36. Raízes podres

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Espero que apreciem e votem e comentem se puderem

♤Boa leitura♤

Ao amanhecer acordei sendo observada por duas moças com roupas de serviçais e ao tomar consciência me recordei de como havia parado ali e olhei novamente para a jaula suja em que estava sentindo meu corpo fedendo e reproduzi uma feição de nojo.

- Bem vinda de volta Alina!! - falou uma delas que era ruiva.

- De volta? Como assim? - perguntei confusa.

- A senhora nasceu aqui. Somos bruxas de baixa escala e servimos a Morana há muitos anos. - explicou a outra com uma feição triste.

- Mas viemos aqui para levá-la para cima e arrumar a senhora. Um banho e roupas limpas. A sua mãe quer conversar com você. - disse a ruiva.

Realmente eu precisava de um banho e como eu não sabia como sair daqui. Acabei por aceitar e ser levada, me colocaram numa banheira e me lavaram, em seguida pentearam meus cabelos e me colocaram um vestido preto com um cinto e é claro que consegui minha mochila e transformei minha capa reserva em tamanho real.

- Está perfeita! - comentaram as duas animadas.

Por dentro daquele lugar não era feio, na verdade era um Palácio mesmo que sombrio. Andei pelos corredores até chegar em uma sala onde havia uma vista para a floresta e uma fonte ao lado. Pude ver uma silhueta feminina na janela e ao reconhecer meu queixo caiu.

- Amália? - indaguei perplexa.

Amália era líder daquele vilarejo que foi queimado, onde eu treinei com algumas curandeiras inclusive ela e após homens da igreja chegarem várias mulheres foram para a fogueira sendo inocentes. Aquilo foi o início de tudo, é dali que eu acabei chegando na casa de Harry...

- Alina. Que bom revê-la. Fiquei com saudades! Após você fugir como igual uma covarde naquela noite, tentei me comunicar várias vezes com você para lhe convencer a voltar. - falou se aproximando. - Mas quando eu consegui, descobri que estava apaixonada e quase morreu ao se jogar naquele poço. Lembra?

Tudo vinha como uma avalanche de descobertas e meu estômago embrulhava. Se Amália está do lado de Morana, então desde o início souberam que eu estava viva e onde eu estava.

- Sua vagabunda! Me traiu! Traiu seu povo! Aquelas mulheres morreram inocentes. - levantei a voz sentindo meu sangue ferver.

- Isso ficou no passado, mas pelo visto não vou ter que explicar muito porque já deve ter juntado as peças na sua cabecinha - Falou em deboche me lançando um sorriso cínico.

- Você que estava me rastreando o tempo inteiro. Como pode estar do lado dessa mulher? Eu acreditei quando disse que sua magia era benigna. - julguei decepcionada.

- Depois que morana me explicou o quanto você era valiosa...não perdi tempo em participar porque aliás viver naquele lugar não estava me levando a lugar algum. - contou dando de ombros.

- Aquele ataque dos homens da igreja. Foram vocês? - perguntei olhando com desprezo.

- Sim. Planejamos pegar você, mas os seus amigos chegaram para atrapalhar e um deles teve o que mereceu! - confessou.

Meus olhos mudaram de cor e eu voei no pescoço da mulher a tirando do chão, olhei em seus olhos profundos vendo toda a culpa das várias mortes em sua alma.

Também percebi minha mãe observando a cena e Amália pedir ajuda, mas morana apenas observou o corpo dela dissecando por completo e a joguei no chão completamente sem vida.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐄𝐗𝐈𝐋𝐄𝐒 | 𝐓𝐞𝐦𝐩.𝟏| | ALINE RIBEIRO Onde histórias criam vida. Descubra agora