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- Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo.
- Tá bom... - Volto a beijar sua boca, tirando seu sutiã devagar e suave, ela aceita isso facilmente. De baixo de toda aquela roupa, havia um par de belos seios. - Não fique encarando.
- Não dá para evitar.
- Por que só eu tô sem a parte de cima aqui? - Ela segura a borda da minha camiseta e levanto meus braços, deixando ela tirar.
- Então, quem vai tomar o controle? Eu nunca fiz isso antes.
- Eu vou tomar o controle.
- Então... - Ela encara meus olhos. - Estou sob seus cuidados.
  Acaricio seus seios, abaixando minhas mãos a cada vez mais enquanto ela apenas aceita conforme minha vontade. Até minhas mãos chegar no seu quadril, onde encontro a borda da sua calcinha a mostra e puxo para cima e solto, fazendo um estralo ecoar pelo quarto.
- Isso doeu.
  Ela começa a rir e se levanta, começando a tirar sua calça. Após isso, ela se deita, tiro suas botas e por fim sua calcinha, deixando tudo no chão. Passo minhas mãos nas suas pernas até chegar na sua coxa. Eu tiro a calça e me deito ao seu lado, lhe dou um beijo no pescoço antes de sentir suas pernas ficarem trêmulas e ouvir seu gemido que ela reprime.
- Não dói tanto quanto eu pensava.
- É?
- É...
  Seus olhos brilham sob a luz da lua, passo o polegar a baixo dos seus olhos limpando as lágrimas antes de cairem. Ela sorri, voltando a ficar por cima de mim e me dá mais um beijo.

  02:46 AM. Depois de algum tempo, ficamos deitados na cama, olhando um para o outro. Luce não consegue conter a vontade de tocar meu rosto, então seu toque frio me deixa ainda mais sem sono. De baixo da coberta, ela ainda treme de frio, então eu a abraço fazendo do meu corpo sua coberta, sua cabeça fica um pouco mais abaixo do meu pescoço.
- Ei...
- Hm?
- Você viu que eu não tenho colega de quarto, né?
- Uhum.
- Por ordens da minha mãe, não posso ter uma parceira.
- Por que?
- Bom... Ela me odeia. Ela faz de tudo para que eu não tenha uma vida normal.
- Ter um quarto só pra você não parece ruim.
- De certa forma. É... - Ela volta a me olhar. - E se eu engravidar?
- Eu já disse, isso não vai acontecer.
- Você vai assumir, não vai?
- Claro que sim. - Ela volta a rir. - Eu não quero filhos, não sei como é ser uma figura paterna e nem sequer sei lidar com crianças.
- Eu também não quero filho. Já sei. Vamos abortar. - Diz ela se levantando mais, ficando na região do meu rosto, olhando meus olhos.
- Se é isso que você quer. - Ela começa a rir mais ainda.
- É brincadeira.
- Está ficando cada vez mais frio, se quiser vestir algo.
- Tá quentinho assim.
- Tenta dormir um pouco.
- E você? Não vai dormir?
- Vou tentar.
  Com as suas duas mão, ela segura meu rosto, me dando um beijo no lábio inferior e assim volta a aconchegar sua cabeça em baixo do meu pescoço.

  04:59 AM. Eu ainda estou acordado, a luz no corredor do dormitório se acende por de baixo da porta onde consigo ver. Ouço vozes de algumas mulheres no lado de fora. Pode ser algumas seguranças, não acho que isso me interesse agora. Volto a ignorar isso e sinto meus braços se arrepiar e minhas mãos tremerem, mas não pelo frio. Apesar do meu corpo reagir a temperatura ambiente, o efeito da bebida diminuiu tanto que agora estou sóbrio o bastante para voltar as minhas alucinações. Sóbrio e consciente mais uma vez.
- Ei, garoto...
  Toby... Parado em frente a porta olhando para mim, ele não mudou nada. Aparecendo em lugares aleatórios e em momentos mais aleatórios ainda. E pensar que essa sua voz rouca se tornou algo tão familiar para mim.
- Algo útil para me contar?
- Acha que consegue aguentar isso?
- ...? - Luce continua dormindo entre meus braços.
- Tempo se passa, as coisas mudam, pessoas morrem e o passado... Ah, o passado.
  Ele começa a fazer pequenos estralos na porta, aumentando conforme batia. Depois de seis batidas, ele para.
- Ei, garoto... tem medo de mim?
- Não.
- Você percebeu?
- ...
- Tudo está se repetindo. De novo e de novo. Quando irá sair dessa e voltar ao que interessa?
- Nada disso importa e você não é idiota o bastante para não saber disso.
- Faça algo que vale a pena.
- Não. Eu vou apenas desperdiçá-lo do meu jeito.
- Um pecado e tanto.
- Quem é você para falar de pecado?
  Ele dá uma gargalhada e desaparece em meio a escuridão. Acordo sobre a grama gelada, com um peso sobre meu braço esquerdo. Lara mais uma vez dorme do meu lado com a cabeça sobre o meu braço. Estava machucada de novo, usando apenas o básico vestido de sempre. Está frio aqui também... Tentando simular este lugar com a realidade? Quem sabe. Há alguma forma de libertá-la daqui? Por mais que eu queira... Eu não encontro uma forma de fazer isso. Eu realmente... não sei como fazer isso. Não como uma humana, mas bem semelhante a uma, podendo ser vista aos olhos de outras pessoas. Isso seria fantasia demais? De baixo desse céu nublado, vazio como se fosse de verdade, eu me pego pensando em como deixá-la menos solitária. Eu sei que Lara é real, como se fosse um fantasma presa nas minhas imaginações. Ela já teve uma vida... como será que ela era? Vejo aquela garota subir o morro, vindo em direção a nós, ela me olha e esboça um sorriso de longe.
- Olá, moço. Lara está bem?
- Sim, está. - Ela se senta ao lado de Lara.
- Parece cansada.
- Só com sono.
- Ei, ei...
- Hm? - Eu a encaro.
- Uma vez Lara me disse que me criou pensando em fazer alguém parecida com a irmã dela.
- Irmã?
- Sim, irmã. O que ela quis dizer com isso?
- Hmm... - Então essa garota... era irmã de Lara?
- Vocês são os deuses que veneramos. Por que ficam por aqui?
- Não me considero superior a vocês, não acho que sou um Deus e não tenho nenhum motivo para abusar de vocês por conta disso. Mas enfim, Lara disse mais alguma coisa?
- Não... que eu me lembre.
- Quando ela te disse aquilo?
- Alguns dias atrás. - Poderia ser que suas memórias estejam voltando? Seria isso a causa dos seus machucados?









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