Capítulo 3

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* Marília *

— Maraisa para com isso, você tá bêbada demais, eu preciso ir, tenta descansar. — sai do quarto e me escorei na porta fechada atrás de mim.

Merda, merda, merda!

Murilo acabou de me beijar e eu não parava de pensar no pedido dele, mais agora a Maraisa me beijou, o que eu vou fazer meu Deus.

Porra ela é como uma irmã pra você Marília.

Eu preciso sair daqui o quanto antes, não conseguia tirar da minha mente a textura dos lábios dela, desci as escadas, estava tão perdida nos meus pensamentos que me assustei ao ser puxada para um corredor escuro assim que cheguei ao último degrau.

— Porra Henrique quer me matar do coração. — dei um tapa nele.

— Isso tudo é saudade Lila. — falou tentando me beijar.

O que tá acontecendo com todo mundo hoje?

— Henrique eu não estou afim, e você tá muito bêbado, me solta. — O cheiro está me deixando enjoada.

— Só um beijo loirinha, você vai gostar. — Me pressionando no corpo dele.

— Eu já disse que não quero Henrique.

— Solta ela Henrique. — Juliano puxou o irmão.

— Sai fora mano, é assunto meu e da Marília.

Nossa que noite caótica essa!

Preciso da minha casa, deixei o Juliano segurando o irmão que não parava de me chamar.

— Lila você tá bem? — Luiza veio até mim.

— Não Luiza, preciso sair daqui, Mateus poderia ajudar o Juliano? — Meus olhos procuraram pela Maiara.

— Ela tá bem, levei ela pro quarto também. — Luiza me tranquilizou. — Pode ir eu passo a noite aqui.

— Qualquer coisa você me liga?

— Ligo sim Lila, pode ir tranquila. — Luiza me abraçou.

Eu tinha bebido, não podia dirigir desse jeito, peguei meu buquê e sai para fora, como se alguém pudesse ler meus pensamentos, o celular apitou na minha mão, era o Murilo, uma grande coincidência? talvez, supostamente tinha dedo da Luiza no meio disso, ele disse que iria me levar em casa, eu disse que não precisava, mas ele insistiu.

— Foi aqui que pediram um motorista? — Murilo me deu um sorriso.

— Você veio de carro ou jato Murilo? — fiz uma cara de brava pra ele.

— Estava com muita saudade, vim o mais rápido que pude. — ele fez beicinho. — Vai desfaz essa carinha brava, não demorei porque o trânsito está tranquilo agora.

— Acho bom mesmo ser por isso. — dei um sorriso pra ele.

O caminho até em casa foi tranquilo, o silêncio entre a gente não era desconfortável, a não ser pela bagunça dos meus sentimentos.

— Bom é isso está entregue. — há esse sorriso dele.

— Não quer entrar comigo? — olhei nos olhos dele.

Eu posso esquecer os lábios daquela morena marrenta não posso?

Eu devo

— Você tem certeza Marília? — Ele me encarou.

Não respondi, apenas sorri levemente e mordi meus lábios, sem aviso prévio ele  segurou meu cabelo e fechou o pequeno espaço entre nós dois, me encarou profundamente, me beijou, o beijo era lento e carregado de desejo.

— Vem comigo. — me afastei descendo do carro.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora