19. Ferida irreversível

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{ Harry }
Entre às lembranças da minha antiga casa e alguns reencontros inesperados, passeava pelo castelo onde cresci tendo a tona de volta às memórias por canto desse lugar, principalmente de Adélia.

...

Harry, é mesmo necessário ficar criando guerra contra essas bruxas?

Minha namorada me perguntava mais uma vez, enquanto eu arrumava a cela de meu cavalo.

Elas vivem ameaçando acabar com a nossa raça, se não fizermos nada...um dia irão conseguir. — Respondi, passando os dedos em sua bochecha.

Sabia o quanto Adélia queria que vivêssemos longe daquele lugar.

Eu só queria que a gente vivesse uma vida tranquila, sem mortes e guerras. — Falava, com a voz embargada.

Ela me olhava triste e eu me sentia culpado.

Olha, depois que terminarmos essa missão, vamos nos casar e morar no Castelo de Durk Valem, o que acha? — Digo, sabendo que estava tomando uma decisão muito importante.

Sério? AAAA eu amei, meu amor. — A garota magra de rosto angelical e pele branca como a neve, pulava em meu pescoço me dando vários beijos.

Passei a mão em seus cabelos loiros como mel e olhei no fundo daqueles grandes olhos azuis e aprofundei um beijo em sua boca rosada com gosto de amoras, eu só queria ter ficado naquele momento por muito mais tempo.

...

Estava de olhos fechados tentando lembrar novamente daquela sensação extraordinária, mas infelizmente fui interrompido por um infeliz.

— Ela era realmente linda. — Me virei bruscamente me deparando com Peter lendo meus pensamentos.

— Perdeu o medo, seu infeliz? — Agarrei a gola de sua camisa o fazendo arregalar os olhos assustado.

— Me perdoa, por favor. Eu ainda estou aprendendo a usar... — Súplicou, sem ar enquanto sentia o seu pescoço sendo sufocado.

— HARRY, MEU FILHO! — A voz da mulher que me deu a luz me fez soltar o garoto rapidamente.

— Desculpa, eu me estressei... — Explico, e  recebo um olhar sério, mas logo abriu um largo sorriso.

— Estava com saudades do meu bebê. — Disse, me dando um abraço apertado e reviro os olhos por tanta melosidade.

— Também "mamãe". — Retribui o seu  carinho, apesar de tudo sentia que o seu afeto era verdadeiro.

{ Alina }
Após Gawain ter me revelado a maior parte da minha história, simplesmente não conseguia pronunciar nada, então o mesmo apenas me consolou e esperou até que eu processasse tudo para depois voltarmos a conversar.

Agora eu andava em frente a cabana e passava a mão em alguns troncos de árvores sentindo a pureza da natureza invadir às minhas narinas e esperava que aquilo fosse o meu oxigênio para ter forças de continuar.

— Toc! Toc! — Ouço batidinhas e percebo que era mesmo amigo esquilo, havia uma noz em suas mãozinhas, e o vejo esticá-la para mim.

— Oh, obrigada meu amiguinho. — Falei, e mordi sentindo uma grande sensação boa como se fosse um pedaço de bolo do céu.

O gosto me trazia lembranças muito boas da minha infância e me tirava um sorriso de emoção e ao abrir os olhos me deparei com Gawain me observando com um olhar sereno.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐄𝐗𝐈𝐋𝐄𝐒 | 𝐓𝐞𝐦𝐩.𝟏| | ALINE RIBEIRO Onde histórias criam vida. Descubra agora