqui? Preciso me vestir - ele pediu a mew a mew.

Ele beijou meu rosto e foi para o corredor.

_ Vejo você em um segundo.

CAI de encontro ao travesseiro enquanto meu colega de quarto remexia no armário.

_ Por que você está tão feliz? - ele perguntou em tom de resmungo.

_ Por nada - suspirei.

_ Você sabe o que é codependencia. Gulf? Seu namorado é um excelente exemplo disso, o que é bizarro, considerado que ele passou de não ter respeito algum tanto para as meninas e quanto para os homens que acha que precisa de você até pra respirar.

_ Talvez ele precise mesmo - falei, recusando-me a deixar que ele estragasse meu bom humor.

_ Você não se pergunta por que isso? Tipo.... ele já transou com metade da faculdade thonburi.  Por que vocês?


_ Ele diz que sou diferente.

_ Claro que ele diz. Mas por que?

_ O QUE TE INTERESSA ISSO? - retruquei.

_ É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o mew, e ele espera que você consiga. Vocês dois são um desastre.

Sorri para o teto.

_ Não importa o que seja ou por quê. Quando é bom, falei para o meu colega de quarto....é lindo.

Ele revirou os olhos.

_ Você está ferrado.

Mew bateu à porta e meu colega de quarto deixou que ele entrasse.


_ Vou pra sala de estudo. Boa sorte - disse ele, saindo com o tom de voz mais falso que conseguiu usar.

_ Que foi aquilo? -mew quis saber.

_ Ele disse que nós dois somos desastre.

_ Me conta algo que eu não sei - ele sorriu. Seus olhos subitamente encontraram foco e ele beijou a pele fina atrás da minha orelha. - Por que você não vem pra casa comigo?

Descancei a mão na nuca dele e suspirei, sentindo seus lábios suaves na minha pele.

_ Acho que vou ficar por aqui. Estou sempre no seu apartamento.

Ele ergueu rápido a cabeça.

_ E daí? Você não gosta de lá?

Pus a mão no rosto dele e respirei fundo. Ele ficava preocupado muito rápido.

_ É claro que gosto, mas eu não moro lá.

Ele percorreu meu pescoço com a ponta do nariz, me provocando e me arrepiando.

_ Eu quero você lá. Quero você lá toda noite.

_ Eu não vou morar com você - falei, balançando a cabeça.

_ Não pedi pra você morar comigo. Eu disse que quero você lá.

_ É a mesma coisa! - eu ri.

Mew franziu a testa.

_ Você não vai mesmo passar a noite comigo hoje?

Fiz que não com a cabeça, e ele levou os olhos da parede até o teto. Eu quase podia ver as engrenagens girando em sua cabeça.

_ O que você está tramando? - Perguntei, estreitando os olhos.

_ Estou tentando pensar em outra aposta......

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