— Dói para se transformar? — Perguntava Tim curioso e só escutei Zayn rindo enquanto tentava se explicar.
Um pensamento aleatório me veio e me indaguei do porquê Estelar demorar tanto para se alimentar, e como não sou uma vampira, então acabo não sabendo sobre o tempo mínimo. O pior é que eu estava ansiosa para ir ver como Harry estava, no entanto decidi esperar por ela para não fazer algo de errado.
A mesma apareceu em minha frente enquanto bebia um copo de água me engasguei de susto, arracando uma risada marota dela.
— Nem avisa. — repúdio à ação dela.
— Desculpa. E porque trouxe um lobo para cá? — Perguntou repentinamente me fazendo ficar estática. — Eu estou sentindo o cheiro dele se é isso que está se perguntando.
— Ele é apenas o meu amigo e está do nosso lado. — Falei, recebendo um sorriso malicioso. — Porque está com essa cara?
— Também senti um cheiro de afeto no ar... Olha eu apoio muito você com o meu irmão, mas o Zayn também é um bom partido, sem contar o caráter que ele tem de sobra. — Comentou.
Fiquei vermelha no mesmo instante, e também desconfiada por ela conhecer tanto o Zayn.
— Que isso? Não quero dor de cabeça com homens. — Dou de ombros e realmente não queria.
— Está certa, porém o amor não espera. — Diz, pegando um pedaço de pão.
— Eu não sei se acredito nessas coisas, a minha maior preocupação é ficar viva. — Corrigi, e vejo a tombar a cabeça de lado.
— Você é tão misteriosa, sinto que às vezes não é quem diz ser. — Fala e cerro os olhos em sua direção.
— Eu não devo satisfações do que fiz no passado para ninguém. — Retruco, e o jeito da ruiva estava me causando desconforto.
— Você está certa. No entanto existe algo dentro de você que parece bem importante. — Murmura.
Queria sair daquele cômodo imediatamente, será que ela sentiu a magia que estava dentro de mim?
— Não tem nada aqui, a não ser uma grande vontade de ir embora. — Alterei o tom de voz.
Estelar me olhava despreocupada enquanto com certeza eu já estava vermelha de raiva.
— Por que não vai? — Provoca, mas eu não podia me exaltar como ela queria.
— Olha aqui, eu não vou cair nas suas provocações, está me ouvindo? — A vejo segurar o riso e me sinto ainda mais furiosa.
— Calma, por quê está tão nervosa? — A voz cínica dela me fez rosnar.
Bufei de raiva e saí do cômodo pisando fundo deixando ela para trás. Quem ela pensa que é para falar assim comigo? Já estou começando a entender o porquê os santtevares são tão odiados.
...
Me dirigi para a sala, encontrando os meninos bebendo vinho e conversando, e quando se dão conta da minha presença, logo arrumam as suas posturas.
— Eu não vou falar nada. — Digo e saio da sala em passos firmes deixando os calados.
Numa situação dessa eles estavam se divertindo, tanto faz eu estaria fazendo o mesmo, porém preciso manter minha pose de mulher séria e madura.
Meus passos ecoavam pelo corredor enquanto a minha mente silenciosa se perturbava com a sensação de vazio extremo, não me sentia tão perdida assim desde os dez anos.
Quando passei ao lado de uma porta pequena de madeira comecei a ouvir uma voz me chamando e logo senti um frio subir pela minha espinha me fazendo congelar no mesmo lugar.
Parecia errado? Sim, mas eu precisava tentar me matar, então puxei a maçaneta me deparando com uma escada visualmente sem fim dando acesso à um túnel escuro. Comecei a descer pela escada de cimento ainda pensando em voltar, mas quando as tochas foram apareceram me fizeram ter uma visão mais ampla do ambiente, repleto de artefatos antigos e empoeirados, continuei a descer parando no meio de um salão enorme.
Quando olhei para um ponto escuro na sala me deparei com Harry sentado na mesma cadeira que o deixamos com os pulsos acorrentados para atrás e os cabelos tampando metade de seu rosto e apenas uma pequena luz da lua vinda de uma janela iluminava a outra parte da sua face.
O problema é que, esse não era o calabouço onde o deixamos e os meninos não trocariam ele de lugar sem me avisar.
Meu corpo estava mais gelado do que nunca e apenas a respiração dele podia ser ouvida, tentei dar passos para trás na intenção de sair daquele lugar, mas fui impedida.
— Por quê está indo embora? — Sua voz rouca causou um eco sombrio.
— Não é hora de conversarmos. — tento ser firme, apesar do receio.
-Sempre é hora de conversar "Alina" - ele dá ênfase no meu nome fazendo meu peito acelerar.
Ele jogou os cabelos para trás e abriu os olhos formando um olhar penetrante em mim dos pés a cabeça me fazendo ficar desconfortável.
— Você é bem mais bonita do que imaginei... — murmurou e agora eu tinha certeza que aquele não era mais o meu Harry.
— "Obrigada!" — agradeçi em desdém.
Suas belas esmeraldas haviam dado lugar a um par de olhos vermelhos cor sangue e podia jurar que o castanho de meus olhos já havia se perdido naquele intenso olhar sedento.
— Estou com fome, vocês não irão me alimentar? — indagou com um olhar desconfiado.
Com certeza não poderíamos fazer isso já que ele ficaria mais forte e consequentemente daria ruim, então é melhor deixá-lo com fome mesmo que se tornasse mais agressivo.
— Não! Agora não. — Negou o fazendo franzir a testa e fecha os olhos.
Ouvi me chamarem lá de cima e gritei para me escutarem, logo começo a ouvir passos e avistei os meninos descendo as escadas, mas eles pararam me olhando espantados e minha feição estremeceu com medo do que está causando medo neles.
Sinto uma respiração em meu pescoço e uma mão agarrar a minha cintura fazendo o meu corpo se chocar contra algo duro e quando subi o olhar, me deparei com Harry me encarando com um sorriso de lado.
"ALINA!!" "NÃO! NÃO!"
Eles gritaram, mas já era tarde e Harry já havia me agarrado e levantado voo quebrando a janela, me levando para algum lugar no meio daquela escuridão da madrugada iluminada apenas pela lua nova.
O preço por amá-lo é ter que sobreviver a cada nova ferida profunda em meu corpo
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Estou surtando meu deus
O que será que vai acontecer agora? Por que a Estelar agiu dessa forma?
Ansiosa estou, logo voltarei
Espero que tenham gostado e não se esqueçam de votar e comentar se puderem
Bebam água
Beijos🖤
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𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐄𝐗𝐈𝐋𝐄𝐒 | 𝐓𝐞𝐦𝐩.𝟏| | ALINE RIBEIRO
FantasíaApós ser acusada de bruxaria, Alina se vê sem saídas a não ser fugir desesperadamente para não se tornar cinzas igual às outras mulheres, e ao se deparar com um castelo antigo e aparentemente solitário, dentre aquela sombria floresta, ela também aca...