05. Nova alma

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A minha respiração ofegante se fazia presente em meio a neve que era prensada pelas minhas pegadas e a capa preta voava por causa da intensa corrida, mas eu a segurava como podia para não perder-lá.

Quando me dei conta, já estava longe e agora nem reconhecia onde estava por causa da neve, sendo que a uma hora atrás eu estava num ambiente de primavera, parei olhando pros lados atordoada.

O barulho de uma coruja e de arbustos se remexendo me deixou em alerta e tirei a minha adaga para me defender.

Percebi que a coisa estava atrás do pinheiro bem à minha frente e posicionei os pés em defensiva.

— Saia daí! Revele-se! — Ordenei,  sem paciência.

Parece que funcionou e quem estava se escondendo saiu revelando a aparência de um homem na faixa dos vinte anos e de  cabelos escuros bem penteados,  olhos castanhos que me fitavam e uma uma barba rala que moldava a sua face.

"Realmente ele era muito atraente."

— Não precisa disso moça não irei -lhe fazer mal. — Disse com uma  voz calma e um sotaque forte.

— Porque acha que eu confiaria em você? — Indaguei com as sobrancelhas arqueadas.

— Realmente não tenho como te convencer a confiar em mim tão rápido, mas permita me apresentar-me. — Pede e limpa a garganta se preparando e chega uma pouco mais perto, mas não recuo minha posição.

— Malik, Zayn Malik. —  beijou o dorso de minha mão e em seguida voltou a olhar para mim e não
vou negar que seus olhar eram bem hipnotizantes.

— Prazer, senhor Malik, mas eu preciso ir agora. — Avisei e me sentia ansiosa para me distanciar já que ainda não sabia a índole de Zayn e se ele fosse um caçador eu estaria perdida.

— Mas o que uma moça como você faz sozinha na floresta? — Perguntava curioso enquanto escondia as mãos atrás do corpo.

— Estou indo a casa do meu pai que fica perto daqui. — Minto e o mesmo prestava atenção e tombou a cabeça pro lado como um cão quando está confuso e meu corpo gelou por algum motivo.

— Você não se parece com o povo do vilarejo de scrow. — Comenta.

Procurei rapidamente por argumentos.

— Eu sou misturada, mas eu preciso chegar logo. — Insisto e  ele levanta as sobrancelhas  surpreso.

— Se quiser eu posso acompanhá-la, seria um prazer te fazer companhia. — Oferece.

"Que homem insistente e agora eu não sabia o que fazer."

— Não precisa, eu prefiro ir sozinha! — Recuso e se eu fui grossa não havia volta.

— Mas é perigoso andar sozinha por essas bandas. — Continua e o fito de cima a baixo.

— E você está aqui sozinho... — Rebato, ele fica em silêncio por um minuto.

— Mas eu sou... — O interrompo.

Antes que diga que é homem e que eu como mulher não posso ter
atitudes independentes.

— Não diga isso, se não quiser perder as bolas. — Ameaço, o mesmo arregala os olhos surpreso e dar um sorriso de canto.

— Gostei de você, mas se não quer tudo bem. — Desisti e se vira pra ir embora, mas algo em mim
disse pra fazer ele ficar e sempre me disseram para escutar essas vozes.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐄𝐗𝐈𝐋𝐄𝐒 | 𝐓𝐞𝐦𝐩.𝟏| | ALINE RIBEIRO Onde histórias criam vida. Descubra agora