Capítulo 52

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*Marília*

— Que porra você pensa que tá fazendo Mariana. — segurei em seus ombros, tentando afastar ela de mim.

— Ah Marília, vai falar que você não quer devolver na mesma moeda o que a Maraisa fez? — ela alisou meu rosto.

Ela era a mulher que Maraisa havia beijado, era ela esse tempo todo.

— Eu acho que... — Mariana começou a falar, sua mão apertando minha cintura com força, me mantendo junto a si. — Podíamos subir, para o seu quarto, fazer um sexo bem gostoso na sua cama, e esperar a Maraisa lá... — sua mão desceu pela lateral do meu corpo até que chegou em minha coxa. — O que você acha?

— Tira suas mãos de mim Mariana. — a empurrei pra longe. — Vai embora da minha casa, eu não tenho nada pra resolver com você sobre isso.

— Beijar Maraisa é gostoso. — ela comentou, enquanto encarava meu rosto. — Mais tenho certeza que beijar você deve ser gostoso pra caralho Marília. — meu corpo ferveu de ódio.

— O que te faz pensar que eu trairia uma mulher como a Maraisa, com uma pessoa como você? — a olhei com desdém.

— Ela não pensou igual você quando me beijou, ela não te merece Marília, você não consegue ver, talvez ela só seja uma vagabu...

Não deixei que ela terminasse a frase avancei sobre ela e segurei seus braços com força, nossos rostos a centímetros de distância, e o ódio tomando conta de mim.

— Acho bom você tirar o nome da minha esposa da sua boca, essa é a primeira e última vez que eu te digo pra ficar longe dela, eu não sei o que você achava que iria conseguir entrando na minha vida, mais você pode ter certeza que se você não sumir, como a pessoa insignificante que você é, eu vou destruir a sua vida e o que você chama de carreira. — soltei seus braços. — Agora saia da minha casa... Não tenho mais nenhum assunto com você, só me deixa em paz.

— Não desconte em mim assim Marília, quem te traiu foi ela, só estou te dando um prato cheio pra vingança. — ela sorriu cínica. — E ver você demonstrando o poder que tem só me deixa mais excitada por você.

— VAI EMBORA AGORA. — esbravejei com ela.

Mariana saiu com um sorrisinho vitorioso no rosto, me culpava por ter deixado ela entrar na minha vida, eu não a conhecia, era certo que uma hora a verdade ia explodir, um nó na garganta quando me lembrei da presença dela no casamento abraçando Maraisa, da conversa no ouvido, eu não estava preparada para esse momento.

Ajeitei meu vestido, respirando fundo e retomando minha postura enquanto caminhava pra fora da adega, quando cheguei a sala, levantei meu olhar e vi Maraisa encarando Mariana.

— O que estava fazendo lá dentro com essa mulher Marília? — ela me encarou.

— Está preocupada se eu fodi sua mulher lá dentro Maraisa? — Mariana falou dando uma risada. — Falta de vontade não foi né Marília?

Não tive tempo de falar nada, vi o braço de Maraisa voltando para trás e lançando-se para frente com toda a força que ela conseguiu juntar no pouco impulso que tomou, chocando-se contra a lateral do rosto de Mari nem um segundo depois, o barulho do tapa e do corpo de Mariana cambaleando para trás e batendo na mesa de centro.

— MARAISA PARA... — gritei indo até elas.

Maraisa avançou contra ela novamente, batendo de novo e de novo, tudo havia sido tão rápido que no momento em que segurei os braços de Maraisa, uma expressão de choque e dor apareceu estampada no rosto Mariana.

— Maraisa pelo amor de Deus, para com isso. — a segurei em meus braços, tentando afastar ela.

— Essa vagabunda merece apanhar Marília.

Todos nossos amigos já estavam na sala assistindo aquilo.

— Eu sou vagabunda Maraisa? — ela disse limpando o canto da boca que sangrava e deu uma risada. — Não fui eu que trai minha noiva.

Todos os olhares se voltaram pra nós duas, e ódio de Maraisa só parecia aumentar.

— Rosana acompanhe a moça até a porta. — falei soltando Maraisa. — Me desculpem pelo transtorno gente, muito obrigado por terem vindo, Rosana também acompanhara vocês até a porta.

Pude ver Maiara me encarando, ela também já sabia, a cara dela entregava isso, esperei todos saírem, ficando apenas nos três ali.

— Você mentiu pra mim. — encarei Maraisa.

— Marília...

— O que ela te disse aquele dia do nosso casamento?

— Marília eu...

— O que ela te disse Maraisa?

— Ela me perguntou se eu me importaria se ela beijasse sua boca também. — ela abaixou a cabeça.

— E você não me contou, preferiu que eu continuasse próxima a ela. — passei as mãos pelos cabelos. — Por isso você me marcou ontem anoite, você queria marcar o "seu território"? — um nó se formando na garganta. — Você me deixou trazer ela pra nossa casa Maraisa, e você sabia disso. — apontei pra Maiara.

— Eu pedi que ela não falasse Marília, me ouve por favor, até aquele dia eu não sabia que vocês se conheciam, eu não falei aquele dia, porque não queria estragar nosso casamento, era o nosso dia, ele tinha que ser perfeito.

— Deixa a gente sozinhas Maiara. — ela assentiu e saiu.

— Marília, eu sei que só faço as coisas erradas, mais tenta me entender, depois do acontecido tivemos nossa noite, eu acabei me esquecendo completamente da existência dela, eu sei que errei em não te contar, mais me perdoa.

Ela fitava meus olhos, e eu fui obrigada a fechar os meus, porque eu queria muito chorar naquele momento, então ela me abraçou, e não consegui mais conter minhas lágrimas, ela ficou abraçada comigo até que os soluços parassem, abri os olhos a tempo de vê-la querer falar algo, então eu apenas balancei a cabeça negativamente e ela concordou.

— Eu vou tomar um banho e me deitar. — ela ia falar algo. — Eu só preciso de um tempo.

— Me perdoa Marília. — Sai dali a deixando sozinha

Por pior que aquilo fosse, eu não queria ter machucado Maraisa, com as minhas palavras, eu sabia que ela tinha mentindo para mim, talvez ela achasse que aquilo que tinha feito foi o melhor no momento, mesmo porque eu conseguia ver em seus olhos o arrependimento, e eu já tinha certeza ali mesmo que ela nunca mais mentiria pra mim daquela forma.

*Boa noite amores 🥹 quero dedicar esse capítulo para a Isapatroas a surra veio aí 😂♥️ a gente que pediu não foi, obrigado pela dica na escrita do capítulo, espero que gostem!*

De quem é a culpa?Onde histórias criam vida. Descubra agora