Notas sobre esse capítulo, caso não se lembrem: aqui vai ter menção de Jonathan, que é o arquiteto da obra das empresas Tigre Branco, que compraram a madeireira do pai da Luísa. Otto é o amigo dela que a encontrou, reconheceu, e quer levá-la de volta para Ilhéus, que é onde eles cresceram e moram, segundo ele. também teremos a aparição do pai da Ana, que ela ainda não viu pessoalmente, só por chamadas.
Ufa! memória refrescada? Espero que tenha sobrado pipoca pra continuarem! se não, levanta e faz maisss hahaha
------------------------------------------------------------------
Durante a manhã fiquei meio aérea á tudo que acontecia no mundo. Teríamos uma roda de violão na praia durante a noite, minha última. Só de pensar, meu coração ficava absolutamente em cacos.
Luísa me salvou sugerindo pros meninos (Héctor) que fôssemos mais cedo pra ver o pôr do sol na praia. Não contei a ela sobre o sonho, porque não julguei que fosse relevante, mas passei o dia inteiro checando as mãos, como se o anel que meu pai me deu fosse aparecer magicamente.
Mas verdade seja dita, eu deveria perguntar á ele.
Mandei uma mensagem pra Otto pouco depois do meio dia e fui encontrá-lo na praça da sorveteria. Marcamos pra uma e meia, mas eu estava tão inquieta que saí correndo antes, pra aliviar a tensão. Encontrei Otto dobrando a esquina da antiga madeireira, que agora tomava alguma nova forma.
- Está adiantada- disse ele, checando o horário no celular
- Um pouco. Preciso saber sobre uma coisa- não precisei olhar pro lado pra ver Jonathan olhando pra nós dois de longe. Aquele homem me dava arrepios.
- Claro- ele pareceu notar o olhar do outro lado da rua- vamos pra um outro lugar- assenti e começamos a ir em direção á praça. Havia um banco de pedra isolado na esquina de uma das ruas, encostado numa adorável casinha amarela e debaixo de um pé de amoras. Fui direto pra lá.
- E então, o que nos trouxe aqui?- ele disse, se aproximando pra se sentar também
- Preciso falar com meu pai- ele arregalou os olhos terrivelmente azuis pra mim.
- Por que?- a pergunta foi feita com cautela
- Você sabe sobre meu anel, certo?- por dois segundos, ele pareceu confuso
- Você tem muitos anéis
- O de esmeralda. Que meu pai me deu. - o que apareceu em dois sonhos e só pode ser muito importante.
- Ahh, sim, esse anel. Sei qual é, mas porque ligar pro seu pai?
- Eu quero saber onde está- ele me olhou estranho, como se perguntasse "mas então porque você me chamou aqui, quando poderia ter ligado você mesma?"- não queria fazer isso sozinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Água Abaixo
Roman pour AdolescentsE se, após uma tempestade caótica, você acordasse em uma praia deserta sem se lembrar de absolutamente nada da sua vida? Tendo certeza que é a pessoa mais azarada que poderia existir, Ana Alice embarca numa aventura - chamamos assim para dar um ar...