Capítulo 18

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*Maraisa*

— Finalmente você chegou né Marília.

— Henrique!

Pra que diabos minha irmã chamou ele?

Estávamos no meio de um momento tão agradável entrando na fazenda, quando vi Henrique se aproximar abraçando Marília.

— Quanto tempo Loirão. — ele não soltava ela.

— Oi Ricelly.

— Oi Maraisa. — ele nem se quer me olhou.

— Vem, vamos beber Loirão.

Ele só largou ela porque tia Ruth o chamou, não consegui disfarçar a cara de desgosto assim que ele saiu.

— Não sei o que foi mais engraçado, ele te chamando pra beber, ou as caras e bocas que e a Maraisa tava fazendo. — Murilo comentou dando um abraço na minha namorada.

— Então Carla Maraisa é realmente ciumenta? — Luiza riu da situação.

— Ciumenta não, só acho meio abusado a pessoa praticamente quase come a Marília com os olhos e ainda fica nesse grude nela.

— Amor eu e Henrique somos apenas amigos.

— Você falar que ele é só seu amigo não muda em nada Marília, ele vive dando em cima de você. — revirei os olhos.

Meu tom era sério e irritado.

— Maraisa eu amo você, e estou com você, o que ele sente não muda em nada. — ela me abraçou e me deu um selinho.

— Desculpa amor. — a apertei no meu abraço.

— Chega dessa melação. — Maiara saiu revirando os olhos.

— Falei que ela ia ficar de mau humor.

— Me ama né Marília. — mostrou língua pra minha namorada.

— As vezes nanica. — Lila deu uma risada gostosa.

— Essa aqui a gente vai cantar pro casal mais apaixonado do momento. — Jorge falou assim que nos viu entrando.

Me hipnotizou
Me deu mais que o bastante
O seu beijo freou
Minha boca viajante

Chegou e completou
A frase num instante
Trouxe as duas vogais
Pras minhas consoantes

Vi o Ricelly rir de forma debochada no final da mesa, minha vontade foi de tacar a bolsa da Marília que eu estava segurando bem no meio da cara dele, mais minha atenção foi voltada para minha loira maravilhosa que cantou olhando pra mim.

E escreveu amor
A palavra que apaga tudo que se viveu antes

Eu nunca vivi tanta coisa boa
Nunca me enxerguei em outra pessoa
Mas com você
Posso ser quem eu nunca pude ser

— AOOO PAIXÃO. — Jorge gritou fazendo todo mundo assoviar e bater palmas.

— Bom gente como todos aqui já "sabem" eu e a Maraisa estamos namorando, decidimos convidar todos vocês aqui, pra contar pessoalmente...

— FINALMENTE ALGUÉM GANHOU O CORAÇÃO DE MARÍLIA MENDONÇA. — Murilo gritou no fundo, sorrindo pra gente.

— Nos também te amamos Murilo. — mandei beijo pra ele fazendo todo mundo rir.

— Eu tenho mais uma novidade pra vocês, eu estou grávida. — Ela disse passando a mão na barriga.

— Você foi rápida em Maraisa. — Ricelly falou em deboche.

Se eu arrancar pelo menos uns dois dentes dele, minha mulher vai ficar brava?

— Se é pra abrir a boca e falar merda, melhor nem abrir Henrique. — Marília o olhou com desgosto.

Aí aí essa mulher me quebra demais!

Jorge tentou quebrar o clima, nos abraçou e desejou felicidades e saúde pro bebê, restante do pessoal acompanhou ele, a noite estava bem tranquila, Henrique não chegou perto da gente, ficou de longe olhando cada passo da Marília.

— Você não vai beber amor? — ela alisou meu rosto.

— Não sei amor, não queria te deixar sozinha.

— Está tudo bem pequena, aproveita que hoje eu cuido de você e não o contrário.

Ela cuida sempre, e nem é meme.

— Se for parar pra pensar você sempre cuida mais de mim meu amor.

— Toma aqui metade, hoje vamos beber até a Marília não aguentar mais a gente. — Maiara me entregou uma caneca de chopp e riu.

— Quem falou que eu te aguento nanica.

— Tá insuportável em cunhadinha, isso é falta de sexo viu. — As duas adoravam se provocar.

— Olha quem fala, o Mioto já chegou?

— Vai se catar Marília. — Maiara mostrou língua pra ela.

Passamos um tempo conversando e bebendo, entre risadas e música, Marília só fazia rir das nossas palhaçadas de bêbados.

— Amor vou lá em cima pegar uma blusa de frio e já volto. — ela me falou no ouvido.

— Quer que eu vá com você? — ela negou com a cabeça. — Não demora. — dei um selinho nela.

Olhei na direção do Henrique e o vi seguir Marília com os olhos, tiraram minha atenção da movimentação ao fundo, Luiza me chamou pra cantar com ela, cantamos umas duas músicas e quando ela finalmente se cansou que olhei mais à frente não o vi mais sentado.

— Eu vou ver se a Marília está bem. — me levantei.

— Quer que eu vá com você Mara. — Murilo me olhou preocupado.

— Sim Murilo. — ele me seguiu. — Henrique sumiu, você viu ele?

Como se ele conseguisse ler meus pensamentos, nos dois começamos a correr para o andar de cima, ouvimos a voz da Marília assim que terminamos de subir a escada, uma onda de desespero me tomou.

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora