*Maraisa*
Finalmente havíamos conseguido um tempinho para sentar e conversar com nossos amigos, estávamos em uma mesa, todos sorridentes, conversando animadamente, relembrando algumas coisas.— E o buquê? — desencostei a cabeça do ombro de Marília, quando ouvi a pergunta, depois olhei pra os dois em cima da mesa, que antes rodava de mão em mão.
— Alguém ainda quer isso? — ela perguntou rindo, depois olhei pra Maiara, ela deu de ombros discretamente e acho que Mioto não viu.
— Muito provavelmente sim, Lila. – Luiza riu, enquanto era abraçada pela Marcela.
— Não vai jogar? — Murilo perguntou rindo, fiz uma careta e neguei.
— Como não? — o grito veio de Iollanda, viramos a atenção pra ela imediatamente. — Vocês TEM que jogar, é ritual, é tradição, todos os casamentos têm isso! — ela falou em uma quase indignação que me fez rir.
— Eu achei que minha mulher ia fugir, eu chorei na hora do casamento. — enumerei nos dedos, fazendo todos rirem. — Nosso casamento não é igual aos outros, Iollanda. — abracei Marília apertado, beijando sua bochecha, ela sorriu e beijou minha cabeça.
— Você também foi a noiva, Marília. — Iago disse sorrindo e em vez de discordar, apenas encarei ela, nos fazendo rir muito.
— Então joga você o buquê, Marília. — Iollanda apontou para minha esposa, fazendo um biquinho fofo, nada mais justo que Marília jogasse o buquê afinal era a cunhada dela quem queria tanto!
— Sim, Marília! — Moana bateu palmas frenéticas e pela cara das meninas, elas tinham a mesma ideia que eu planejava.
— O quê? E nós é quem vamos brigar por isso? — Henrique riu em deboche, apontando para os de sexo masculino na mesa.
— EXATAMENTE! — o grito veio em conjunto de todas as mulheres na mesa.
Marília soltou uma gargalhada estrondosa em seguida, ao passo que Mioto arregalou os olhos, ficando meio pálido. Marília me olhou ainda rindo e com uma olhada de canto, indiquei Mioto. Mendonça abriu um sorriso maldoso, e eu sabia que ela tinha concordado com aquilo, depois me deu um selinho. Levantou da cadeira e pegou o buquê em cima da mesa.
— Vai jogar mesmo? — Maiara arregalou os olhos, bem surpresa, nós rimos.
— Na verdade, não. — Marília olhou para as rosas. — Eu vou fazer algo bem melhor. — ela sorriu pra Maiara, um sorriso tão inocente
— Vou dar ele pro Mioto. — Marília continuou com o sorriso esticado nas bochechas e estendeu o buquê para nosso amigo, que arregalou os olhos.
— Pra mim? — Mioto parecia assustado, praticamente estacado e ouvimos uma gargalhada de Maiara que estava ao lado dele.
— Sim Gustavo, pra você, vê se toma jeito na vida e agarra essa mulher e casa. — Marília disse com um sorriso.
Mioto segurou o buquê, arregalando os olhos e abrindo a boca, piscou algumas vezes, um tanto atônito, depois olhou pra Maiara que estava tentando conter a risada, que eu tinha certeza que era de nervosismo. Ele coçou a cabeça, riu e depois a abraçou de lado, entregando o adereço a minha metade, ela agarrou o rosto dele e deu um beijo apertado, o fazendo corar.
— E esse outro aqui é pra você João. — entreguei nas mãos dele.
— Como assim Maraisa, bebeu o que? — Marília me perguntou. — meu bebê não vai casar agora nem passando por cima de mim.
— Marília, seu bebê já faz bebê você sabe né? — Iago riu da cara dela.
— Cala a boca Iago. — ela mostrou língua.
— MARÍLIA VEM CANTAR UMA AQUI PRA GENTE. — tia Ruth gritou.
— Já volto amor. — ela me deu um selinho.
Marília foi até o pequeno palco que tinham instalado, impossível um casamento cheio de cantores e ninguém soltar a voz.
Ah, se meus olhos tirassem fotos
Das poses que você faz
Eu nem piscaria mais
Seu beijo tem gosto de doce de leite
Quanto mais eu te beijo
Mais aumenta minha sede
— Olha só a indireta pra você Maraisa. — Maiara falou rindo.
Quando mais eu te provo
Mais ainda te aprovo
E pra mim é difícil dizer não
Pra esse vício
Espetáculo te conhecer
Festival de amor e prazer— Essa é pra você minha esposa. — ela apontou pra mim sorrindo
— Ninguém tinha percebido. — Henrique falou.
Meu coração fez um fã clube só pra você
Oh, meu amor, eu vim aqui só pra te ver
Meu coração fez um fã clube só pra você
Depois do show na cama que cê deu
Subi na cadeira e cantei a plenos pulmões pra ela.
Sua fã número um sou eu, sou eu
Sua fã número um sou eu, sou eu
— Você vai cair daí Maraisa. — Murilo falou rindo.
— O seu dever como padrinho é segurar ela Murilo. — João soltou rindo.
— LINDAAAAA, TE AMO. — Marília falou.
Vi uma mulher se aproximar do palco, e como ela estava de costas não consegui reconhecer, ela pegou na mão de Marília ajudando-a descer, se abraçaram, vi minha esposa sorrir abertamente, a moça provavelmente era alguma acompanhante de algum produtor.
— Quem é aquela com a Marília? — Iago questionou.
— Não consegui ver o rosto ainda.
— Eu vou lá ver quem é. — Murilo falou já se levantando.
— Lá vai o mais fofoqueiro de todos. — Juliano falou e todos começamos a rir.
Marília apontou em nossa direção, fazendo a moça se virar e eu não acreditei no que estava vendo.
— Nem precisa ir Murilo, é a Mariana. — Sonza falou.
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De quem é a culpa?
FanfictionMarília e Maraisa são duas cantoras talentosas que compartilham não apenas uma carreira musical bem-sucedida, mas também uma amizade profunda. À medida que passam mais tempo juntas, Maraisa começa a perceber que seus sentimentos por Marília vão além...