E se, após uma tempestade caótica, você acordasse em uma praia deserta sem se lembrar de absolutamente nada da sua vida?
Tendo certeza que é a pessoa mais azarada que poderia existir, Ana Alice embarca numa aventura - chamamos assim para dar um ar...
Oiê! Esse capítulo é um pouco diferente dos outros, pois aqui vocês verão a perspectiva de outro personagem! Decidi que vou fazer pelo menos um capítulo com a visão de alguns outros personagens, espero que gostem de ver "o outro lado da moeda" haha boa leitura!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Não vou me apaixonar tão cedo". Esse era o meu combinado comigo mesmo desde que terminei com a Karen no ano passado. De lá pra cá fiquei com poucas garotas, por opção. O plano estava funcionando perfeitamente, das meninas que deram em cima de mim descaradamente nos últimos meses, nenhuma obteve sucesso. Pietro e Héctor não entendiam o motivo de tanta gente dar mole pra mim e eu simplesmente não querer. Não tinha um motivo específico, só acho que tava cansado de sofrer. Todos os meus relacionamentos me deixaram machucado de alguma forma, então fiquei meio traumatizado. Não era culpa das meninas, depois do término, por mais bonitas ou boas de papo que fossem, nenhuma me despertou interesse real. Até uma semana atrás. Lembro claramente (o que é um milagre, por que minha memória é péssima) de estar dando uma volta com o carro do Pietro pela cidade. Estava á toda velocidade quando vi uma garota de vestido amarelo quase no meio da rua. Eu quis frear, mas não consegui a tempo, ainda bem que alguém puxou ela antes.
- Que garota sem noção, andando no meio da rua - Disse Pietro ao meu lado.
- Na verdade, acho que vou dar uma segurada, tava indo rápido demais também.- se eu tivesse atropelado aquela menina, nem tenho noção da proporção dos problemas que eu ia ter. Bem, ela me trouxe problemas, de um jeito ou de outro. Lembrava também da imagem dela e da Luísa entrando na sorveteria. Analisou cada parte do ambiente, e aquele vestido todo estampado fazia com que as pessoas parassem para analisar ela. Aquela não era a roupa que mais realçava a beleza de alguém, mas ela parecia ficar muito bem com qualquer coisa. Acontece que três coisas me chamaram a atenção, bem mais que o corpo dela: 1- Os olhos. Verdes, mas na sombra pareciam cor de mel. 2- O sorriso. Ela sorriu em vários momentos durante a conversa com Luísa, e em todos eles eu me senti na obrigação de olhar. Droga, isso não era bom. 3- O cabelo. Longo como o da Vanessa, e possuía algumas mechas mais claras, não muitas, mas não era tingido. Aquilo era clareamento por conta do sol, natural. Sempre fui apaixonado por garotas que tinham essas marcas naturais, tão diferentes dos cabelos curtos e escuros da Karen. Apesar de parecer, pelas descrições, eu não fiquei encarando ela. Essas observações foram feitas com olhadas rápidas. Em certo momento, decidi virar o rosto de vez e ignorar o espetáculo ao meu lado, por mais que fosse difícil. Tudo bem, atração era atração, não passando disso estava ótimo.
- Na boa, tô animado pra social na sexta. Já faz tempo desde a última - Falou Héctor terminando o sorvete de menta dele
- Nossa irmão, sim, nem comi o suficiente na última vez- Pietro já tomava o segundo milk shake
- Você comeu uma pizza praticamente sozinho! Não engorda de ruindade- Vanessa checava as pontas do cabelo. Luma, se mantinha quieta como sempre.
- Eu não engordo porque a vida me fez com esse corpinho malhado. Estou destinado a ser gostoso pra sempre, sinto muito - disse mostrando o bíceps. Revirei os olhos de leve, sorrindo. Não dava pra levar Pietro a sério. Ele e Héctor eram um alívio cômico, mesmo quando o assunto era sério. Héctor teve que aguentar meu choro quanto terminei com a Hanna na sétima série e Pietro me socou (direto no abdômen) quando cheguei tarde em um evento por causa da Karen, na época que a gente só ficava, mas me deu cobertura mesmo assim.
