47. Love for exiles

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{Harry}

No meio da madrugada eu despertei sentindo meu peito queimar como se algo tivesse sido arrancado a força de dentro dele, sabe quando temos a sensação de sentir falta de alguma coisa sem saber do que se trata?

Era dessa forma que eu me sentia...

Me levantei e segui até uma janela tentando respirar fundo e ao olhar aos redores do cômodo, percebi o quanto o frio do quarto de hóspedes não me agradava.

Tinha sido expulso do meu próprio quarto por Alina, não era comum ela entrar no seu período, mas quando entrava parecia o próprio demônio e eu fazia de tudo para não instigá-la ainda mais.

Mas dessa vez irei romper minhas decisões para sentir o calor do corpo dela que tanto me acalma.

Cheguei até o cômodo rapidamente e analisei a situação e não demorei a me enfiar debaixo das cobertas e a  abraçar por trás, para a minha surpresa ela apenas se aninhou ainda mais nos meus braços.

"Agora sim, eu me sentia bem melhor."

{✽✽✽}

Naquela manhã a primavera se iniciava preenchendo todo aquele vasto campo em volta do castelo de arbustos verdes e floridos, deixando que o sol batesse fresco em nossas peles causando uma sensação esquisita de alívio e enquanto preparava o café, ouvi todos os pássaros cantando suas mais belas melodias.

Ainda não havia voltado ao reino para falar com Anthony e Judith, mas iria fazê-lo logo, estava morrendo de saudades da companhia de ambos e das comidas que só ela sabia preparar com todo seu carinho.

Com os meninos morando com a gente, teríamos um certo prejuízo pela quantidade de comida que consomem, ainda bem que tenho muito ouro que meu pai havia me deixado e também eu gerencio diversos comércios na cidade, o que me dá uma certa garantia de vida confortável.

Sobre ser pai, não me vejo cuidando de uma criança e nem acho que o mundo seja um bom lugar para trazer uma vida, levando em conta o tanto de pequenos abandonados que necessitam de um lar, juntando com o receio de Alina de ficar grávida, acabamos excluindo essa opção em nossas vidas.

Juntos optamos por criar um orfanato de qualidade onde nenhuma criança sofra maus tratos e nem seja levada por um vampiro sanguinário, desta forma nos sentimos muito mais aliviados em salvar várias vidas inocentes cada vez mais.

— Pensando alto, amor? — Chama minha atenção e me faz ficar  boquiaberto ao me deparar com sua aparência.

Ela tinha feito uma trança no cabelo deixando alguns fios bagunçados e usava uma calça de couro preta com uma camisa de seda da mesma cor e suas botas de sempre.

"Eu amo esse estilo sombrio que ela tem."

— Você está ainda mais perfeita hoje. — Digo, pegando em sua destra a fazendo girar no meio da cozinha.

— Obrigada! Mas não vejo a hora de evoluirmos, essa moda feminina atual não me agrada. — comentou, fazendo uma leve careta.

A segurei pela cintura fazendo nossos corpos ficarem colados.

— Sei o quanto acha que vestidos incomodam na ação. Mas não é obrigada, igual está agora. Se alguém falar algo, essa pessoa no mínimo não terá amor à própria vida. — Completei.

Deu uma risada gostosa e aprofundou um beijo calmo, por um momento esqueço que existe um mundo ao redor.

— Eu juro que eu só queria tomar um café. — Justificou o rapaz de olhos verdes após causar uma tosse seca.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐄𝐗𝐈𝐋𝐄𝐒 | 𝐓𝐞𝐦𝐩.𝟏| | ALINE RIBEIRO Onde histórias criam vida. Descubra agora