Capítulo 2

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*Marília*

— O que você disse Marília? — a morena se engasgou com o potiguar que estava bebendo.

— Calma metade, Lila só está te atormentando como ela sempre faz. — Maiara riu e me deu um pequeno empurrão.

Gargalhei da situação, fazendo Maraisa fechar a cara.

— Calma pequena, só estou brincando, não fica brava. — fiz uma carinha dengosa.

Maraisa nunca consegue ficar com raiva de mim, quando faço essa cara pra ela, ela me deu um sorriso, ouvimos uma batida na porta.

— Oi meninas, prontas? — Bahia perguntou entrando.

— Como sempre, só falta as duas bonitas se vestirem. — Maiara revirou os olhos.

— Eu já estou indo nanica. — dei língua pra ela e sai.

Entrei no meu camarim e me vesti o mais rápido que podia.

— Nada mau em Marília. — me olhei no espelho e gostei muito do que estava vendo.

Cheguei no local e vi as meninas admirando o cenário.

— Isso ficou realmente incrível... uou você está maravilhosa Lila. — Maiara piscou pra mim.

Maraisa não disse nada, só ficou me olhando de olhos arregalados, eu sorri envergonhada.

Ela está muito estranha!

— Vocês que estão incríveis como sempre, assim meu coração não aguenta. — Fiz drama com a mão no peito.

Olhei Maraisa dos pés a cabeça, e pqp como ela ficou bem nesse conjunto branco.

Sabia que ela ficaria gostosa nele, mais não desse tanto.

Pelo menos consegui despertar a Maraisa do transe dela, ela parecia um pouco envergonhada, e um pouco estranha, mais preferi deixar pra lá, não ia estragar nosso momento.

— Bora gravar então né — Fui até elas no palco.

Gravamos todas as músicas entre brincadeiras, choros, e chopp, a morena estava bebendo mais que o normal dela, sentamos um pouco.

— Eu vou cantar pra você, eu vou cantar pra você.. — Maraisa repetia segurando no meu braço.

— Tá bom amor, amiga, eu não vou cantar com você, você pode cantar.

— Pede aqui pra mim o que você quer que eu ouça, o que você quer ouvir agora. — ela tirou o ponto e se abaixou, pra que eu falasse em seu ouvido.

Acho que nós duas já tínhamos bebido o suficiente, já estávamos nos embolando nas conversas.

— Acho que a gente já bebeu demais. — Falei no ouvido dela, ela deu uma risada.

— Vamos meninas, só estão nos esperando para a resenha. — Maiara nos puxou pelas mãos.

Chegamos na casa das meninas e todos já estavam lá, bebendo e cantando.

— Quanto tempo meu Loirão. — Henrique me apertou nos seus braços me enchendo de beijos no rosto.

— Assim não consigo respirar Rique. — Disse retribuindo o abraço.

Maiara voltou com uma caneca de bebida pra mim, enfim me levando para longe do Henrique, amo ele como um irmão, mas esse grude quando ele bebe me enche o saco.

— Vamos brindar Lila, nós merecemos. — Maiara disse rindo e me puxando pra perto dos outros.

Bebemos e cantamos o restante da noite inteira.

— Lila tem alguém te esperando na sala. — Luiza me chamou.

Murilo estava parado no meio da sala com um buquê nas mãos e um sorriso de derreter qualquer coração.

O que esses homens tem hoje?

— Murilo o que faz aqui? Porque não entrou? Nossos amigos estão lá fora...

— Eu vim te parabenizar pelo trabalho. — Ele me cortou, me abraçando e entregando as flores. — E queria conversar com você a sós.

Lá vem.

— Pode falar, estou te ouvindo. — Sorri pra ele.

— Eu te amo Marilia, volta comigo? — Murilo me olhava esperando uma resposta.

— Maríliaaaaa, cadê a marília. — Ouvi a voz embriagada de Maraisa me procurando.

Salva por uma morena bêbada.

— Murilo eu preciso ir ajudar, a gente pode se falar depois? — Olhei para fora procurando por ela.

Ele se aproximou de mim, estava muito perto.

— Esperarei ansioso por você meu amor. — Ele colocou seus lábios nos meus.

Eu me afastei e lhe dei um sorriso sem graça.

— Eu preciso mesmo ir agora. — Sai a procura das meninas.

— Aí está você meu amor. — a morena se jogou nos meus braços, ela não estava conseguindo ficar em pé de tão bêbada. — Quem te deu flores Marília? — Ela me olhava brava.

— Vem eu vou te levar para o quarto. — Olhei procurando Maiara e vi que ela estava beijando alguém, só não consegui ver quem era. — Luiza fica de olho na outra baixinha pra mim.

Entreguei o buquê nas mãos dela, e tentei firmar o corpo da Maraisa que não parava de conversar no meu ouvido.

— Pequena me ajude ou não vamos conseguir subir desse jeito.

— Lila eu te amo Lila. — Maraisa repetia pra mim.

— Eu também te amo pequena. — empurrei a porta do quarto e a deitei na cama.

Ela passou os braços no meu pescoço, puxando meu corpo pra cima do dela.

— Eu te amo Marília, fica comigooo, não fica com ele.

O que ela pensa que está fazendo?

— Maraisa você está bêbada e precisa dormir.

Ela grudou seus lábios nos meus me deixando sem reação.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora