Antes de começarem a leitura, gostaria de agradecer imensamente pelas duas mil leituras aqui!🥰 tô muito feliz! Muito obrigada por acompanharem essa história escrita com amor❤
Capítulo enooorme pra compensar a semana de atraso pra vocês, e na visão de um personagem um tanto misterioso👀
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Eu sabia que aquele não seria um dia bom, minha avó nunca errava.
"não saia, Rafa. Não estou tendo um bom pressentimento, acho que pode ser o clima"
Vovó vivia altamente apavorada com o clima desde a tempestade caótica que caiu semana passada fazendo um bom estrago. Em Cabrália não fomos tão atingidos como em Porto Seguro, mas estávamos perto demais pra relaxar, tanto pela tempestade, quanto pelo tiroteio. Isso apavorou ela de tantas formas...
Tudo bem que todos os dias eram arriscados pra mim, roubar não era bem o negócio mais seguro do mundo.
Mas de qualquer forma, era bem mais lucrativo do que seria se eu tivesse sido aceito para trabalhar naquele supermercado onde pedi emprego, ou em todos os outros lugares onde me rejeitaram. E não era com se eu não precisasse do dinheiro, vovó estava doente e a aposentadoria dela mal dava pra pagar as contas básicas.
Depois do primeiro roubo (um relógio de um turista), percebi que não precisava trabalhar pros outros. Vendi o relógio por uma boa quantia, e pela primeira vez em meses, eu e vovó comemos mais do que apenas arroz. Depois disso, não consegui mais parar. Pra minha avó, eu estava sendo motoboy, e consegui manter essa farsa por um bom tempo, até aquele dia.
Não pensei que fosse ser pego daquele jeito, de uma forma tão estúpida e fácil. Eu estava no supermercado, comprando e não roubando, mas quando saí tinham três policiais me esperando. Dispensamos os cumprimentos iniciais e fui jogado no camburão antes de terminar de formular a frase "que droga está acontecendo aqui?"
Na cela, perguntaram pelo meu responsável legal, já que eu só tinha 17 e não podia sair sem alguém, mas eu preferia passar a noite naquele lugar á ligar pra minha avó e dar a ela o desgosto de ir me buscar ali. Já estava me conformando com aquela atmosfera deplorável quando um dos policiais chegou, abrindo o cadeado.
- Bora garoto, vieram te buscar- meu coração errou uma batida, como tinha conseguido o contato da minha avó?
- Quem veio?- perguntei, sabendo que a resposta era óbvia já que só havia uma pessoa no mundo inteiro que se importava comigo.
- Seu patrão.
Franzi a testa. Meu o quê? Deviam estar de zoação comigo.
- Eu não tenho patrão.
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Por Água Abaixo
Teen FictionE se, após uma tempestade caótica, você acordasse em uma praia deserta sem se lembrar de absolutamente nada da sua vida? Tendo certeza que é a pessoa mais azarada que poderia existir, Ana Alice embarca numa aventura - chamamos assim para dar um ar...