Capítulo 5

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Luísa estava me ENLOUQUECENDO desde essa manhã, quando decidiu de livre e espontânea vontade que seria uma ótima ideia ir ao "rolê" na casa da Vanessa, ela não parava de pensar num look

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Luísa estava me ENLOUQUECENDO desde essa manhã, quando decidiu de livre e espontânea vontade que seria uma ótima ideia ir ao "rolê" na casa da Vanessa, ela não parava de pensar num look. Pra mim.
Quando ela me deu as roupas que iria doar originalmente, provavelmente não imaginava que eu fosse ficar em sua casa por tempo indeterminado, já que eram todas roupas casuais ( não que eu tivesse problema com isso, mas ela parecia ter, por que estava procurando uma roupa "decente" pra mim fazia 1 hora, aproximadamente)
- Luísa, eu não tenho problema algum em ir com qualquer uma das roupas que você me deu.

- Silêncio, estou concentrada.

Revirei os olhos e me joguei na cama. Cíntia já havia falado com os policiais naquele dia, eles não haviam detectado nada e os desaparecimentos registrados em Porto Seguro não diziam nada sobre alguma Ana Alice, ou seja, existem três possibilidades distintas:

1- Minha possível família realmente não está nem aí pra mim, já que nem se incomodaram em registrar um boletim de ocorrência ou qualquer coisa do tipo

2- Eu não tinha nada a ver com Porto Seguro.

3- Eu sou uma sereia banida do mar por alguma infração ás regras (E Luísa seria, assim, uma vidente)

A primeira era meio triste, a segunda me deixava confusa e a terceira era impossível??.

- ACHEI!

pulei da cama com o grito

- Achou o que?

- A roupa perfeita pra você!

Ela tirou do armário um vestido preto meio justo com mangas estilo ciganinha decoradas com pequenas flores brancas. Básico e lindo.

- Ele é lindo, mas tem certeza que você não quer usar? - falei passando a mão pelo vestido estendido nas mãos dela

- Tenho! Já escolhi o meu, e esse é sua cara.

- Eu...nem sei o que dizer, muito obrigada Luísa, sério- acho que "obrigada" era a palavra que eu mais estava repetindo nos últimos dias, mas muitas coisas se mostraram dignas dela.

- Não precisa agradecer, se você se divertir hoje já vai valer muito á pena. Não é porque eu não simpatizo com eles que vou te impedir de dar uns beijos, né- joguei uma almofada nela

- Você tá doida? Não vai rolar beijo nenhum deles, se está indo exclusivamente por isso, podemos abortar a missão- eu disse, mas no fundo queria que ela tivesse outros motivos pra ir sim, eu meio que queria mesmo dar uma saída

- Tô indo pela Vanessa também, porque ela me chama há séculos. Ainda bem que agora tenho mais você de companhia- disse, indo em direção á porta do quarto.

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Fomos pra sala, Luísa precisava fazer uma chamada com o pessoal do colégio dela.
Ela sentou no sofá com o notebook no colo, e eu na poltrona ao lado. Foi quando percebi que minhas pernas formigavam. Não um formigamento comum, era mais algo como adrenalina acumulada. Ou falta dela. De repente, senti uma vontade enorme de correr.

Por Água Abaixo Onde histórias criam vida. Descubra agora