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  03:09 PM. Nós voltamos para o apartamento depois de passar todo esse tempo no restaurante. Já faz um tempo que comemos e durante essas últimas horas, ficamos apenas conversando e bebendo vinho por lá. Eu a sigo até a cozinha e aqui arrumamos mais uma taça. Ela me puxa pela camiseta e se senta sobre a mesa de vidro, me beijando bem animada e com vontade. Eu correspondo aos seus desejos e tiro minha camiseta, quando ela me prende entre as suas pernas e bagunça meu cabelo enquanto continua me beijando.
- Acha que pode durar menos de uma hora dessa vez?
- Acho que sim.
- Sua tia chega em uma hora. Preciso me despedir direito de você.
- Vai ser tempo o bastante. Não precisamos nos apressar.
- Tá bem...
  Eu tiro a sua blusa e ela se deita de costas na mesa. Seus belos seios chamam a minha atenção e com isso, volto a apreciar cada parte exposta do seu corpo, fazendo mais marcas aparecer.
- Agora está toda marcada...
- Com sorte, nos encontraremos antes que essas marcas sumam.
- Não precisamos contar com a sorte. Eu vou te marcar novamente mesmo que suma de novo.
- Você tem total liberdade pra fazer isso sempre que quiser.
- Eu sei. Na próxima vez, eu vou dar um jeito de sumir com este machucados que fiz em seu pescoço. E infelizmente não tivemos tempo de ir ao mundo dos sonhos, como você queria.
- Tudo bem. Talvez um outro dia.

  03:59 PM. Estamos em frente ao prédio, esperando com que o carro cinza de Carla chegue... E não demora até ela estacionar o carro na nossa frente. Ela abaixa o vidro e olha para nós, esboçando um sorriso por trás de seu forte batom vermelho. Seu cabelo curto foi uma das primeiras coisas que notei de diferente, um pouco acima dos ombros com a franja jogada para o lado, recentemente cortado.
- Então... - Ela me abraça antes que eu termine de dizer qualquer coisa, olhando para mim.
- Não quero que você vá.
- Luce... Isso não é um adeus. - Ela olha para Carla no carro sem tirar os braços, lhe entregando um sorriso e recebendo um aceno de volta de Carla. Lhe dou um beijo, fazendo ela me soltar. - Preciso ir.
- Me manda mensagem quando chegar?
- Tá.
  Me sento ao lado de Carla e ela dá partida ainda com Luce parada em frente ao prédio.
- Esse corte ficou bonito em você.
  Passo a prestar mais atenção em suas roupas e parece que ela arrumou outro emprego.
- Obrigada. Por que não voltou a faculdade ontem?
- Recebi uma ligação de Tracy dizendo para eu não voltar.
- A garota que estava com você e Lara daquela vez que fui em seu quarto?
- É.
- Que bom que ela está bem. E onde Lara está?
- Protegida.
- Mais segredinhos, é? Bom, vamos pra casa. Acabei de sair do serviço e estou bem cansada.
- Com o que tá trabalhando dessa vez?
- Voltei a ser médica.
- Legal. Mas desistiu das pinturas?
- Não. Tenho tempo para as duas coisas.
- Entendi.
- Gostaria de conhecer aquela garota algum dia.
- Sim, você vai. Um dia.

  04:31 PM. Nós chegamos em casa. A tarde de hoje está tão fresca e fechada que até parece estar mais tarde do que aparenta
- Dormiu bem? - Ele pergunta, parando o carro em frente a casa.
- Eu dormi?
- Uhum. Sua noite parece ter sido longa.
- É, mas não acho que seja por isso que estava com sono... - Saio do carro e ela me joga as chaves.
- Pode ir. Vou guardar o carro na garagem.
  Destranco a porta, aperto o botão do portão da garagem do lado de dentro e ela se abre. Vou direto para o quarto e vejo todas as coisas que eu havia levado para a faculdade espalhados pelo chão do quarto. Que bom que não machucaram Aqua quando a colocaram dentro da gaiola. Faço Lara voltar para fora e ela aparece deitada na cama ao lado das minhas coisas, deixo ela ali dormindo e saio do quarto, indo até o banheiro. Carla aparece na entrada, se apoiando na porta de madeira.
- Trouxe todas as suas coisas da faculdade. A direção ligou.
- O que decidiram fazer agora?
- Você vai continuar indo para a faculdade, mas não a mesma. Vão usar uma escola vazia em boas condições. Vai continuar estudando o dia inteiro, mas nenhum dos alunos vão poder dormir lá. A escola não é tão grande e não tem dormitórios. Então, eu vou te levar e buscar todo dia. Isso é melhor que aulas online, pelo menos.
- Não faz sentido continuarem dando aula.
- Pois é. Mas eles ainda não decidiram por completo o que vão fazer.
- A situação deles está na pior.
- Estou preocupada com Lara.
- Ela está na cama. Dormindo.
- Quê? - Enxugo meu rosto com a borda da camiseta e sigo ela até o quarto. - Como...? A casa estava trancada.
- Não se surpreenda se ela fazer coisas "sobrehumanas" às vezes.
- Aah, que bom que tá me avisando isso agora.
- Eu posso te ajudar com alguma coisa?
- Não. Vá descansar. Eu também vou dormir depois de tomar um banho e terminar uma pintura.
- Certo.
  Ela abre os braços e não consegue tirar os olhos de mim. Aceito seu abraço e ela beija minha testa.
- Boa noite... filho. Posso te chamar assim?
- Se quiser.
- Eu fiquei tão assustada que você pudesse ter se ferido na faculdade ontem.
- Eu não faço coisas "imprudentes", lembra disso?
  Depois de dar umas risadas com o que eu disse, ela me solta e caminha para a cozinha. Entro no quarto e começo a arrumar as coisas de volta nos lugares que costumavam estar. O não tão velho quarto que deixei a um mês atrás.

The plans of DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora